Presbitério executivo da AD americana recebe sua segunda pastora
Oh! Não! Uma pastora no Presbitério Executivo da Assembleia de Deus americana!? Como podem fazer isso?
Vamos lá! Vamos lá! Enquanto em terras tupiniquins ainda se discute se podemos ou não consagrar mulheres ao pastorado (ainda que já existam há décadas pastoras consagradas em alguns ministérios à revelia da CGADB), a AD americana, da qual somos co-irmãos, pois ratificamos nossa fraternidade internacional com a aliança mundial das ADs, escolheu mais uma pastora para seu presbitério executivo. Lembrando que por lá o presbítero é o pastor presidente e o presbitério executivo seria o equivalente ao staff da CGADB. E que aquela igreja consagra mulheres desde 1918, portanto, antes de se falar em feminismo e seus afilhados.
Melissa J. Alfaro, 35 anos, foi a primeira em sua família a se formar no ensino médio. A alcançar um diploma de bacharel, mestrado e doutorado! Em agosto, os eleitores do Conselho Geral bienal em Anaheim, Califórnia, elegeram-na dentre quatro candidatos para o órgão superior de 21 membros.
Traduzo uma reportagem do portal PENews (Pentecostal Evangels), orgão oficial da Assembly of God, com adaptações. Yes! They have a updated official homepage! Deve ser bem por causa do ministério feminino que o portal da CGADB anda sempre às moscas e os eventos são postados num blog pessoal? Mas verão que eles tem mais: uma rede de universidades e um processo de escolha do board por méritos! Retomo a seguir:
Breve biografia
Tal trajetória parecia improvável no início da vida de Alfaro. Seu pai nascido no México, Victor Arellano, imigrou para os EUA aos 18 anos e trabalhou dois empregos para chegar ao fim. Sua mãe hispânica, nascida no Texas, Janie, desistiu da escola aos 16 anos para trabalhar como garçonete e depois em uma fábrica para sustentar sua família.
Enquanto os pais de Alfaro não tinham muito dinheiro, eles providenciavam bênçãos espirituais. Victor veio sob a tutela de Daniel Rios na Getsemani Asamblea de Dios (agora Primera Iglesia Hispana) em Graham, Texas, e se juntou à equipe pastoral (ele agora é pastor da Igreja Bethel, uma congregação de língua inglesa em Jacksboro, Texas). Melissa foi para Missionettes, o precursor dos National Girls Ministries.
Crescendo em Graham, uma comunidade esmagadoramente inglesa, Melissa sentiu-se insegura por causa de sua etnia e status socioeconômico. Ela raramente falava na aula e notas razoáveis. Mas um professor de história de sétima série percebeu o potencial de Melissa e escreveu uma longa carta aos pais explicando que eles tinham uma filha brilhante que poderia mudar o mundo.
Inicialmente, Melissa sentiu frustração. Por que um professor colocaria idéias fantásticas na cabeça de seus pais, que lutavam para pagar as contas? Mas o encorajamento do professor revelou-se fundamental, e os pais de Melissa insistiram em obter uma educação universitária.
Com seus esforços, Alfaro chegou à faculdade. Na Southwestern Assemblies of God University (SAGU), conheceu Jay Alfaro. Eles estão casados há 15 anos.
Alfaro obteve um bacharelado em Estudos Bíblicos na SAGU. Seu mestrado em inglês, bem como seu doutorado em Retórica e Composição, são da Texas Woman’s University (TWU). Com a ajuda do Espírito Santo, ela diz que os cursos de retórica a ajudaram a tornar-se um pregador e professor ousado e praticante.
“A mensagem é poderosa em si mesma”, diz Alfaro ao instruir nas Escrituras. “Mas muitas vezes é importante transmiti-lo de forma poderosa para que os corações lhe sejam receptivos”.
Alfaro conta com os professores da SAGU Danny e Amy Alexander entre seus mentores. Alexanders cultivou um relacionamento com Alfaro e frequentou seu casamento, graduação e até mesmo sua defesa de doutorado há cinco anos.
“Melissa é uma jovem jovem articulada, apaixonada, inteligente e altamente motivada”, diz Danny Alexander, que também obteve seu doutorado no TWU. “Não nos surpreende em todos os dons que Deus colocou dentro dela vieram à frente”.
Amy Alexander diz que Alfaro está entre os poucos estudantes mais destacados que já ensinou.
“Danny e eu pensamos que ela se tornaria uma ministra”, diz Amy. “Ela é excepcionalmente dotada e tem energia prodigiosa”.
Alfaro já é pastora administrativa da congregação El Tabernaculo, em Houston, desde 2010. Seu marido é pastor principal da igreja hispânica urbana. Em 2015, El Tabernaculo iniciou um serviço em inglês, para acompanhar os membros espanhóis e bilíngues.
“Sentimos que estávamos perdendo os hispânicos de segunda e terceira geração…”, diz Alfaro, que diz que não se tornou “academicamente fluente” em espanhol até depois da faculdade.
Alfaro também foi diretora de ministérios do Distrito Latino-Americano do Texas, Louisiana, nos últimos sete anos.
“Nossas meninas têm um potencial tão grande para se tornarem grandes mulheres de Deus – Esthers, Deborahs, Ruths”, diz Alfaro. “Mas muitos precisam de uma voz espiritual para guiá-los naquela jornada, e talvez eles possam se identificar com minha história. Eu quero dar-lhes uma voz, e deixá-los saber que eles têm uma plataforma “.
Além de seus outros deveres, Alfaro se juntou ao conselho de administração do Christ Mission College em 2016. Alfaro, que também escreve um blog, diz que só adiciona novas tarefas se outras áreas de sua vida são saudáveis.
