Questões sobre o lar espiritualmente dividido…
O que é exatamente divisão espiritual no lar?
É uma situação na qual um dos cônjuges não é evangélico. Engendrado pelas circunstâncias de nossos dias cada vez mais jovens evangélicos se unem a pessoas não evangélicas. Infelizmente… Outro caso recorrente é a conversão de um dos cônjuges. Ou seja, o casal não era evangélico quando se uniu. Só depois um deles decidiu-se por Cristo.
É correto um crente contrair núpcias com um não crente?
O casamento é um conjunto de afinidades. Ainda que a idealização da cara metade, nem sempre funcione, o que os cônjuges buscam são pares que pensam e agem de maneira combinada. Do contrário, teremos choques e separações. Quando um crente casa com alguém não crente, fatalmente, seus desejos, intenções e tendências se chocarão. Imagine uma esposa combinar com seu marido: Hoje à noite vou para a Igreja. Ele responde: E eu vou tomar umas cervejas!? Outro problema é: que tipo de criação os filhos terão? A família evangélica projeta o futuro na igreja. Num lar dividido espiritualmente a quem os filhos seguirão?
E se um dos cônjuges não era crente?
Neste caso, tudo muda de figura, entra em cena o que Paulo escreve em I Coríntios 7:12. Entretanto, deve ser uma preocupação do cônjuge converter seu par. Se não eram crentes no casamento é uma situação de outrora, como dissemos à pouco. Agora é correr atrás do prejuízo.
O que de efetivo o cônjuge crente deve fazer para conquistar o outro?
Costumo dizer que palavras ensinam, exemplos arrastam. É um ditado latino, cuja autoria desconheço. É pelo exemplo doméstico que o cônjuge é convencido. É necessário, por exemplo, ter cuidado para não transformar a conversão num cavalo de batalha, atrapalhando o dia-a-dia do relacionamento. Se o único alvo for esse o casamento desmorona. É preciso uma forte dose de sabedoria e paciência. Mas o resultado tem sido infalível na maioria esmagadora dos casos. Ore, jejue, convide e insista quando possível. Quando não, deixe Deus trabalhar. Ele sabe o que fazer. Evite condenações e julgamentos precipitados. E, sobretudo, faça a sua parte. Há cônjuges que querem converter seus parceiros, mas o exemplo doméstico é negativo.
A igreja realiza a cerimônia quando um dos noivos não é evangélico?
Não. Só casamos membros. Para ser membro é preciso ser evangélico. Claro que sempre há os casos em que pessoas descem às aguas somente na intenção de casar. Nós procuramos filtrar o máximo, mas um ou outro caso passa despercebido, especialmente porque não temos condições de sondar a mente das pessoas.
O que o cônjuge evangélico deve fazer se estiver sendo traído?
A primeira providência é ter cuidado para que não haja escândalos. Bate-boca em público, agressões verbais, uso de termos chulos não combinam com um crente verdadeiro. Uma segunda providência é uma conversa franca e honesta. Na hipótese de não haver mudança é hora de seguir para um terceiro passo. Ter cuidado com as DSTs durante a relação sexual. O cônjuge não pode carregar mais este fardo. A igreja tem por premissa que haja união. Porém, a união é fruto do amor e do respeito. Uma casa de contenda não é uma situação desejável. O melhor caminho é o perdão e a mudança de comportamento.
Deus apoia o divórcio?
Em Marcos 10, Jesus ensina que a instituição do divórcio se tornou comum entre os seres humanos por conta da dureza do coração. Ou seja, o plano de Deus é o casamento e a união. A humanidade vive contornando tal premissa a seu bel prazer. O divorciado dentro da Igreja é alvo da vontade permissiva de Deus. No divórcio, o último item colocado pelas pessoas são os filhos. Os mais prejudicados numa separação. Aliás, se a relação for rompida é preciso assistir financeira e psicologicamente os filhos. É assim que Paulo exorta em I Timóteo 5:8: Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.
Como ficam as questões comezinhas no lar dividido?
Temos casos de irmãs cujos maridos são desviados ou nunca foram evangélicos. Elas o tratam muito bem, cozinham, lavam, passam, cuidam, amam, se relacionam, se comunicam com frequência, expressam seu amor, viajam, passeiam normalmente. O convidam a ir à igreja. Interagem com os parentes do cônjuge. Relevam gracejos e piadas com relação a dízimos e ofertas, rituais e hábitos cristãos, entendendo como parte da ignorância. Dão espaço para que o cônjuge assista seus programas, ouça suas músicas, vá às suas programações. E coisas desta natureza. Sempre com muita sabedoria e habilidade, para que em tudo o nome de Jesus seja glorificado.
