Ontem, tivemos a abertura das festividades do DEJEADALPE. É um órgão que congrega todos os adolescentes de nossa Convenção. Ali eles cantam, testemunham e se desenvolvem. Estavam empolgados, pouquíssimos faltaram, cantaram novos hinos, etc. A comemoração se estenderá pela semana. Conheço quase todos pelo nome e também conheço quase todos os pais, mesmo daqueles que não são evangélicos. No que diz respeito aos pais evangélicos vários não vieram à Igreja. Parecem não se importar…
Longe de ser uma crítica localizada, tomo a oportunidade para expor um problema que assola as igrejas: pais e mães aos quais não interessa a salvação dos filhos, se vão bem na Igreja, se estão caminhando para o Céu. Não é um problema novo, mas tem se agravado nos últimos dias. É um eco da ausência moderna. A muitos pais evangélicos hoje não recorre a responsabilidade espiritual pela vida de seus filhos. Para eles basta dar comida e roupa ou um celular.
Somos quatro irmãos que foram assistidos por uma mãe competente e ciosa. A hora do culto era sagrada. A presença marcante. Até quando adulto fui tomar conta do primeiro trabalho com jovens ao qual dediquei alguns anos, minha mãe era uma das componentes mais assíduas. Não, eu não sou um menino paparicado e mimado. Mas minha mãe compreendia que eu necessitava de sua oração e apoio. E mesmo não sendo jovem fazia questão de chegar bem cedo ao culto que eu dirigia, semanalmente.
Tento seguir o mesmo caminho. Exatamente há um ano fui à Natal, distante da minha casa 400km. No retorno fui direito para a Igreja, era uma apresentação do grupo no qual minhas filhas cantam. Cheguei cansado e atrasado, mas fiz questão de estar presente.
Alguns pais querem filhos bem-sucedidos profissionalmente. Se esforçam pela melhor escola, pela melhor faculdade. Isso é importante. Mas, como pais crentes, devemos nos preocupar em ter filhos salvos. Não apenas crentes nominais. Em dar exemplo para eles na Igreja. Lembro de várias lições da minha mãe, entre as quais chegar cedo, só sair depois do final e não atrapalhar o culto me movimentando pra lá e pra cá. Participar e se envolver em algum órgão afeito à minha idade era de suma importância.
Converso com pastores, até mesmo de outras denominações, e a preocupação é recorrente. Enquanto os filhos veem à Igreja, os pais estão em casa, fazendo sabe-se lá o que! Não se interessam pelo que os filhos fazem na Igreja, até mesmo se estão realmente frequentando os cultos. Quando algo dá errado ainda pontuam: Criei meus filhos na Igreja. Como? De que forma? Com que exemplo? Presente? Participando?
Mais do que ver nossos filhos indo bem na vida, devemos nospreocupar se estão indo bem na Igreja.