“Nem toda porta é uma porta de Deus, mesmo que seja uma boa porta”, diz Alfaro. “Mesmo as coisas boas podem acabar sendo distrações se não estiverem alinhadas com o propósito perfeito de Deus para esse momento particular”.
Retomo. Há muitas informações nas entrelinhas. A AD americana está administrativamente anos luz adiante de sua congênere brasileira. Tem uma rede de 18 universidades para capacitar seus membros, especialmente ministros. Se levarmos em conta que aquela igreja tem apenas 13.023 templos e três milhões de membros e congregados a coisa toma ares absurdos. Aqui a AD alardeia ter de 25 a 42 milhões de membros e congregados a depender das estatísticas mais pessimistas ou otimistas. A questão é que os assembleianos americanos escolheram outro caminho.
Note que Alfaro foi escolhida por votação para o elevado staff de 21 pessoas. Certamente seu currículo pesou. A certa altura o texto informa que o Presbitério já tem uma pastora, que foi escolhida como representante do ministério feminino, mas Alfaro o foi por seus predicados, ou seja, ela não foi escolhida dentre as mulheres, mas dentre todos os prováveis candidatos.
Por aqui, ao contrário, há as famosas indicações. Muitas vezes quadros sem expertise, sem formação, mas com QI (quem indique). Pra piorar temos estruturas inchadas e sobrepostas que simplesmente pouco ou nada produzem. Suspeito que há comissões na CGADB que ainda não se reuniram, 162 dias depois da posse em 03 de julho deste ano. É, prezados, tanto a estrada para o sucesso quanto para a irrelevância é construída com método.
Finalizo…
E se a irmã Alfaro viesse representando sua igreja para algum evento no Brasil? Como seria tratada? Pastora? Palestrante? Preletora, como costumam fazer com Marlene LeFever?
Agradeço ao nobre Pr. Geremias Couto que me passou a notícia em primeira mão.
Leia mais em PENews
Aqui você acessa o portal de recursos para ministros da Assembly of God. Compare com o da CGADB!
Embora que os brasileiros em geral,gostem de copiar os EUA em tudo(menos nos juros e leis trabalhistas!),em termo de evangelho,nunca será uma boa referência,afinal lá as igrejas andam em frangalhos e tem se tornado um celeiro de falsos profetas,apresentando um evangelho falsificado! O Kennet Hagin,líder dos líderes da igreja Alagoinha, é de lá,o falso evangelho da prosperidade nasceu lá… é tanta coisa ruim que fica até difícil de enumera las! E o que tem de Assembleia de Deus falsificada, não tá no gibi (que os digam os Madureiras com o seu reverendo MOON!) Ia me esquecendo; o nosso manual de referencias continua sendo a bíblia, e lá não encontramos base para a heresia de separação de mulheres! Será que Deusé do clube do bolinha?KKKKKKK!!!!!!!!!
“… pois não é o homem, nem tampouco a mulher que faz o ministério, mas é o dom. Isto é um fato simples e claro. E qualquer que tenha recebido um dom um dom torna-se responsável diante do Senhor. A mulher recebendo-o entra assim no ministério da palavra, e pode então pregar e ensinar, conforme a direção do Espírito Santo”.
(Trecho de um artigo publicado no jornal O Som Alegre em janeiro de 1930 por Frida Vingren)
Nossas lideranças resistem a própria história do pentecostalismo. Resiste, fingi não ver ou perceber, e infelizmente vai contra seus próprios princípios. Parabéns pela matéria! Oportuna e interessante!
Quem viver, verá!
A mulher do poço de Jacó, pregou e ensinou o caminho da salvação para os samaritanos! Pq será que jesus não a consagrou para apóstola?
Mario Sergio, vc tá querendo deturpar a fala da irmã Frida,querendo insinuar que ela tava reivindicando o pastorado?Resistindo o princípio do pentecostalismo,onde e em quer? Deixa disso,seu moço!
Realmente Deladier,quem viver verá! Do jeito que anda a nossa assembleia,descendo de morro abaixo e indo ao encontro a tantas heresias,se um dia abraçar mais esta, não será nenhuma novidade!
Se um dia? Já há, nobre Rocha, inúmeras pastoras consagradas Brasil afora. Eu não defendo a consagração, mas gostaria que todo o problema da AD brasileira fosse isso. Ah! Se fosse…! Por falar em Frida, ela já era evangelista consagrada da igreja de Estolcomo na Suécia, e já tomava conta de igrejas quando veio pra cá.
Pessoalmente sem base bíblica não apoio! As igrejas evangélicas americanas a muito tempo estão em crise! A nossa Assembléia de Deus de longe é exemplo pra ninguém! Já passou da hora da igreja sair da sua visão personalissima é tornar -se uma igreja do tempo dos apóstolos
O problema é que no Brasil a AD é religiosa D+, Legalista D+, Machista D+ para colocar uma mulher num cargo eclesiástico.
Coitada da mulher do Roberto Rocha, isso se ele for casado. KKKK
O professsor Mário Sergio cita a irmã Frida, porém a mesma foi uma excessão em sua época e tomara Deus que assim continue na nossa Assembléia de Deus (qual delas né? alguém poderia questionar… a assembléia que continua seguindo firmemente a Palavra de Deus) aqui no Brasil.
engraçado os defensores do pastorado feminino, eles precisam fazer um verdadeiro malabarismo bíblico para poder embasar suas opiniões sobre o pastorado feminino bíblicamente.
Fato …é a favor do pastorado feminino amém…só não use a bíblia para tal sustentação pois a mesma, não oferece respaldo.
Nem para a proibição. Estou aguardando a referência bíblica que, efetivamente, proíbe. O que sobra são ilações dos dois lados.
Abração!