Precisamos ensinar teologia às crianças, adolescentes e aos jovens?

Prezados 300 leitores, sou um entusiasta do estudo. Qualquer coisa aproveitável vale a pena ser lida, estudada e compreendida. Línguas, literatura, marketing, administração, filosofia, teologia. Tenho uma boa biblioteca e passo excelentes e prazerosos momentos conhecendo como era o Brasil há 200 anos, qual a nuance de determinados termos em grego ou hebraico, como eram os costumes em tempos bíblicos, quais as metáforas que fazem a engrenagem do consumo, como funciona uma linguagem de programação, além de usufruir das facilidades da tecnologia para o aprendizado. Tudo que se relaciona ao conhecimento me fascina, embora tenha de priorizar um ou outro tema, enquanto desprezo outros, afinal tenho um cérebro só.

Paralelamente a gostar de ler e estudar, gosto de compartilhar. Fiz a primeira apostila aos 18 anos, para a classe de jovens da EBD na qual atuava em Cruz de Rebouças II, Igarassu/PE. Coisa datilografada, tosca para os padrões atuais, mas uma inovação para a época. Nada cobrei dos alunos, forneci o material pelo prazer de compartilhar conhecimento. Brindei inúmeros jovens com livros, uma premissa das jornadas bíblicas e outros eventos que promovemos. Eram eventos grandes, para 200, 300 e até 600 jovens e adolescentes. Fui professor de EBD, depois vice-dirigente, dirigente, vice-superintendente. Sou, por misericórdia, aluno assíduo da EBD e professor de seminário teológico, além de ajudar, eventualmente, algumas Escolas Dominicais trazendo resumos e aulas. Portanto, suponho que tenho alguma credencial para falar do tema educação bíblica e teológica para crianças, adolescentes e jovens.

Evidentemente, algumas situações me estimulam a falar desse tema. Dias atrás li uma frase atribuída a Paul Washer, cujo teor exato não lembro agora, na qual estava escrito o seguinte[*]:”Seus filhos irão para a escola e eles serão treinados em torno de 15.000 horas em pensamento ateísta secular. Depois, eles vão para a Escola Dominical para colorir um desenho da arca de Noé. Você acha que essas crianças irão conseguir lutar contra as mentiras que estão sendo ensinadas na escola?“. Ele enfatizava a quantidade de horas que uma criança passa recebendo valores seculares, em contraste com a quantidade de horas que efetivamente aprendem as verdades bíblicas.

Outra inspiração me vem da imagem abaixo, que eu compartilhei de algum perfil amigo no meu Facebook:

Pensamento Josemar Bessa

Não tive como confirmar se o nobre Pr. Josemar Bessa realmente afirmou isso, mas faz todo sentido o que está escrito. A verdade é que muitas vezes achamos cansativo ensinar algo mais aprofundado sobre a Bíblia às crianças ou aos jovens. Segundo um pensamento corrente distorcido teologia cansa nossos pupilos.

Os pentecostais preferimos cultos efusivos, esperando que um avivamento resolva todos os problemas. Entenda, nada contra nossos cultos, muito menos contra o avivamento e ainda menos contra cultos animados. É que, definitivamente, a estratégia não tem funcionado. Especialmente quando essas crianças e adolescentes vão crescendo e sendo confrontados com a realidade da vida. A conclusão óbvia é que boa parte dos nossos adolescentes e jovens não está apta para debates apologéticos e se sentiria incapaz de discorrer sobre muitas de nossas doutrinas, coisa básica mesmo.

Como afirmei há pouco, uns dirão que os jovens não precisam de teologia. Outros que não estão interessados. Cada vez mais ouço de jovens que abandonam a Igreja ao ir para a universidade. Ou se embaraçam quando determinados assuntos são tratados em sala de aula. Os mais pragmáticos preferem pensar que é mundanismo (aquela vontade de cair no mundo…). Precisamos pensar sobre o que estamos fazendo a respeito. Comecemos analisando como a escola secular funciona.

Em primeiro lugar, ela premia os melhores, os que estudam, os que se dedicam. Por vezes, um jovem vestido de acordo com os padrões da denominação nos basta. Pensamos: se no check list exterior está bem, o resto é acessório. Ledo engano. Imagine um aluno lá fora que se apresenta uniformizado, mas não sabe uma questão da prova!? Nenhum professor, em sã consciência, premia apenas comportamento ou asseio. O aluno precisa demonstrar seu domínio do assunto de forma efetiva. Do contrário, é reprovado!

Em segundo lugar, ela testa o conhecimento dos alunos. Imagine uma escola sem provas? Como saber o que o aluno realmente sabe? Como extrair seu domínio de um assunto sem uma avaliação? Nas igrejas, via de regra, provas são sinônimo de constrangimento. Tememos expor nossos alunos a uma palavras cruzadas ou um questionário mais aprofundado. Ainda que as lições da EBD, por exemplo, tragam tais recursos. Por falar na EBD, eu me lembro que ali, em Cruz de Rebouças II, as senhoras, algumas das quais avós, brigavam comigo quando as cópias das palavras cruzadas sobre a lição acabavam antes de chegar às suas mãos.

Crianças, adolescentes e jovens (e pessoas de qualquer idade) precisam de desafios. Não é à toa que nações desenvolvidas como o Japão e os EUA estimulam seus jovens, desde bem cedo na vida, a serem testados. E os índices vão melhorando a cada dia. O aprendizado tem que ser desafiador, assim o aluno estará sempre motivado a aprender. Afinal, motivar é dar motivos!

Esse é um tabu que precisamos derrubar. E usar os resultados da avaliação para atacar os gaps[1]. Há anos propomos aqui no blog um ENEM teológico, ou que nome se dê, para professores de EBD e outros cargos afeitos ao ensino em todo o Brasil. Tal empreitada poderia ser encampada pela CGADB ou alguma outra entidade de abrangência nacional. Assim, poderíamos identificar os bolsões de dificuldade e atuar neles. Se o problema é leitura, bibliotecas nele! Se é recursos audiovisuais, investimento neles! E por aí vai.

