A tradução livre é o que está acontecendo com o Natal na Igreja?, vocês sabem. São várias as impressões que me levam a este breve texto. Primeiro, o desinteresse de vir à igreja. Conversei com vários dirigentes de congregação que associam-se comigo à preocupação crescente com o esvaziamento dos templos. Até pensei que era só eu. Na principal congregação que auxilio a data (24/12) coincidiu com a Ceia do Senhor, então, a assistência foi bem melhor.
Muitos ausentes:
1) Por não terem comprado uma roupa nova. A festa era de Jesus, mas quem está aí pra isso, não é?
2) Por terem agendado outro compromisso. Ceia, passeio, diversão, restaurante, pizzaria. Uma infinidade…
3) Por não quererem ir mesmo. É um grupo crescente. Alguns se sentem justificados por não haver uma programação puramente natalina. Mas também não contribuem para isso. É a teoria da parede em ação.
A palavra da hora (ou do dia) é cantata. Sem cantata não tem Natal, dizem. Não houve propriamente uma cantata aqui, mas foi muito bonito o culto. Como foi maravilhosa a cantata de Natal promovida pela COMADALPE, no dia 25/12, baseada nos hinos da Harpa Cristã. Aliás, bastante concorrida. No mais pouco falaram no nascimento de Cristo e o restante da hinologia não ajuda. O que a sanfona de Alice Maciel tem a ver com o Natal? Deixa pra lá, que eu já estou com a pecha de crítico… No geral, não podemos falar nada do Baile do Menino Deus, uma mistura de forró, teatro, encenação popular, bumba meu boi e Natal!?
É um sintoma de nossos tempos. Havia até alguns vasos ao meu redor. Enquanto Alice tocava, gritavam e gesticulavam. Durante a cantata dos hinos da Harpa, com coro e orquestra, apatia. Jesus tem que nascer de novo?