Quem estuprou a menina no Rio de Janeiro?
Não é novidade para mais ninguém a história da garota de 16 anos, que foi estuprada na última sexta (20), por 30 homens, no Rio de Janeiro. Também todos já sabem que naquela mesma noite, a 2.124 km dali, em Bom Jesus (PI), uma adolescente de 17 anos era violentada por cinco homens, sendo quatro menores de idade. Há exatamente um ano, no dia 27 de maio de 2015, quatro meninas foram vítimas de estupro coletivo em Castelo do Piauí (PI) e atiradas de um penhasco de mais de dez metros. Uma delas morreu logo depois. São casos trágicos que revelam uma sociedade doentia.
Quando coisas graves assim acontecem a tentação é buscar uma justificativa. A novidade é a inclusão da Igreja no meio do rolo. As colocações surgem enviesadas, mas dá para perceber a tentativa de vincular-nos ao crime, pelo simples fato de termos como homofobia, feminismo e machismo estarem na ordem do dia. A moda agora é falar contra os deputados evangélicos. Os taxaram de bancada BBB: boi, bala e Bíblia. Um articulista do UOL teve o desplante de vincular Temer ao tema. O Sakamoto, com sua costumeira metralhadora contra as igrejas, vociferou (grifo meu): “Meninos e rapazes deveríamos nos conscientizar uns aos outros, desde cedo, para que não sejamos os monstrinhos formados em ambientes que fomentam o machismo, como família, igrejas, escolas e mídia”. É brincadeira?
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, com dados de 2014, no Brasil, a cada 11 minutos, uma mulher é estuprada. As sub-notificações poderiam, quem sabe?, triplicar o número. É muito crime! Mas, quem são os culpados? Quem são os verdadeiramente responsáveis por esse estado de coisas? Vou enumerar alguns deles, sem qualquer prioridade entre si!
Primeiro, a cultura da impunidade. Os crimes no Brasil não são investigados. Por ano, há mais de 50 mil mortes violentas no país, porém, apenas 8% dos assassinos chegam a ser punidos. Em São Paulo, onde a polícia é mais ativa e cobrada, somente 1 em cada dez roubos são investigados. Esse quadro de impunidade agrava a certeza de que se pode fazer tudo sem sofrer o peso da Justiça.
Alia-se a esta omissão do Estado a voz de inúmeros progressistas que clamam quando um menor violento é punido, por exemplo. Quer ver os políticos de esquerda irados? Sugira a redução da maioridade penal! Muitos desses progressistas de carteirinha apoiam leis que dificultam a ação da Polícia, a quem chamam de repressora, até que a realidade bata na porta. É o caso da deputada Maria do Rosário, que, segundo o jornalista Auber Lopes, chamou um menor assassino como Champinha de “apenas uma criança” num debate com Bolsonaro. Segundo o jornalista vem daí a rivalidade entre os dois deputados. É que Bolsonaro tinha aconselhado a deputada a contratar o marginal como motorista de sua filha. Pra quem não conhece Champinha, junto com comparsas, sequestrou um casal e estuprou a menina repetidas vezes. Em seguida, a matou e fez sexo com o cadáver.
Em segundo lugar, temos a vulgarização feminina. Não, não estamos caindo no clichê de que a mulher é culpada porque anda exposta, por exemplo, a questão é outra. Muitas mulheres se envolvem com qualquer um. É incrível, mesmo diante de tantas notícias e burburinhos sobre estupro, que elas se entreguem tão facilmente. O que dizer das músicas de rap e funk? Muitas dessas músicas são rimas claras no incentivo ao assunto! O que dizer dos bailes nas favelas, oops!, comunidades, onde a mulherada (muitas delas menores de idade) vai em peso e enlouquece com músicas que exaltam a prostituição e nudez entre outras coisas? Sem contar que a internet está repleta de vídeos exemplares de que a coisa não fica na teoria nestes lugares. Com a leniência de pais e do Estado, nestes bailes meninas são dopadas ou embriagadas e são usadas como repositório de sêmen, quando não se entregam a qualquer um embaladas pelos refrões e pelo desafio de provar sensualidade e atração do sexo oposto. Ao invés de providências para coibir os excessos, os MCs da vida são tidos como exemplo para nossa juventude e representantes de nossa Cultura. A mídia os endeusa, mulheres inclusas. Aqui, uma reportagem do SBT sobre a gravidez precoce em bailes funk:
Em terceiro lugar, paternidade irresponsável e famílias desestruturadas. Mr Catra com suas três mulheres (fora as amantes) e seus 32 filhos é convidado para programas de auditório e está por toda parte. A família ruiu e os formadores de opinião acham normal. Sem referenciais os filhos se perdem em qualquer estrada. Drogas, prostituição, violência, estupro, sexo irresponsável, gravidez precoce. Resultado: mais filhos sem pais! A família é esteio, sem ela as pessoas ficam desnorteadas, tornando-se presas fáceis dos aproveitadores. Por outro lado, é bom lembrar que família nem sempre rima com casa. Ou seja, o fato de um aglomerado de pessoas morar umas com as outras não quer dizer,a priori, que ali existe afeto, amor, compreensão e respeito. Diversas estatísticas dão conta que boa parte dos estupros ocorre dentro da própria casa. Predominam aí os casos de padastros x enteadas, seguidos de outros homens que se aproveitam de sobrinhas e netas.
É em casa, também, que ocorre a erotização das crianças. Mães exaltam filhas que dançam na boquinha da garrafa. Quem não lembra? Pais incentivam os filhos machões, do tipo pegador. Aquele que fica/transa com o maior número de mulheres na redondeza, não importa a idade.
Em quarto lugar, temos uma permissividade generalizada na sociedade. E ai de quem clamar por limites. Crianças de 15 anos saem de casa na sexta de noite e retornam na segunda pela manhã. Pais não querem saber onde estiveram. Formadores de opinião dão de ombros e até incentivam. Seus filhos já estão na bagaceira mesmo, como se diz por aqui. A TV e outras mídias de massa incentivam a ausência de regras e de controle. Escolas públicas se tornam antros do progressismo e dos ditames esquerdistas que denigrem a Igreja e a Bíblia. Práticas distanciadas da Palavra de Deus são aplaudidas. E quem a elas não adere é tido como retrógrado e careta.
Não, prezados, a Igreja não é culpada. O estupro é punido em igrejas sérias. Se esses rapazes pertencessem a uma Assembleia de Deus genuína eles seriam disciplinados por aquela comunidade evangélica. E a mulher é valorizada na Bíblia e nas instituições eclesiásticas, onde se aprende desde cedo que devem ser amadas e respeitadas. O homem é o cabeça da família, mas a mulher é a coroa. É assim que a família cresce e gera filhos saudáveis e equilibrados, não apenas física, mas, principalmente, em termos psicológicos. E vive salgando esta sociedade doente. Procurem a causa em outro lugar!
Com todas essas mazelas apresentadas nesse texto, e ainda tem quem venha culpar a Igreja? Como assim, se foi lá que eu aprendi sobre o amor e o respeito? Será que ensinam isso nos bailes funk por aí?