Em terceiro lugar, selecionam os professores mais preparados. Devemos ter os melhores também, não apenas para lidar com crianças especiais, como preparados teologicamente. Atuar em deficiências é interessante, mas acaba sendo somente uma vitrine que embota os problemas básicos da educação bíblica na Igreja. Na verdade, em muitos lugares o critério é ter paciência com elas. E em não poucos, isto significa ficar rouco e gritar até vomitar os pulmões. Sistemas de ensino secular bem sucedidos, como os da Finlândia[2] e Coreia do Sul, selecionam os melhores professores para seus alunos com base em sua formação educacional. No primeiro país, por exemplo, ninguém ensina no pré-escolar sem um mestrado!

Em quarto lugar, as melhores escolas usam maciçamente recursos audiovisuais. Infelizmente, muitos professores ignoram o valor de um quadro, um mapa, uma gravura, um conjunto de slides, um datashow. E muitos pastores torcem o nariz para investir nisso e não cobram de seus docentes, porque a cobrança se viraria contra a própria instituição. Noutros casos se faz o investimento e o professor despreza!

Vamos apresentar de maneira científica o valor de tais recursos[3]. Observe as tabelas abaixo:

Retenção na aprendizagem - Tabela 1

Retenção na aprendizagem - Tabela 2

A primeira diz respeito à retenção em si mesma, avaliada de maneira geral. A segunda diz respeito à retenção através do tempo. Não deixam dúvidas que uma aula enriquecida com materiais audiovisuais trará maior aproveitamento para os alunos. O professor não pode exagerar na dose e deve estar familiarizado com o material apresentado. E os recursos audiovisuais nem sempre prescindem da qualificação do professor, são apenas métodos mais eficientes de transmissão do que o docente sabe.

Igrejas há que utilizam tais recursos para o bem de suas crianças, adolescentes e jovens. Eles retem o aprendizado mais facilmente. A liderança é preparada e procura servir a Palavra aos ouvintes, tornando-os pessoas verdadeiramente conhecedoras da Bíblia. Infelizmente, são a exceção, não a regra. Via de regra, um culto típico de doutrina é entremeado pela ênfase em usos e costumes, há pouca leitura bíblica e pouco tempo para a exposição de qualidade da Palavra de Deus.

Em quantas de nossas igrejas são utilizados um quadro ou projetor num culto de ensino da Palavra de Deus? Quantos tem acesso impresso ou online aos temas centrais de um culto de doutrina ou estudo bíblico?

Em quinto lugar, as melhores escolas suprem deficiências educacionais da família. Infelizmente, nem todos os pais dão valor à educação, leem com e para seus filhos ou os incentivam a estudar. Boa parte ignora completamente a realidade escolar, falta às reuniões, não acompanham atividades como a lição de casa e por aí vai. A escola não pode adotar uma posição passiva neste processo, mas envidar todos os esforços para que o aluno se descole desta realidade alienante.

Em relação à Bíblia é o mesmo problema. O brasileiro em geral lê muito pouco. Esta falta de leitura se reflete na Igreja. As crianças e adolescentes não são estimuladas a ler a Bíblia pelos pais e desconhecem as doutrinas centrais da Palavra de Deus. Em decorrência disso, a igreja recebe pessoas que apesar de se dizerem evangélicas desde o nascimento, pouco da Palavra de Deus leem.

Os que lidam diretamente com crianças, adolescentes e jovens devem estimulá-los a ler. Sou um leitor assíduo graças, entre outras coisas, a um estímulo simples que havia na EBD, quando eu era criança. Não sei por iniciativa de quem, aquele que recitasse de cor o texto bíblico da lição daquele dia ganhava um presente. Em muitos domingos era eu o premiado. Aos 14 anos já tinha lido a Bíblia toda. De lá pra cá já li mais uma vez. E livros completos já li centenas de vezes.

Em sexto lugar, temos que pensar de maneira estratégica. Hoje na escola secular a ideia é fazer com que tanto as escolas urbanas, quanto as interioranas se desenvolvam. Temos lido notícias de cidades do Sertão pernambucano, por exemplo, que se destacam nacionalmente, frente às instituições metropolitanas. Isso é ótimo. Na igreja, via de regra, temos ilhas de excelência, com experiências estanques (que não se comunicam entre si).

Temos que interiorizar o ensino teológico junto a nossas crianças e jovens. Morar num local afastado é um mero detalhe geográfico. Temos que trabalhar com políticas de longo prazo, planejamento pedagógico de primeira linha para todos e avaliar periodicamente o progresso dos métodos empregados, corrigindo as distorções. Devemos implantar o PDCA em nosso trabalho docente:

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P = Planejar, D = Fazer, C = Checar, analisar e A = Agir. E, obviamente, melhorar continuamente o ciclo.

Vou ficando por aqui, mas concluo dizendo que a continuarmos desprezando estas variáveis a tendência é a ignorância bíblica crescer a um ponto em que percamos cada vez mais crianças, adolescentes e jovens.

Você não concorda comigo? Por favor, comente e diga o por quê!

Leia este outro post que aborda quatro razões pelas quais os jovens saem da Igreja

[*] O Marcelo Edson me socorreu com a frase do Paul Washer!

[1] Chama-se gap a distância entre a posição atual e o que deve ser alcançado em determinado projeto

[2] Conheça aqui um pouco da realidade educacional finlandesa

[3] FERREIRA, Oscar Manuel de Castro; JÚNIOR, Plínio Dias da Silva. Recursos Audiovisuais para o Ensino. São Paulo: EPU, 1975.

Sobre o autor | Website

Meu nome é Daladier Lima dos Santos, nasci em 27/04/1970. Sou pastor assembleiano da AD Seara/PE. Profissionalmente, trabalho com Tecnologia da Informação, desde 1991. Sou casado com Eúde e tenho duas filhas, Ellen e Nicolly.

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46 Comentários

  1. Marcio samuel copino disse:

    Pura verdade é preciso compromisso com a palavra de Deus

  2. Marcelo Edson disse:

    Excelente reflexão. Amei.
    Paul Washer disse: “Seus filhos irão para a escola e eles serão treinados em torno de 15.000 horas em pensamento ateísta secular. Depois, eles vão para a escola dominical para colorir um desenho da arca de Noé. Você acha que essas crianças irão conseguir lutar contra as mentiras que estão sendo ensinadas na escola?”
    .

