Pastorado feminino: a polêmica em 1966!
O leitor do blog pensa que o debate sobre o pastorado feminino é algo recente no seio das Assembleias de Deus? Veja como o assunto já rendia em 1966!
Prezados 400 leitores, vocês sabem como alguns assuntos voltam ao blog. O ministério feminino é um deles. Vários argumentos contrários ao pastorado feminino já foram combatidos aqui. Sempre com lógica, hermenêutica e, algum sarcasmo. Não há como levar uma discussão dessa sem ironia.
Basta dizer que os contrários estariam prontos a enviar missionárias que, em campo: Evangelizam, pregam ao microfone, discipulam, constroem, administram finanças, ministram Ceias, ungem enfermos, consagram obreiros, enviam outros a outros lugares, etc. Que mais lhes falta? O crachá? Ou bem uma coisa ou outra. Por outro lado, seriam incapazes de retirar todas as mulheres das posições de liderança que ocupam em suas igrejas.
Outra coisa que sempre frisamos é que, a priori, não apoio a discussão da proposta, há demandas do século XIX, que os modernos líderes assembleianos (aqueles com poder de decisão) não resolvem, acrescentar essa, ainda que não tão nova como veremos, só vai entornar o caldo.
O historiador catarinense Mário Sérgio compartilha conosco a seguinte mensagem, do Pr. João Joaquim de Oliveira no Mensageiro da Paz – 1ª quinzena de março de 1966, sobre o assunto. Leia e tire suas conclusões. Incrivelmente é uma exposição semelhante à Assembleia de Deus americana, da qual já falamos aqui anos atrás.
Só lembrando que foi justamente o Pr. João Joaquim Oliveira que endossou a implantação do Instituto Bíblico das Assembleias de Deus (IBAD), em 1958, durante seu pastorado em Pindamonhangaba. Durante anos ele conviveu com o casal fundador da instituição: João Kolenda Lemos e Ruth Doris Lemos.
Ruth era evangelista consagrada na AD americana e abriu mão do crachá, para não chocar os sensíveis líderes assembleianos brasileiros. Estes, aliás, lhes fecharam todas as portas na cosmopolita São Paulo dos anos 50/60, para a abertura do seminário, obrigando que abrissem o trabalho a cerca de 150km da capital do Estado.
Leia também: Pastoras, as ironias do texto bíblico!
Conheça a posição da Assembleia de Deus americana (em inglês) aqui
Leia mais sobre Ruth Doris aqui
É de dar dó, a pobreza de conhecimento bíblico, no artigo do pobre pastor João Joaquim. O mesmo querendo colocar no mesmo patamar os dons espirituais e os dons ministeriais. Quando o primeiro seria derramado em toda carne,conforme profetizou o Profeta Joel. E o segundo seria dado somente aos homens! O próprio Jesus deu exemplo na escolha dos doze,todos eram machos! Os apóstolos também fizeram o mesmo na vacância de judas, e olhe que eles poderiam muito bem escolher Maria.Afinal não seria qualquer uma,seria a mãe do Mestre e dono da igreja! Na escolha dos sete para o diaconato,não havia uma única mulher! Como eram machistas, os homens de Deus no passado! Agora em pleno seculo XXI,tem aparecido uns abestados,dando uma querer ser melhor do que Deus,escolhendo mulheres para colocar em uma função para a qual elas nunca foram chamadas! Tenho pena, dessas coitadas!