Por Clint Archer
O mundo está confuso e inquieto. Muitos esperam que a situação melhore. Como deveríamos reagir diante de tantas catástrofes e tanta violência?
O primeiro de setembro de 1939 foi um dia de outono na Europa. Também foi o primeiro dia da Segunda Guerra Mundial. Adolf Hitler invadiu a Polônia. Uma série de acordos de defesa catapultaram os Aliados – Grã-Bretanha, França, Nova Zelândia, Austrália, África do Sul, Canadá, Egito e, mais tarde, os Estados Unidos – a um implacável confronto com os países do Eixo (Alemanha, Áustria, Itália e, depois, o Japão).
Um sinal visível de que o Reino Unido estava em guerra eram as enormes pilhas de milhares de sacos de areia protegendo os edifícios mais importantes do governo. Essas barricadas deveriam barrar o fogo de artilharia do inimigo e proteger as paredes e fundamentos quando as bombas explodissem. Exércitos foram mobilizados, teatros foram fechados, a vida noturna foi suspensa por tempo indeterminado e a população da Europa esperava excitada pelo próximo passo de Hitler.
Você sabe o que aconteceu em seguida? Nada! Durante todo o mês de setembro não houve nem sinal de Hitler. Os Aliados não tiveram nada a defender. Será que Chamberlain, o primeiro-ministro inglês, tinha razão: Hitler estava sossegado, descansando apaziguado, como um dragão faminto saciado, digerindo uma presa grande demais?
E em outubro? Nada! E novembro, dezembro, janeiro, fevereiro, março e abril também passaram sem qualquer incidente (mesmo que os noruegueses não concordem quando digo “sem incidentes”). Comparando com o que se esperava depois da experiência horrorosa da Primeira Guerra Mundial, nada de novo estava acontecendo no Ocidente.
Na França, o ministro da Defesa recebeu plenos poderes e autoridade quase ditatorial por causa da guerra, para recrutar forças de trabalho para fins militares, mas ele abriu mão da prerrogativa. Fábricas que deveriam produzir munição continuavam fornecendo bens de consumo em grandes quantidades. Nem a gasolina nem a comida foram racionadas. As pistas de esqui foram reabertas aos turistas, os destinos de férias na Côte D’Azur e os clubes noturnos de Paris voltaram rapidamente a funcionar a todo vapor. Os soldados franceses ganharam licença para irem para casa até nova convocação. Durante grande parte do ano de 1940 era possível ver soldados no Hyde Park de Londres estirados em cadeiras de praia, tirando uma soneca e alimentando os patos. ORei Lear continuava em cartaz. O jornal The Times nada tinha a relatar sobre a guerra e voltou sua atenção ao retorno dos cucos e das andorinhas migratórias às Ilhas Britânicas.
O político britânico Alfred Duff Cooper fez uma tola declaração diante do público americano, dizendo que a Grã-Bretanha e a França teriam encontrado “um novo caminho” para fazer guerra “sem perder vidas humanas”. Naquela época, um profeta da desgraça pouco apreciado pelo público era um certo Winston Churchill, que alertava enfaticamente os aliados a não se sentirem embalados por uma falsa sensação de segurança diante de Hitler e de suas idéias expansionistas.
E então, num belo dia de maio de 1940, depois de nove meses quase sem fatos relevantes, aconteceu uma coisa muito estranha em Londres: os sacos que protegiam os prédios importantes começaram a se romper.
Veja bem: ao invés de encher os sacos com areia grossa, como ditavam as normas, eles haviam sido recheados com terra comum, bem mais barata. Nessa terra havia muitas sementes minúsculas que germinaram e, de repente, fizeram surgir muitos brotinhos verdes na superfície dos sacos das barricadas. Os brotos tinham rompido os sacos. O que significava isso para a guerra? Os brotinhos verdes sinalizavam que o verão estava se aproximando. Hitler, que conhecia a História, tinha aprendido a lição com o erro fatal de Napoleão: quando os meios são limitados, nunca comece a luta no inverno. Se Napoleão tivesse esperado até o verão, talvez hoje os russos falassem francês.
Os brotos verdes nos sacos de areia de Londres eram mensageiros anunciando que a guerra poderia começar a qualquer momento.
Realmente, o próximo comunicado da França à Downing Street 10 em Londres foi um telefonema em pânico do primeiro-ministro francês explicando que a França caíra nas mãos dos alemães. E o resto, como se sabe, é História.
A lição que fica é: quando os sacos de areia começam a brotar, fujam para os montes!
Você pode não acreditar, mas é justamente isso que Jesus disse em Lucas 21.29-31:“Ainda lhes propôs uma parábola, dizendo: Vede a figueira e todas as árvores. Quando começam a brotar, vendo-o, sabeis, por vós mesmos, que o verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecerem estas coisas, sabei que está próximo o reino de Deus”.
O ponto central a que Jesus apontava com tanta ênfase era o seguinte: se somos espertos o suficiente para reconhecer que árvores brotando anunciam a chegada do verão, também deveríamos ser vigilantes em relação aos sinais que anunciam Sua chegada próxima.
Que sinais seriam esses? Lucas 21.25-26 diz: “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados”. (A título de curiosidade, consulte o Google e veja o que um cometa passando perto da terra poderia significar para seu eixo. Que conseqüências globais haveria?).
Outros sinais que a Sagrada Escritura prevê são guerras e rumores de guerras, terremotos, doenças e epidemias se alastrando, além de fome e carestia (colapsos financeiros). Pelo visto, esses sinais são um pouquinho mais inquietantes do que os sinais que anunciam a chegada do verão. Por isso, muitos não vêem os sinais dos tempos como uma coisa boa ou como algo positivo, nem como as boas novas que, de fato, são. Por isso tentam impedir que os sinais se cumpram. Se pudermos acreditar no que diz o Discovery Channel, parece que os especialistas estão sempre se reunindo para tratar do buraco na camada de ozônio, do aquecimento global, do efeito El Niño, da próxima era glacial e da probabilidade de colisões com meteoros que destruiriam a terra, além das erupções solares, ataques de vírus ou panes nucleares.
Você sabe qual a reação bíblica a esses prognósticos de fim de mundo? Alegria!
Lucas 21.28 diz: “Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça, porque a vossa redenção se aproxima”.
Cada geração pensa que está vivendo nos tempos finais. Creio que isso é saudável. Deus permite que os mensageiros proféticos nos arranquem de nosso comodismo. Fiquemos atentos, vivendo como quem realmente acredita que Jesus está para voltar.
Se vivêssemos em um mundo utópico, um mundo perfeito, que dominou a criminalidade, que acabou com os terremotos, descobriu a cura de todas as doenças, conquistou os oceanos, colocou uma redoma protetora ao redor do planeta e conseguiu a plena paz entre os povos… aí, sim, entenderíamos quando as pessoas duvidam das palavras de Jesus. Mas, queridos amigos, quando nosso mundo apresenta sinais de que seu prazo de validade está vencendo, nós, cristãos, deveríamos nos sentir encorajados. Os sinais dos tempos que já temos visto se cumprindo provam que as previsões bíblicas são confiáveis.
Os tempos não são de letargia ou negligência. Não é hora de se recostar na cadeira de praia e alimentar os patos. É tempo de ficar de prontidão.
Amém! Vem, Senhor Jesus! (Clint Archer – Chamada.com.br)