  3. Marcelo Edson disse:

    No livro EM GUARDA de William Lane Craig, página 20, ele afirma:

    “Um ministro cristão, na Universidade de Stanford, recentemente me contou que 40 por cento dos estudantes cristãos de segundo grau, que pertencem a grupos de jovens de igrejas, vão se afastar das igrejas totalmente depois de formados. Estamos falando de 40 por cento! O que está acontecendo não é que eles estejam perdendo a fé no ambiente hostil das universidades. Ao contrário, muitos deles já tinham abandonado a fé quando ainda participavam de um grupo de jovens, mas continuaram deixando-se levar até que estivessem fora do alcance da autoridade dos pais.
    Em minha opinião, a igreja está realmente falhando com esses jovens. Em vez de fornecer a eles um bom treinamento na defesa da fé cristã, nós ficamos envolvidos em lhes proporcionar experiências de louvor carregadas de emoção, ficamos nos preocupando com suas necessidades e em entretê-los. Não é à toa que eles se tornam presas fáceis para um professor que racionalmente ataca a sua fé. No segundo grau e na faculdade, os estudantes são bombardeados com todo tipo de filosofia não cristã combinada com um avassalador relativismo e ceticismo. Temos que preparar nossos jovens para essa guerra.
    Como temos coragem de enviá-los desarmados para essa zona de guerra intelectual?
    Os pais devem fazer mais do que apenas levar seus filhos à igreja e ler histórias da Bíblia para eles. Pais e mães precisam ser bem treinados em apologética para que sejam capazes de explicar aos filhos, desde pequenos e cada vez com maior profundidade, por que cremos naquilo que cremos.”

  4. Absolutamente! Essa tem sido a mais dramática carência dos jovens, crianças e adolescentes. E adultos não ficam atrás. No Brasil, sempre foi assim. Não existe essa visão. Meu marido fez esse trabalho, há anos, e os resultados foram tremendos. Hoje são gratos e são pregadores da Sã Doutrina. Começamos a ministrar aos adolescentes as Doutrinas Teológicas e foi impressionante o interesse. Mas, se não connhecer a Palavra, vai passar vergonha. Eles fazem perguntas que em décadas de minha experiência no Seminário Teológico jama ouvi. Agora, vamos dar continuidade a esse ministério – Oficialmente – com uma Escola Teológica para jovens adolescentes.

    Chega de recreação de festinhas, de palhaçada! É hora de aprender. Aliás, sempre foi. Parabéns por essa palavra!

  5. É obvio que precisamos ensinar teologia para os Jovens, mostrando o quanto a nossa fé tem fundamentos e razão de ser; temo porém que essa ideologia faça tremer alguns líderes de nossa denominação, por diversos motivos: medo, falta de argumentos, falta de conhecimento da Sã Doutrina, preconceito com o título TEÓLOGO, concorrência do cargo e medo de se sentir inútil diante da acuragem entusiasta do jovem na aproximação da boa teologia, e do conhecimento das doutrinas cristãs.

    Sinto nos nossos jovens e adolescentes uma sede maravilhosa em conhecer mais desse Deus Eterno, e infelizmente deparam-se com o despreparo e desleixo teológico de alguns líderes, o que decepciona de início, e causa um consequente abandono da busca pelo conhecimento bíblico. Vemos na história cristã que os maiores evangelistas criaram escilas teologicas como ponto crucial no evangelismo, djscipilado e doutrinamento, cabendo ao culto uma explanação saudável e totalmente contextualizada, o que conseqüentemente, contribuía com o crescimento espiritual da Igreja Cristã.

    Sou Estudante de Teologia, formado há mais de 7 anos, porém eterno aluni das doutrinas cristãs; essa paixão pela teologia cristã, deu-se mediante aos bons professores que possui, os quais nos direcionavam à busca do Deus Eterno, pela compreensão saudável e equilibrada do seu Santo Livro.

  6. Everthon disse:

    Concordo com as necessidades acima citadas e vou além. É preciso investir na qualificação da liderança, a começar pelos responsáveis nas congregações. Se cairmos em campo veremos que a quantidade de jovens e adultos que se encantam com a dedicação de outras igrejas (principalmente as reformadas), no estudo das escrituras e deixam nossas trincheiras, ficaremos de cabelo em pé. No mais, como professor secular e dirigente de EBD, fica a torcida, para que dias melhores cheguem, pois a iniciativa para as propostas acima citadas é totalmente humana (o interesse de melhorar e instruir deve ser nosso, por que Deus tem feito sua parte).
    Parabéns ao nobre pastor Daladier!

  7. Everthon disse:

    É importante ainda salientar, que o conhecimento quebra algemas e que formar seres pensantes, críticos e reflexivos representaria a perca da hegemonia de alguns. As dificuldades políticas e educacionais brasileiras respingam tristemente na igreja.

  8. Valmir Nascimento disse:

    Excelente post, meu nobre amigo!
    Realmente, né imprescindível educação bíblica adequada para nossos jovens e adolescentes. Somente assim, eles podem dar as razões da esperança que possuem (1 Pe 3.15). Mas, para isso é necessário investimento da igreja, visão da liderança, apoio dos pais e vontade dos jovens!

  9. Heury Borba Loureiro disse:

    A falta de ensino teológico para a juventude da igreja hoje em dia tem sido um sério problema. Como foi descrito neste post, eu também já vi vários jovens abandonarem a fé logo que entraram na faculdade. As igrejas pentecostais em alguns casos têm se preocupado com muitos movimentos, louvores e muito pouco com o ensino da Palavra. Nossos jovens têm dificuldades com o conhecimento básico teológico, e muitos líderes não tem tido paciência e nem preocupação em ensina los.

  10. Julio Severo disse:

    Embora haja adolescentes que gostem de estudos, a maioria deles é OBRIGADA ao estudo pelos pais. Se dependesse deles, a maioria não estudaria. Sobre teologia, que é parecido com os estudos das escolas, para fazer os adolescentes estudar só com a pressão dos pais. O que fazer? Em vez de teologia, criar nos jovens amor pela Palavra de Deus. Eu sempre incentivo os pais a comprar a Bíblia na Linguagem de Hoje. Isso é um passo inicial para deixá-los apaixonado pela Palavra de Deus. Mais tarde, eles podem estudar a Bíblia em outras versões. A minha versão favorita em português é a King James Atualizada. Mas para jovens, recomendo a NTLH. Uns poucos jovens na igreja terão interesse em teologia. Mas a maioria não. Em todos os casos, é responsabilidade do pastor criar neles amor pela Palavra de Deus, incentivá-los a ler no mínimo 3 capítulos da Bíblia por dia, etc.

