Sem categoria Daladier Santos
Outra grande lição do episódio Feliciano (Atualizado às 12:13!)
Os fatos devem fazer-nos refletir. Este blog é um espaço reflexivo. Lendo sobre a polêmica Feliciano, relembrei um post antigo que escrevi sobre os cuidados com as gravações e escritos que produzimos. Agora que as igrejas estão na mídia e qualquer um pode gravar a partir dos templos, devemos ter cuidado, por exemplo, com nossa postura ao púlpito. Obreiros sentando de maneira errada, gesticulando com duplo sentido, fazendo poses, caras e bocas, podem ser levados ao Youtube em questão de minutos. Antes mesmo do culto terminar, com uma corriqueira conexão 3G, a partir de um celular ou smartphone.
Não estou falando dos vídeos editados pelas igrejas. Que sempre cortam esta ou aquela parte indesejável. Falo dos aparelhos às pencas nas mãos de membros e pessoas presentes. Que podem trazer complicações a partir de uma colocação mal compreendida. No caso do Feliciano, foi uma burra de Balaão, o Reinaldo Azevedo, a relembrar que ele aplicou a interpretação da maldição de Cam ao continente africano, não especificamente aos negros. Mas muita água já rolou debaixo da ponte…
Dia desses, em evento gravado em vídeo, assisti um grande pensador assembleiano pregando sobre o paralítico do tanque de Betesda. Ele dizia na ocasião, pasmem, que aquele homem estava ali pela ingerência dos entes governamentais. A incompetência dos diversos governantes que reinavam sobre aquele espaço haviam-no lançado naquela desgraça, da qual Jesus o resgatara. O mais curioso é que meu sócio, não evangélico e crítico da igreja, passando no local da cruzada, havia parado para dar uma olhada, exatamente neste momento. Eu nem imaginava que ele havia estado por lá. Dias depois, comentou criticamente sobre o episódio. Fui obrigado a concordar com ele. Quantos paralíticos Jesus fez andar? Quantos cegos enxergaram? A depender do Estado teriam morrido na mesma condição!
Não estou dando ideia, mas se alguém fosse escarafunchar nos vídeos publicados de eventos evangélicos País afora, seríamos proficuamente ridicularizados. Se o alvo for a palavra escrita, em blogs, sites, teses, artigos e estudos disponíveis na web, então fecharíamos para balanço!
É por demais necessário que tenhamos cuidado com quem convidamos para pregar e cantar em nossos púlpitos. Uma declaração desastrada pode destruir anos de um ministério abençoado, se gravada e divulgada.
É isso. Muitas de nossas igrejas viraram Big Brothers e muitos líderes não percebem que estamos mais expostos do que deveríamos. O ideal seria um código de ética, mas não somos afeitos ao tema. Deixa pra lá…
Caro Daladier:
Você tocou num ponto que muitos ainda não perceberam. Nossas fragilidades estão expostas para o mundo em questão de segundos!
Por isso que em nossa igreja conseguimos quebrar esse tabu: ninguém senta no púlpito. Só sobem lá os que vão ter efetiva participação.
Já vi as coisas mais absurdas em cima do “altar”, que não me sinto à vontade para comentar.
Eis aí um alerta que deveria se estender para muito mais do que os seus “dez leitores”, rsrsrs.
Abraços!
Prezado Pr. Geremias, de fato o problema abordado no post deveria ser analisado com muita preocupação por todos aqueles que encaram seriamente a Igreja. Pincei do seu comentário providência , bem vinda, sobre o púlpito, mas recordo que se convidasse alguém destrambelhado, sozinho ou acompanhado, faria o mesmo estrago. Claro, claro, que não estou pressupondo que convidasse alguém desconhecido. Mas pode acontecer se não vigiarmos adequadamente.
Abraços!