Com respeito ao relacionamento, como ficam questões sexuais nas quais um cônjuge quer utilizar de costumes mundanos ou de antes da decisão do outro?
É preciso conscientizar o cônjuge não evangélico que o corpo é consagrado a Deus. As relações sexuais de boa parte das pessoas ferem regras de higiene e respeito ao corpo alheio. É preciso deixar claro e conversar francamente sobre o assunto. Não é fácil, é necessário.
Oremos para que as pessoas compreendam a dificuldade de ter um lar dividido, e que os jovens façam por onde casar com alguém crente. Que Deus nos dê sabedoria para lidar com os casos omissos.
Prezado irmão Daladier
Achei sua postagem sobre o lar espiritualmente dividido, bastante esclarecedora para o povo de Deus; entretanto, no itém abaixo:
“Deus apoia o divórcio?
Em Marcos 10, Jesus ensina que a instituição do divórcio se tornou comum entre os seres humanos por conta da dureza do coração. Ou seja, o plano de Deus é o casamento e a união. A humanidade vive contornando tal premissa a seu bel prazer. O divorciado dentro da Igreja é alvo da vontade permissiva de Deus”.
Jesus jamais ensinou que o divórcio é uma concessão dada por Deus e legislada por Moisés para os duros de coração contemporâneos, mas que foi uma concessão no tempo da Lei. Entretanto, o Senhor Jesus revogou tal concessão para o tempo da Graça, concedendo uma única exceção para o caso de adultério da mulher. Caso o adúltero seja o homem e a mulher não queira reconciliar-se (perdoar) com ele, poderá separar-se por este motivo ou por qualquer outro, porém tal mulher não poderá contrair novas núpcias, sob pena de estar cometendo adultério, ou seja deverá permanecer só e pura.
Referências:
Mateus 19.9
Romanos 7. 2-3
I Cor 7. 10-11
I Cor 7. 12-15
I Cor 7. 39-40
P.S. É evidente que, enquanto os casais não são convertidos ao Evangelho de Cristo, é possível divorciar-se e contrair novas núpcias, pois Deus não leva em conta o tempo da ignorância.
Discípulo de Cristo,
J.C.de Araújo Jorge
Irmão Daladier, retorno ao seu espaço para novamente refutar estas frases:
“Jesus ensina que a instituição do divórcio se tornou comum entre os seres humanos por conta da dureza do coração”.
“O divorciado dentro da Igreja é alvo da vontade permissiva de Deus”.
Gostaria que o irmão se posicionasse diante das afirmativas acima.
Pois, o que Jesus ensinou foi contrário a concessão veterotestamentário, ou seja, concessão do divórcio pela dureza do coração do homem.
Quanto aos divorciados dentro da igreja, não é alvo da vontade permissiva de Deus, a não ser aqueles que divorciaram-se antes da conversão. Portanto, a única exceção para divorciar-se dentro da igreja de Cristo, segundo o próprio Senhor Jesus e respaldado pelo Ap. Paulo, é somente em caso de adultério da mulher, conforme referências já citadas anteriormente:
Mateus 19.9
Romanos 7. 2-3
I Cor 7. 10-11
I Cor 7. 12-15
I Cor 7. 39-40
Marcos 10. 2-12
Espero desta vez um posicionamento da parte do irmão, para que os leitores deste post conheçam melhor a questão do divórcio sob o prisma do Novo Testamento, e desta forma possam avaliar melhor este tema, tamanha a relevância espiritual do mesmo; pois implica na salvação ou perdição de quem decidir-se de forma errada e contrária ao ensino verdadeiro. E assim sendo, possamos orientar a igreja e jamais sejamos pedra de tropeço para o povo da Nova Aliança.
Paz Seja Contigo,
J.C.de Araújo Jorge
Prezado J. C. de Araújo esta é justamente a minha premissa. Deus NÃO quer o divórcio. Pela dureza do coração dos homens, Moisés legislou sobre o assunto. Discordo de sua interpretação do texto, atribuindo somente à mulher o ônus de ser repudiada por adultério.
Deixaria registrado, porém, que é comum em nossas igrejas pessoas divorciadas, mesmo depois de salvas.
Pois é! Se a mulher trair,há conceção para o divórcio; se for o homem que trair a coisa já é diferente.?
Dois pesos e duas medidas,pq.?