  11. Lucas Martins disse:

    Glória a Deus! Hoje pela manhã, assistindo uma pregação de Paul Washer, estava refletindo exatamente sobre isso.
    Ele comenta que certa vez foi convidado a ensinar teologia numa escola de linha reformada. Existiam alunos desde o jardim de infância até o ensino médio. Certo dia ele ensinava sobre a Propiciação e pergunta aos alunos:
    – O que tinha dentro do cálice?, uma garota de 9 anos de idade se levanta e diz: – Dentro do cálice estava a ira do nosso poderoso Deus contra os nossos pecados.
    Nossa geração está corrompida porque achamos que a palavra de Deus foi escrita para homens velhos e com experiência nesse mundo. Mas esquecemos que ela foi escrita para pessoas que não são desse mundo e que precisam da direção correta para crescer dentro dele como estrangeiros e peregrinos. Se as crianças não aprendem a teologia centrada em Cristo não há motivos para esperar que tenhamos adolescentes centrados em Cristo.
    Infelizmente o que fazemos é menosprezar o poder do Evangelho de alcançar os corações dos filhos de Deus e ainda estamos condicionando a revelação do Pai à habilidades cognitivas humanas e esquecemos que o Evangelho é o Poder de Deus para fazer nascer seus filhos não pela vontade da carne ou do homem, mas pela vontade de Deus! Crianças precisam conhecer a Santidade de Deus e a ira de Deus diante de seus pecados e depravações perante o grande Salvador. Para que cresçam, nâo prontas para se defender intelectualmenfe, mas em concicção de pecado e misericórdia, para que nada, nem a morte, nem a vida, nem anjos ou principados, nem o presente, nem o futuro, nem o mundo, nem a ciência humana, nem amizades, nem prazeres, possa lhes separar do amor de Deus, pois saberão que estão em Cristo Jesus.

  12. Enilson Pontes Filho disse:

    CENTRANDO-ME NO ENSINO DA EBD.
    O Evangelista Billy Graham em uma de suas prédicas, declarou: “Tenho a convicção de que a Escola Dominical é o único e maior centro para ensinar ao povo a Palavra de Deus, bem como, por si mesma, uma tremenda força evangelística”. Lércio Dornas escreve um livro com o tema: “Socorro, Sou Professor da Escola Dominical”, onde abarca sobre o fosso que existe entre o aluno e o professor da EBD e defende que uma dos principais motivos desta evasão e a falta de comunicação entre os envolvidos neste processo ensino-aprendizagem.
    Temos que ter em mente que embora estejamos em um mesmo mundo, as realidades são diferentes. Fora isto, vivemos em um ambiente hostil, perverso e que combate qualquer verdade. Muitas pessoas se enveredaram na vida pós-moderna voltada para o trabalho e as conquistas e vêem o domingo como o único dia que tem para descansar. Precisamos rever alguns valores da EBD e traçar metas para que tenhamos uma EBD mais frequentada, dinâmica e ativa na vida das pessoas.
    De fato esta é uma das minhas preocupações. Precisamos orar para Deus levantar obreiros que se preocupem com a área da Educação Crsitã.

  13. Enilson Pontes Filho disse:

    OS JOVENS E A TEOLOGIA.
    Os jovens cristãos maduros pensam o cristianismo de maneira mais sistêmica, com mais integralidade; desejam trazer os valores do Reino de Deus ao mundo; querem ver a cidade transformada e não apenas levarem almas para o céu. Por isso, questões sociais e ecológicas fazem parte de suas agendas e inserem-se dentro de sua espiritualidade. Isso é muito positivo. O grande desafio deles talvez seja aprender a ler e meditar nas Escrituras Sagradas ao mesmo tempo em que refletem e analisam a situação do mundo. O equilíbrio entre comunhão com Deus, Sua vontade e Sua Palavra por um lado, e a realização pessoal, o sucesso e a análise das questões sociais de outro, é importantíssimo. O sucesso é medido pela minha vida perante Deus, meu crescimento a semelhança de Cristo, no caráter e não pelos aplausos. Aqueles que querem preencher o vazio interior através do serviço ao próximo irão apenas espalhar sua infelicidade mais adiante. Pessoas que desejam ajudar e fazer coisas pelos outros ou pelo mundo sem aprofundar seu autoconhecimento, sua compreensão de si mesmos, sua liberdade pessoal, sua capacidade para amar, descobrirão cedo ou tarde que não tem nada a oferecer.
    Os jovens brasileiros ainda estão muito abertos para as questões espirituais. Na verdade, estão entre os jovens mais abertos no mundo inteiro. Devemos tratá-los com respeito e seriedade, sem fazer marketing, respeitando-os em seus questionamentos, propondo uma caminhada de discipulado e semelhança a Cristo. Devemos tratá-los de igual para igual, com uma visão clara do Reino de Deus e fundamentada nos valores bíblicos

  14. Adejarlan Ramos disse:

    Concordo plenamente. Muitos professores do Departamento infanto-juvenil acham que a formação em Pedagogia é o suficiente para atuar na EBD. Acho que devem se aprofundar nas questões teológicas, especialmente a apologética e nossos cultos de doutrina devem abordar tambem questões apologéticas. Em relação ao culto de doutrina o problema é que grande parte de pastores estão envolvidos demais com a “Presidência” da Igreja e não tem tempo para o “pastoreio” da Igreja. O resultado são cultos de doutrina com “mesmices” e “obviedades” sem caráter apologético. Por isso muitos jovens não tem interesse em frequentar os cultos de doutrina. Ha pastores que acham que pastorear se limita à administração de recursos financeiros e por isso ha uma deficiência no pastoreio de crianças, adolescentes e jovens. Ha tambem o problema de grandes Igrejas em que, devido ao tamanho da Igreja, normalmente para alimentar o ego de lideranças megalomaníacas, o pastor não consegue atingir a todos com o pastoreio eficaz. Ha tambem o problema gerado pela institucionalização eclesiastica em que , devido a ocupação de vários cargos em convenções regionais e nacional o pastoreio eficaz é relegado a um plano inferior devido as constantes “viagens” para atender “reuniões” de comissões convencionais. Resumindo, a politica eclesiastica, a falta de visão, a ambição de grandeza através de grandes campos (leia-se feudos eclesiásticos), a institucionalização eclesiástica, entre outros, fez com que a figura do pastor se transformasse em apenas “presidente da instituição” e não mais “pastor” da Igreja, no sentido pleno da palavra. Assim, sobra “presidentes”, falta “pastores”. Pr. Adejarlan Ramos, Barreiras Ba

