No próximo domingo estudaremos sobre a paciência. Não exatamente a paciência como a entendemos. Concebemos como imagem perfeita da paciência uma tartaruga. Mas será que ela não anda mais rápido por que não pode ou por que não quer? Será que o problema é físico e não comportamental. A ciência vai explicar que sim.
Tendemos a enxergar a paciência na meditação, na pessoa que para e olha para o horizonte por longas horas. Isso tem outro nome: treinamento. Inclusive, já li que monges recebem palitos de dente e são colocados para, pacientemente, caçar moscas.
A paciência bíblica tem a ver com outras conotações. Primeiro, a paciência é fé. A segurança de confiar no Deus que provê todas as coisas. É justo o oposto da ansiedade. Na ansiedade queremos ensinar Deus a agir, na paciência confiamos em seu agir. É totalmente diferente.
Em segundo lugar, a paciência é makrothumia, no grego, longanimidade. É o contrário de pressa, agonia, pressão. Tudo a ver com ponderação. O longânimo tende a tomar as decisões na hora certa, empregando menos energia que a maioria para o mesmo objetivo. Ou seja, o paciente evita o desgaste.
Em terceiro lugar, a paciência bíblica tem a ver com esperança. Deus fará. Não sabemos quando. Exemplos da Bíblia esperaram 10, 20, 30, 40 anos para ver as promessas se cumprir. Da mesma forma ocorre hoje em dia. Deus tem um tempo certo para agir!
Por fim, um aspecto interessante do tema diz respeito ao temperamento. Algumas pessoas tendem a ser mais calmas e outras não. Infelizmente, algum tempo atrás isso era tomado como característica de um cristão verdadeiro e até de um bom líder. Em virtude do temperamento calmo e introvertido de alguns líderes pioneiros, eles eram tomados como homens de Deus. Grande engano. Deus vai nos usar com o temperamento que temos. É o que aconteceu a Pedro.
Se você achar interessante e quiser debater esse assunto, leve o quadro abaixo para seus alunos.
Temperamentos e suas característicasOu faça o download aqui.
A seguir uma história conhecida sobre temperamentos. Não pude encontrar a autoria. Se alguém souber, por favor nos contacte.
Num caminho, quatro pessoas chegam sucessivamente a um obstáculo, uma grande pedra caiu e obstruiu a passagem.
O sanguíneo vem cantando; ao ver a pedra, brinca sobre ela e alegremente continua a viagem. Pouco depois, vem o fleumático; chega ao local, para um largo tempo; finalmente, encontra um desvio que lhe permite dar volta ao obstáculo e, vagarosamente, continua seu caminho.
A seguir, chega o terceiro, o melancólico: “Claro, estas coisas só acontecem a mim!”. Permanece muito tempo sentado sobre a pedra, refletindo até o ponto de esquadrinhar como o infortúnio chegou ao mundo e por que esse infortúnio sempre há de lançar obstáculos precisamente nos caminhos que ele utiliza. Levanta-se e volta para casa.
Finalmente, aproxima-se o colérico, com passo decidido; vê a pedra, detém-se por um segundo e logo a empurra com disposição, até que consegue tirá-la do caminho. Continua sua marcha, não deixando de voltar-se algumas vezes para contemplar com satisfação seu êxito.