Sou otimista incorrigível. Quem me conhece mais de perto sabe disso. Mas não acredito muito que os principais problemas do Brasil sejam resolvidos no curto, médio e longo prazo. A razão é muito simples. Nada de Cunha, Dilma, PT, PSDB, corrupção. É no povo brasileiro que está o problema.
Pouco ou nada de importante nos une. Somos corporativistas para o que pouco interessa. Nada de longo prazo e duradouro para todos chama nossa atenção. Se nosso time do coração perde uma partida, adoecemos. Eu não gosto de futebol, mas sei que é assim. Somente o supérfluo magnetiza nossa opinião. Finais de novela, vida dos famosos e coisas do gênero.
Dias atrás postei no meu Facebook a imagem abaixo, retomo a seguir:
Era um recado simples e claro. Pedi aos 4.700 Faceamigos para compartilhar. Supondo que metade viu a imagem, que metade da metade podia fazê-lo, apenas 3 em cada 100 deles compartilhou. Ou seja, menos de 40 pessoas! Um simples compartilhamento não move nossa vontade para algo importante como os buracos da BR 101, risco desnecessário para milhares de nós. Então… não tem jeito.
Outra para encerrar. Reclamamos da conta de energia, não é? Quando ela falta num domingo, digamos às 08:00h e retorna às 11:00h, nada apodrece na geladeira. Não dá tempo. O que fazemos? Saímos, lemos, conversamos, criamos outras atividades que não dependem de… energia. E almoçamos do mesmo jeito. Que tal desligar o disjuntor todo domingo? Meu bairro tem 40.000 habitantes, que tal em todas as residências fazermos isto sistematicamente? Ninguém vai morrer por causa disso, garanto. Não precisa quebrar nada, gastar nada. Pelo contrário. Nível de disposição para fazer? Zero! Então, nada muda!
Leia aqui a reportagem sobre o repasse, desde 2012, de R$ 125,6 milhões do Governo Federal para resolver o problema da BR 101:
A deputada estadual Priscila Krause (DEM) foi à tribuna durante sessão ordinária da Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (15), para questionar o governo do estado sobre como se dará o processo de recuperação do trecho da BR-101 que corta a Região Metropolitana do Recife. Segundo a democrata, desde dezembro de 2012 Pernambuco dispõe de R$ 125,6 milhões, repassados através de convênio com a União, que até o momento não foram utilizados. Como o trecho foi incluído no pacote de concessões anunciado pela presidente Dilma Rousseff na semana passada, Priscila pediu explicações do que será feito do dinheiro parado na conta corrente do Campo das Princesas.
O chamado Plano de Investimentos em Logística incluiu obras importantes para o estado, como os terminais do Porto de Suape, o Arco Metropolitano e de trechos da BR-101 e da BR-232. De acordo com a deputada, o montante já existente para a BR-101 foi liberado pelo Ministério dos Transportes especificamente no dia 31 de dezembro de 2012 e representa 69% do valor referente à participação da administração federal no convênio (de nº 673434) em prol da reestruturação de 30,7 quilômetros da rodovia, trecho entre Jaboatão (Cajueiro Seco) e Abreu e Lima. Da parte do governo estadual, dos R$ 41 milhões da contrapartida nenhum real foi liberado.
A própria Priscila afirmou que entrou em contato com a Secretaria das Cidades em março. Os representantes da pasta argumentaram que tentaram um entendimento com a empresa vencedora da licitação para realizar a obra (Mendes Júnior), mas ela anunciou que teria desistido do contrato em virtude dos escândalos da Operação Lava-Jato, em que fora citada. Assim, a secretaria tentou viabilizar o serviço com a segunda colocada, mas ela também não aceitou o serviço. Isso ensejou uma nova licitação, que aconteceria nos 60 dias seguintes, finalizados em maio de 2015. Até o momento o processo não andou.
Com o destrato confirmado, Priscila questionou o que será feito dessa verba. “Com essa situação tenho alguns questionamentos. Primeiro, a concessão da BR-101 significa que o governo do estado não mais realizará essa obra? Este projeto que já tem mais de R$ 125 milhões depositados na conta do governo do estado será arquivado? Outra pergunta. Realizaremos a obra pública para logo em seguida entregarmos à iniciativa privada? Por que o governo tão necessitado de recursos de convênio, deixa um montante desse lá durante dois anos e meio, sem executar uma obra que resolveria um dos problemas estruturais da mobilidade? Não fazendo a obra, o que acontecerá com o dinheiro? Será devolvido?”, ponderou a deputada.