  15. Alcides Almeida disse:

    Concordo plenamente com suas palavras nobre Pr. Daladier.
    Sobre este assunto a minha preocupação é similar a sua. Quando assumi a direção da Escola Bíblica Dominical falei com o pastor para instalar quadros nas classes das crianças, adolescentes e jovens. Criei um face exclusivo para a Escola para que eu pudesse interagir mais com alunos e professores, como também criei um grupo do WhatsApp onde toda semana publico o tema da lição e assuntos relacionados ao que vai ser estudado no domingo, tudo para incentivar os alunos. Implantei o sistema de provas no final de cada semestre para avaliar os alunos. Principalmente os jovens e adolescentes. Sempre estou incentivando esses alunos com premiações. As premiações são para os mais frequentes, como para aqueles que respondem perguntas da Bíblia na sala de aula. Entendo que isso ainda é pouco, mas não desisti e enquanto Deus permitir que eu tenha essa oportunidade irei dar o meu melhor.

  16. Valdomiro disse:

    Boa reflexão Pr. Daladier,

    Como alguns comentaram, é difícil fazer as pessoas gostarem de estudar.
    No geral isso tem muito a ver com método. Muitos docentes têm dificuldades de “sintonizar” o ensino com os discentes.
    Lembro que até a 6ª eu era um aluno medíocre em matemática. Sempre passava raspando a média. Não tinha interesse e não compreendia direito. Um professor de matemática, na 7ª séria, mostrou-nos a matéria como nenhum outro antes e o resultado foi que conclui os meus estudos com média 10 e auxiliando os colegas em aulas de reforço.
    Acredito que as crianças se bem direcionadas e devidamente estimuladas vão gostar de qualquer matéria, com, naturalmente, alguma variação de intensidade.
    O conhecimento teológico não deve ser entendido como uma mera matéria que se deve aprender, mas como o conhecimento de Deus que o homem precisa ter para melhor servi-lo.
    O apego as verdades eternas e, por outro lado, o deixar em segundo plano, ou mesmo descartar, as efemeridades da religião deve ser também um ponto de incentivo que produzirá verdadeiro aprimoramento espiritual.
    É muito provável que características efêmeras da religião ocupam grande parte do ensino nas igrejas, mas se fossem colocadas de lado abriria espaço não somente para o ensino sadio e eterno, como, também, faria até mesmo as mais diversas denominações cristãs sérias convergirem e se aproximarem, em vez de se verem como concorrentes.
    Seria bom, mas não sei se conseguiremos ter a teologia sadia como parte de nossas vidas, incluindo ai nossas crianças. Talvez devamos começar em casa.

  17. Cicero Ramos disse:

    Precisamos ensinar sim. Defendo o ensino bíblico-teológico desde a mais tenra infância. A formação da mente cristã deve ser praticada desde muito cedo na vida. E para aqueles que não tiveram o privilégio de nascer em um lar cristão, ou se nasceram e, entretanto, não tiveram pais interessados em sua educação bíblica, a Igreja deve ter em abundância e em mais alto nível o ensino como prioridade. Sou pentecostal como o autor do artigo, nasci e fui criado na minha querida Assembleia de Deus, mas quem conhece a denominação sabe que ainda há bolsões de resistência contra a aquisição de conhecimento. O antiintelectualismo é muito forte ainda. Todavia, há muitas e honrosas exceções aqui e ali, não só individualmente, ou seja, pastores e líderes que estudam e dedicam-se a ensinar o rebanho, como ministérios que investem no preparo bíblico-teológico de seus vocacionados. Se eu fosse pastor de uma igreja local, certamente o ensino teria a mais alta prioridade. É claro que gostaria de ter uma congregação avivada, com muita oração, com toda liberdade para a ação do Espírito Santo nas vidas e nos corações, porém discipulado de verdade, ou seja, crescimento em Cristo e conformação com Sua imagem (Rm 8.29) passa pelo aprendizado das doutrinas bíblicas. Louvo a Deus porque a Assembleia de Deus, apesar de algumas coisas reprováveis em seu modus vivendi e operandi que precisariam mudar urgentemente para que ela fosse mais relevante no mundo, ainda assim possui Escola Bíblica Dominical (que precisa ser ajustada em alguns importantes aspectos a meu ver) e cultos de doutrina (nesse caso, dependendo da liderança, pode ou não ser algo realmente biblicamente edificante para a congregação). Como disse o autor, o brasileiro lê pouco, muito pouco e isso encontra reflexo na Igreja. Nossos jovens (e muitos adultos, obviamente) desconhecem as doutrinas centrais da fé cristã. Muitos nunca chegaram perto de algum compêndio de Teologia. Outros nem se interessam, pelo menos, pela gloriosa história da denominação e, até antes disso, procurar saber quais igrejas ou movimentos que influenciaram no surgimento da AD, por exemplo. Concordo sim com o Planejar, D = Fazer, C = Checar, analisar e A = Agir. Finalizo crendo que todo servo de Deus consciente (e não somente os pastores, pois eu não sou pastor) é responsável em aprender mais e mais e sobre variados assuntos. Sou como o autor, me deleito em pesquisar sobre vários temas, servindo-me de minha humilde biblioteca. Além disso, procuro no mundo virtual determinados sites que possuem seriedade em assuntos como filosofia, história, arqueologia, antropologia, línguas bíblicas, sociologia e, obviamente, teologia. Me considero um eterno estudante, nunca vou parar de aprender enquanto estiver vivo. E desejo em Deus ser alguém a quem os jovens possam olhar como um referencial e copiar o exemplo, no sentido de buscar e crescer no conhecimento das coisas de Deus.

