Por que Paulo quis ir à Espanha?
Nossas igrejas precisam pensar estrategicamente. Infelizmente, muitos projetos são personalistas, desarticulados e andam na contramão das verdadeiras necessidades do reino.
Ontem, li e reli o capítulo 15 de Romanos, no meu plano de leitura. A certa altura Paulo fala de uma provável viagem à Espanha. Ele faz esta referência em dois versículos:
Quando partir para Espanha irei ter convosco; pois espero que de passagem vos verei, e que para lá seja encaminhado por vós, depois de ter gozado um pouco da vossa companhia (v. 24).
Assim que, concluído isto, e havendo-lhes consignado este fruto, de lá, passando por vós, irei à Espanha (v. 28).
É intrigante que dentre tantos destinos possíveis Paulo queira ir para lá. E que ele faça tal declaração aos crentes em Roma é mais interessante ainda. Preste atenção no mapa abaixo como Roma e Espanha estavam perto, coisa de 1.000km.
E mais intrigante ainda é a explicação de William Barclay:
A Espanha era nada mais que o lar de inúmeros filósofos de sua época e nomes proeminentes tinham origem naquele país. Havia Marcial, o mestre dos epigramas. Lucano, o poeta épico. Columela e Pomponio Mela, grandes figuras da literatura romana. Quintiliano, o mestre da oratória romana. E, sobretudo, Sêneca, o maior dos filósofos estóicos romanos, tutor do imperador Nero e primeiro-ministro do Império Romano.
Donde concluímos que a intenção de Paulo era pregar no país que representava a nata inteligência de então. Mas a Espanha também era o limite da Europa, junto a Portugal e dominava o Estreito de Gilbratar. Certamente, uma decisão estratégica.
Oremos por mais estratégia para nossas igrejas!
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