Ouço falar de amantes da Bíblia, vamos conferir. Estamos numa tarde de sábado, são quase passados sete dias desde o último domingo, em que a maioria das pessoas foi à Igreja, diga-me, biblicista: Que dia lestes a Palavra de Deus? Não, não falo de abri-la, olha-la naquela estante ou cabeceira, quero saber se o nobre amigo, a nobre leitora, passeou por suas páginas maravilhosas, olhando detidamente este ou aquele versículo, meditando em suas conotações…
Em tempos cibernéticos temos bíblias on-line, em tablets, smartphones e assemelhados. Bem ao alcance dos dedos. Você a leu? Leitores vorazes como eu conseguem ler um Colossenses em duas horas, mas vá lá que não sejas destes tão rápidos, te pergunto: Quantos versículos leste esta semana? Ah! Os dias são corridos, mas não deu tempo ler outras coisas e até com grande avidez? Sinto informar: foi desleixo para a maioria esmagadora dos casos apresentados.
É daí, da ausência de meditação periódica no texto sagrado, que advém muitas de nossas guerras e tragédias. Amanhã é EBD, mas ninguém é de ferro para acordar cedo (pensam assim muitos de nós). Enquanto isso grupos tidos como desviados da sã doutrina, estão bem cedo a postos para ler seus escritos.
Relembro aqui uma história já contada em outro post. Era uma tarde de quinta e cheguei ao gabinete de um amigo pastor. Ele me mostrou orgulhoso sua coleção de Bíblias. Os títulos eram os mais pomposos e se sucediam. Em dado instante sapequei:
- Meu pastor, me permita perguntar: Destas Bíblias todas que o senhor possui, quantas leu esta semana?
Ele retrucou, sincero:
- Nenhuma.
Era melhor que ele tivesse apenas um Novo Testamento, desses dos Gideões Missionários, desde que o lesse e nele meditasse…
Não, não amamos a Bíblia tanto assim… Ou pelo menos a maioria de nós. Dia da Bíblia está chegando, será no segundo domingo de dezembro. Aí você vem e desfila perfilado, pouco tendo aberto o livro por excelência. Lamentável.