  18. Pr eu concordo plenamente que as nossas crianças,jovens e adolescentes seja ensinadas e bem ensinadas teologicamente, porque se elas não forem ensinadas nos preceitos divinos com o maior nível possível de conhecimento embasado na Bíblia, a escola vai ensina o quite gay o ateísmo moderno e uma série de crenças infecundas que não levam ninguém a nada há não ser para perdição, e si posicionar contra Deus como um ser supremo e Criador,eu já debati em sala de aulas com uma professora de ciências,usando argumentos teológicos que eu aprendi quando era jovem em um curso básico de teologia, aí joguei tudo que estava guardado em relação a tricotomia, quando ela veio afirmar que o homem veio do macaco, então eu mostrei Deus como Criador e pôr fim pára resumir,eu perguntei como um ser tricotomista decendeu de um ser dicotomista,então ela ficou sem argumentos e me perguntou o que era tricotomia aí pr em vez de ela me dá aulas eu fui que dei a ela,e a convenci que nesse ponto a ciência estava errada e a Bíblia está certa,mais se eu não estudasse a Bíblia e a Teologia eu ficaria envergonhado na sala de aula sem argumentos,comendo a erva daninha colocada pelos ateus como aprendizado na escola, então pastor eu concordo que as nossas crianças nossos jovens e adolescentes,tenham ótimos professores teológicos e desfrutem de um bom aprendizado para lutar no futuro pela fé que uma vez foi dada as santos,eles só precisam de investimentos e cuidado pela nossa CGADB nossas lideranças locais, principalmente por alguns líderes de congregação que quando chegamos para tirar escalas sabendo eles de formação teológica,já dizem aqui eu não quero nada de Teologia aqui é só coisa simples,prá eles os leigos é como se o ensino teológico viesse do diabo e não de Deus porque a Teologia revela a vontade de Deus ela ensina sobre Deus,agora para finalizá se algumas igrejas compostas por adulto crianças jovens e adolescentes o povo estão sendo privados de um ensinamento sólido proveitoso para refutar qualquer teoria infecunda,imagine sé alguém vai querer não citarei nome que investir nessa aplicação de ensino para criança jovem e adolescentes.

  19. Daladier Lima disse:

    Diante de sua palavras só posso dizem: Esta é a realidade dos fatos. Triste, mas verdadeira.

    Abração!

  20. Daladier Lima disse:

    Obrigado por seu comentário. Você conseguiu sintetizar o problema. Ele não está necessariamente nos jovens. Como disse no texto é preciso dar motivos.

    Abração!

  21. Daladier Lima disse:

    Uma criança que aprende o que verdadeiramente havia no cálice não esquece o sacrifício de Cristo, nem as verdades centrais da Palavra.

    Grato!

  22. Daladier Lima disse:

    Grande Julio, obrigado pelo seu comentário e seu tempo. Sua dica é uma excelente iniciativa. Conheço pais que compram um caro telefone e não “desperdiçam” dinheiro com uma Bíblia. No futuro…

    Abração!

  23. Daladier Lima disse:

    Até quando, prezado Heury, veremos estas cenas se repetirem? Caminhemos orando e propondo.

    Abração!

  24. Daladier Lima disse:

    Grato, nobre Valmir. Espero, em breve, fazer uma promoção em nosso blog com seu livro que abrange este assunto. Tenho ouvido muito bem do seu conteúdo.

    Mais uma vez, obrigado!

  25. Daladier Lima disse:

    Essa, com certeza, é uma das necessidades. Investir nos docentes para que tenhamos aprendizado teológico de qualidade. Não apenas em pessoas jeitosas e pacientes com as crianças e adolescentes.

    Abração!

  26. Daladier Lima disse:

    Gostei de sua colocação ao enfatizar sua própria experiência. Crianças que aprendem teologia são adolescentes que amarão teologia. Que, por sua vez, serão jovens amantes da Bíblia.

    Abração!

  27. Daladier Lima disse:

    Infelizmente, muitas igrejas tem levado suas crianças à diversão, sem nenhuma preocupação com a exposição da Palavra para elas também. A seu modo, mas de modo eficiente e acolhedor. Triste realidade.

    Abração!

  28. Daladier Lima disse:

    Inserida sua referência correta da frase do Paul Washer. Deus continue te abençoando. E vamos em frente! Aproveito para dizer que concordo com suas colocações.

    Abração!

  29. Edinaldo disse:

    Concordo plenamente meu pastor. É uma pena que muitas vez , quando sugerimos um maior investimento no futuro, principalmente de novos convertidos, somos tidos por chato, que fica pegando no pé deles. mas é para chegarem ao céu, porque não lhes ensinar tudo que precisam para chegarem lá? Sempre digo, e repito: Deus tenha misericórdia dessa geração!

  30. JOSUÉ RODRIGUES disse:

    Meu caro amigo, professor e Pr. Daladier! Sem sombra de dúvida você tem credenciais de sobra para falar sobre o assunto
    Penso que educação é um daqueles temas muito fácil de falar e dificílimo de pôr em prática. Acho que hoje nosso maior problema seja as mazelas sociais como drogas, que tem atingido grande quantidade de crianças. Não sei qual seria pior?! Resgatar um jovem das drogas ou do relativismo imposto aos mesmos.
    Mas eu concordo plenamente com você. Precisamos formar uma geração de seres pensantes, que possa por si só refletir sobre as verdades de Deus. E neste sentido a educação teológica (ensinos sobre Deus) tem um papel predominante.
    O grande problema é que temos poucas horas para trabalhar com estas crianças na igreja e temos muitas famílias desestruturadas que em nada ajuda neste sentido. Porém, como sempre falo aos professores: não podemos ficar lamentando por uma situação ideal, devemos encarar nossa realidade e tentar fazer algo. (Melhorar o ensino)
    Sobre nossos professores: entendo que não é por falta de recursos que pecamos no ensino, embora saiba perfeitamente da importância de usa-los. Porém, precisamos de um corpo docente mais compromissado, que de fato consiga enxergar a importância e a urgência de termos um ensino de excelência. Ainda é frequente vermos professores da EBD chegando atrasados, sem ter lido a lição, sem planejar a aula, sem fazer nada que é sugerido na lição. Como poderemos cobrar um quadro, quando não lemos a lição; como poderemos cobrar um datashow se não usamos o quadro. Depois empurramos tudo na conta dos pastores. Claro que devemos repensar o modelo de nossas igrejas. Priorizando o departamento de ensino, não apenas a “nave” do templo.

    Porém quero lhe parabenizar. Pois acredito que o começo é este: discutirmos o tema afim de tomarmos uma ação. E que venha o PDCA.

  31. Miqueas Cipriano disse:

    Parabéns mesmo pela belíssima abordagem, pois, a seu pensamento adiciono meu novo pensar: Se minha filha aos 4 anos de idade já é exposta aos ensinos e a metodologia do Paulo Freire, sem direito a escolher outra corrente, cabe a nós, como conhecedores da verdade, oferecer aos nossos filhos um conteúdo solido que talvez nem tivemos, mas, que o quanto mais cedo ensinarmos, trará frutos viçosos.

