Você sabe o que é Hanukkah?

Você conhece a Festa de Hanukkah? Sabe o que se comemora nela? Sabia que se originou no período interbíblico? E as demais festas de Israel? Vem comigo!

Conheça esta interessante festa judaica!

Você já deve ter ouvido falar a respeito do Hanukkah, não é mesmo? Também conhecido como Festival das Luzes, se trata de uma festividade do judaísmo celebrada todos os anos durante oito dias. A festa tem início no 25º quinto dia do Kislev, ou seja, o nono mês do calendário hebraico (que coincide com os meses de novembro ou dezembro), e este ano ela cai entre os dias 6 e 14 de dezembro. Mas você tem ideia do que essa celebração representa?

Do ponto de vista filosófico, o Hanukkah celebra a vitória da luz sobre a escuridão, da pureza sobre a degeneração e da espiritualidade sobre o materialismo, além de marcar a luta dos judeus contra os seus opressores pelo direito de praticar sua religião livremente.

Levante dos Macabeus

Basicamente, o que aconteceu foi que, no ano de 168 a.C., os selêucidas (ou greco-sírios), após invadirem Jerusalém, tomaram o Templo Sagrado e o converteram em um templo para a adoração de Zeus e outras divindades gregas. É claro que os judeus não gostaram nada disso — afinal, quem gostaria? — e, para piorar, o Imperador Antíoco dos selêucidas resolveu proibir a leitura da Torá e punir qualquer praticante do judaísmo com a morte.

Como se fosse pouco, Antíoco ordenou que todos os judeus passassem a adorar deuses gregos, baniu todas as circuncisões, aboliu o Shabbat, mandou que porcos fossem sacrificados no altar do Templo e, no 25º dia do Kislev, rebatizou o local em homenagem a Zeus. Portanto, não é de se estranhar que logo a população hebraica organizasse uma revolta.

A coisa começou a ficar feia mesmo depois que o povo do vilarejo de Modiin, nos arredores de Jerusalém, iniciou um movimento de resistência. Com isso, os soldados selêucidas foram até lá, reuniram a população e obrigaram todo mundo a se curvar diante de um ídolo e a comer carne de porco, sendo que as duas práticas são proibidas aos judeus.

Então, o Sumo Sacerdote de Modiin, um ancião chamado Mattathias, se recusou a obedecer às demandas dos opressores e ainda atacou e matou os soldados inimigos com a ajuda de seus filhos e do povo do vilarejo.

Por conta disso, o Sumo Sacerdote e sua família tiveram que fugir para as montanhas, mas aos poucos outros homens dispostos a lutar contra os selêucidas se uniram a Mattathias, formando um grupo de rebeldes — liderados por Judah, um dos filhos do ancião — que ficariam conhecidos como Macabeus.

Reconquista e milagre

Após três anos de batalhas, os Macabeus conseguiram expulsar os selêucidas e reconquistar sua terra; quando voltaram ao controle sobre o Templo de Jerusalém, as tropas judias decidiram purificar o local — que havia sido profanado com o sacrifício de porcos e outros animais e convertido em um ambiente repleto de ídolos.

Para isso, os hebreus deveriam conduzir um ritual durante o qual a Menorah (aquele candelabro com sete braços) teria que ficar acesa por oito dias. Acontece que os Macabeus descobriram que somente havia azeite suficiente para que o candelabro queimasse por um único dia.

Eles acenderam a chama mesmo assim, mas aconteceu um milagre e o óleo durou todo o tempo da purificação. Esse milagre é celebrado anualmente pelos judeus, e hoje eles usam um candelabro especial chamado Hanukkiyah que possui nove braços para marcar a festividade.

Importância

Na verdade, embora o Hanukkah seja famoso mundo afora, religiosamente falando, a festividade é considerada como uma das menos importantes do judaísmo. No entanto, a celebração acabou ganhando popularidade no último século — e a responsável por isso foi a celebração do Natal. Afinal, conforme explicamos no início da matéria, a festa cai entre os meses de novembro e dezembro, bem pertinho do festejo cristão.

Como muitos judeus vivem em sociedades predominantemente cristãs, com o passar do tempo, o Hanukkah foi se tornando uma celebração de certa forma parecida com o Natal — isso porque as crianças costumam receber presentes nessa época do ano. Os pais de famílias judias, para fazer com que seus filhos não se sentissem excluídos, passaram a presenteá-los durante a festividade.

Aliás, as crianças judias se deram superbem, pois muitas delas costumam receber um presente a cada dia do Hanukkah — o que significa que elas ganham oito presentinhos no total! Além dessa explicação, existe ainda a teoria de que o festival começou a ganhar proeminência a partir do fim do século 19, quando, na tentativa de atrair os mais jovens para a sinagoga, os mais velhos começaram a distribuir “agradinhos”.

Mais curiosidades

  • Embora a grafia “Hanukkah” seja bastante comum, existem outras formas de se referir à celebração — e todas elas são consideradas corretas. Aqui no Brasil, por exemplo, o festival também é chamado de “Chanucá”, assim como há quem o chame de Hanukah, Chanukah, Chanukkah, Chanukka e, em iídiche:

  • De qualquer forma, a pronúncia em hebraico — de acordo com o pessoal do portal Forvo — é algo como “Rranucá”, mas você pode ouvir como a palavra soa através deste link;
  • Existem algumas comidas tradicionais que são servidas durante o Hanukkah, como as latkes (panquecas de batata) e os sufganyots (sonhos recheados com geleia), mas, no geral, os judeus consomem alimentos fritos para celebrar o milagre do azeite que ocorreu no templo;

Latkes

  • Tradicionalmente, as crianças ganhavam dinheiro dos pais ou de parentes durante o Hanukkah, mas hoje em dia, especialmente nos EUA, o costume foi substituído por brinquedos e moedas de chocolate;
  • Os judeus também costumam se reunir para jogar no Hanukkah, e um dos jogos mais tradicionais é o Dreidel — uma espécie de pião que conta com quatro letras do alfabeto hebraico que, juntas, formam o acrônimo para a frase Nes Gadol Haya Sham ou “um grande milagre aconteceu lá”, em referência ao milagre do templo;

  •  O jogo consiste em fazer pequenas apostas, girar o dreidel e obedecer ao que cada letra (Nun, Gimel, Hei, e Shin) determina, como não ganhar nem perder nada, ganhar todo o dinheiro da mesa, ganhar apenas a metade ou repetir a aposta feita no início do jogo, respectivamente.

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Sobre o autor | Website

Meu nome é Daladier Lima dos Santos, nasci em 27/04/1970. Sou pastor assembleiano da AD Seara/PE. Profissionalmente, trabalho com Tecnologia da Informação, desde 1991. Sou casado com Eúde e tenho duas filhas, Ellen e Nicolly.

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