Prezados 400 leitores, vocês sabem como alguns assuntos voltam ao blog. O ministério feminino é um deles. Vários argumentos contrários ao pastorado feminino já foram combatidos aqui. Sempre com lógica, hermenêutica e, algum sarcasmo. Não há como levar uma discussão dessa sem ironia.
Basta dizer que os contrários estariam prontos a enviar missionárias que, em campo: Evangelizam, pregam ao microfone, discipulam, constroem, administram finanças, ministram Ceias, ungem enfermos, consagram obreiros, enviam outros a outros lugares, etc. Que mais lhes falta? O crachá? Ou bem uma coisa ou outra. Por outro lado, seriam incapazes de retirar todas as mulheres das posições de liderança que ocupam em suas igrejas.
Outra coisa que sempre frisamos é que, a priori, não apoio a discussão da proposta, há demandas do século XIX, que os modernos líderes assembleianos (aqueles com poder de decisão) não resolvem, acrescentar essa, ainda que não tão nova como veremos, só vai entornar o caldo.
O historiador catarinense Mário Sérgio compartilha conosco a seguinte mensagem, do Pr. João Joaquim de Oliveira no Mensageiro da Paz – 1ª quinzena de março de 1966, sobre o assunto. Leia e tire suas conclusões. Incrivelmente é uma exposição semelhante à Assembleia de Deus americana, da qual já falamos aqui anos atrás.
Só lembrando que foi justamente o Pr. João Joaquim Oliveira que endossou a implantação do Instituto Bíblico das Assembleias de Deus (IBAD), em 1958, durante seu pastorado em Pindamonhangaba. Durante anos ele conviveu com o casal fundador da instituição: João Kolenda Lemos e Ruth Doris Lemos.
Ruth era evangelista consagrada na AD americana e abriu mão do crachá, para não chocar os sensíveis líderes assembleianos brasileiros. Estes, aliás, lhes fecharam todas as portas na cosmopolita São Paulo dos anos 50/60, para a abertura do seminário, obrigando que abrissem o trabalho a cerca de 150km da capital do Estado.
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Conheça a posição da Assembleia de Deus americana (em inglês) aqui
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