  32. Caro Daladier,

    Esta sua provocação tem uma razão especial de ser.
    Estamos vivendo os últimos dias desta terra.
    O mundo cada vez mais jaz no maligno.
    Estamos vivendo épocas difíceis prenunciadas pelo apóstolo (este sim!) Paulo – 2 Timóteo 3, onde o ser humano (ser humano?) tem características animais, sem razão e senso.
    Na educação o secularismo, o ateísmo, o hedonismo e a divagação são muito mais valorizados que moral, ética, solidariedade e relacionamento.
    Na educação cristã, faltam os princípios preconizados por JJan Amos Komenský (Commenius) em sua Didacta Magna:
    Estamos nos distanciando da Reforma Protestante que preconizava o ensino baseado “no ensino das virtudes: prudência, temperança, fortaleza e justiça. Além disso, deve-se ensinar a cultivar as virtudes por meio de ações e não somente de palavras. Esse ensino deve começar na mais tenra idade, sendo também, função dos preceptores dar exemplos de vida, baseando-se nas Escrituras e manter os filhos das más companhias e discipliná-los para que se defendam dos maus costumes…”
    Portanto, Paul Washer, além de coberto de razão, nos alerta a enfrentarmos, como Igreja reformada ou minimamente defensora dos princípios da Reforma, o secularismo público que teima em continuar adentrando também na igreja.
    Parabéns por sua abordagem fervorosa ao tema que se apresenta desafiador nestes 500 anos que nos distanciam da Reforma Protestante de 1517.

  33. Daladier Lima disse:

    Prezado Márcio, você lembrou um excelente personagem: Comenius e um evento muito importante: A Reforma. De fato, uma das premissas da Reforma era o ensino. Infelizmente, é a ausência dele que tem produzido analfabetismo bíblico.

    Abração!

  34. Daladier Lima disse:

    Grato meu nobre, suas colocações são irrefutáveis.

    Abração!

  35. Daniel Henrique disse:

    Excelente reflexão meu pastor. Espero um dia ser um aluno seu quando ingressar na faculdade de teologia . Sim , é uma necessidade extrema hoje em dia ensinar teologia a crianças e adolescentes em nossas igrejas, começando com o básico dos básicos para as crianças irem amadurecendo nos assuntos abordados. E quando chegarem a adolescência já terem argumentos plausíveis a respeito da fé. E enquanto adolescente ir aumentanto sucessivamente o nível, elaborando provas de conhecimento. .. Como são as escolas seculares hoje em dia . Conheço amigos que foram “bombardeados” quando chegaram na vida acadêmica e acabaram se afastando do evangelho. Por isso se tem a necessidade de ensinar teologia a crianças e a adolescentes pra que tenhamos uma base formada , argumentos plausíveis e claro a fé inabalável e inegociável. . Paz do SENHOR !

  36. Caro Daladier.

    Relembrando o meu tempo de criança, percebo que o meu cérebro absorveu apenas as histórias de Sansão e Dalila; Davi e Golias; os jovens na fornalha ardente. Guardei com carinho a figura do professor… Mas, este pequeno resquício de memória foi importante para mim. De algum modo o Espírito trabalhou em meu coração e deixou uma impressão positiva para toda a vida, algo que eu acredito ter sido importante para que amasse a Palavra de Deus, como amo-a agora.

    Ao comentar sobre este assunto, tomo por base meu círculo social, em que tenho diversos familiares trabalhando no magistério, desde o nível municipal ao federal, da pré-escola ao nível universitário; além de ser pai e frequentar as reuniões de pais e metres e folhear os cadernos das minhas filhas.

    Sinceramente, eu acredito que é necessário ensinar Teologia às crianças e jovens. É claro, usando o filtro certo para cada faixa-etária. Não é tarefa fácil, mas é imprescindível, pois em salas de aulas seculares os alunos não estão mais recebendo informação apenas sobre o que é referente ao currículo convencional. As aulas são apresentadas com viés ideológico, tentando colocar na cabeça do aluno que o conteúdo bíblico é ultrapassado, que o aborto é algo a ser defendido, que o casamento conforme o padrão bíblico não é a única opção certa aos solteiros e que a conjunção carnal entre pessoas do mesmo sexo é algo natural.

    Falei acima sobre meu tempo de criança na EBD, cuja didádica era toda realizada com passagens narrativas, e que isso foi algo que surtiu bom efeito em mim. Mas, naquela época, a década dos idos 1970, o ensino secular não era tão ofensor ao cristianismo como nos dias atuais. O mundo de antes não confrontava tanto as verdades bíblicas como faz hoje. Se a igreja não abastecer o coração da criançada e dos adolescentes com o conteúdo bíblico, o mundo fará isso. Se os jovens chegam às aulas com a informação correta, terá condição para analisar as loucuras que recebe no meio secular e recusá-la como verdade absoluta.

    Tenho adquirido as revista criadas para jovens e adolescentes, publicações da CPAD, e gostado do que tenho lido. A preocupação sobre esta situação é como estes matérias são apresentadas nas Escolas Bíblicas Dominicais e se a meninada e a juventude frequentam essas aulas. O professor deve ser algo bem preparado para lecionar; os pais devem ser agentes motivadores à frequência dos filhos nessas aulas; a igreja deve disponibilizar espaços apropriados, acolhedores, aconchegantes, para que professores transmitam com eficácia a Palavra de Deus às futuras gerações.

    Deixo meu convite, visitem meu blog: http://belverede.blogspot.com.br.

    Abraço.

  37. Marcelo Barbosa disse:

    Excelentes observações de todos! No entanto, há uma lacuna entre o real e o ideal e a maior dificuldade é como construir o caminho para alcançar o que se deseja. Sendo realista, acredito que seja um caminho que será trilhado por poucos, mediante aos ” conceitos”, desinteresse dos envolvidos no processo, cultura institucional ( falo generalizando todas as instituições evangélicas), contudo, acredito que a realidade pode ser modificada a partir do momento em que o ensino da Palavra de Deus seja elevado ao patamar que lhe cabe, isto nos cultos, nas reuniões de órgãos e, principalmente, no cotidiano de cada crente. Façamos a nossa parte, para que a ortodoxia se torne em ortodopraxia.

  38. Como EBD eu entendo um conteúdo organizado, ministrado de forma regular e consistente que possa oferecer a construção do conhecimento dos fundamentos da fé cristã. Teologia é um termo que pode soar abstrato, e relativo a algo inacessível e pouco prático para muita gente. Juntando com o termo “estudar”, pode causar pavor. O formato, portanto, pode e deve ser discutido, mas eu acredito que esta é uma necessidade da igreja. A Bíblia é a base.
    Precisamos ensinar as crianças a gostarem das escrituras e se familiarizarem com a pessoa de Jesus Cristo, precisamos ensinar os adolescentes e jovens que a Bíblia não é um amontoado de textos antigos sobre regras ultrapassadas, mas que ela tem sentido, começo, meio e fim, tem respostas que nenhum outro tem e não os deixará mais burros, pelo contrário; temos que ensinar os adultos como contar com a Bíblia como referencial da fé.
    Isso se faz com mestres capacitados que convictos do que ensinam.

  39. Rafaela Nascimento disse:

    Excelente Observação! Com toda a certeza a teologia deve ser introduzida no aprendizado da criança e do adolescente, a própria Palavra diz: Ensina o MENINO no caminho q deve andar! O conhecimento de Deus deve ser o mais cedo possível!
    O ensino Teológico, alem de negligenciado é criticado por boa parte dos “Cristãos”. Realmente quem vive de movimento e espiritualismo, que é completamente diferente de ser espiritual, não suporta as verdades da Palavra de Deus! Que Deus nos ajude!

  40. Davi Barbosa Campos disse:

    Pastor Daladier, impossível não concordar com suas colocações pois, hoje, sou extremamente grato à Teologia. Em que sentido afirmo? Teologia e Doutrina ainda são termos demonizados em alguns círculos evangélicos, tendo o primeiro (teologia) recebido atributos de ciência meramente acadêmica e “anti-experiencista” (o famoso “a letra mata, mas o Espírito vivifica”, texto fora de contexto) e, o segundo, uma conotação de dominação intelectual da Fé alheia (doutrina de homens, vento de doutrinas, novamente texto fora de contexto).
    De fato, existe a extrema necessidade de ensinar teologia para as crianças, adolescentes e adultos (a igreja como um todo), começando por uma desmistificação dos termor acima citados, que considero ser de grande relevância – uma vez definido o que é Teologia e Doutrina, seguir-se-á para a fonte da Verdade teológica e doutrinária, a Bíblia Sagrada. Lembro-me, que gastei um tempo refletindo sobre os conceitos teórico e das aplicações prática de Teologia e Doutrina, chegando a conclusão de que para conhecer as Doutrinas centrais da Fé Cristã, somente pelo estudo Teológico (Bíblico). Uma vez feito esse trabalho, a nossa Fé ganha forças, pois entende-se a necessidade de um profundo estudo teológico, em todo âmbito eclesiástico, do membro mais recente ao pastor mais antigo, uma base teológica essencial.
    Portanto, louvo ao Senhor, nosso Deus, pois Ele tem providenciado sUa Palavra, Inerrante e Infalível, para o aprofundamento Teológico, pois, é de Bíblia que a igreja está precisando (2Tm 3.16,17).
    Paz do Senhor!

  41. Otoniel Oliveira disse:

    Caríssimo pastor Daladier,

    O assunto abordado é urgente e já deveria ter sido pautado em fóruns para a tomada das providências pertinentes. Lamentavelmente, o desinteresse tem empurrado a pauta para o terreno da irrelevância e, assim, deixado à deriva, essa embarcação dentro das instituições ditas cristãs.
    À frente delas, estão as religiões animistas, esotéricas, espiritualistas etc…onde abre iniciação aos impúberes para o caminho do conhecimento em níveis cada vez mais profundos. Parabéns meu amigo…seja sempre despertado e despertemos nos dessa letargia e descaso para o bem das nossas crianças e dos nossos adolescentes.

  42. Danilo Silva disse:

    Graça e Paz, sua abordagem sobre do assunto foi excelente, assim como as de outros artigos. Hoje em dia me bate uma tristeza tremenda, por muitas vezes tentei colocar na mente dá liderança de onde congrego exatamente isso, que os jovens e Crianças precisam de um ensinamento mais aprofundado das Escrituras, mas infelizmente não me houvem, e cada dia que passa vejo os jovens fracos sem saber defender sua fé quando chegam em algumas Universidades, outros não sabem responder coisas simples sobre as Escrituras quando questionado no Evangelismo, por que lhe falta conhecimento, essa situação ao meu ver não vai mudar nem tão cedo.

  43. Valter Oliveira. disse:

    Concordo sem sombra de margens de dúvidas, a teologia é uma defesa da nossa fé, temos que ter argumentos pra enfrentar quaisquer q seja la fora, e nos ajuda a discernir o que é heresias, ecumenismo que de fato ta na moda, entre outras coisas que temos que está espertos. Para estudar teologia não precisa ter chamada e nem ser de fato um obreiro, mas todos tem que saber, até pq, é o estudo de Deus nosso pai.

  44. Roberto Luis disse:

    Saudações de Paz!
    Concordo plenamente com todos os pontos de vista​abordados.
    Infelizmente não estamos levando o assunto a sério, parece não a ver interesse dos grandes empresários da Fé, ou dos gestores, como muitos são gestores, talvez façam os cálculos e nas somas o lucro é zero.

    Deus traga​ sobre os seus servos um avivamento, e pelo o mesmo, uma fome insaciável pela palavra de Deus.

  45. Patricia Araújo disse:

    AMEI ESTE POST, FUI ADOLESCENTE E JOVEM NESSA ÉPOCA EM QUE VOCÊ TRABALHAVA COM OS JOVENS NA ASSEMBLEIA DE DEUS EM CRUZ II, APRENDI MUITO SOBRE DEUS E DE COMO TRABALHAR PARA ELE. CONCORDO PLENAMENTE COM SUAS COLOCAÇÕES. ATUALMENTE ESTOU TENTANDO COLOCAR EM PRÁTICA O QUE APRENDI AQUI NA IGREJA ONDE CONGREGO ATUALMENTE. TENTANDO FAZER COM QUE AS PROFESSORAS COM QUEM EU TRABALHO NO MINISTÉRIO INFANTIL PERCEBAM A GRANDE OPORTUNIDADES QUE NÓS TEMOS DE ATRAVÉS DO ENSINAMENTO DA PALAVRA TRANSFORMAR VIDAS.

  46. Daladier Lima disse:

    Vai nesta tua força!