Prezados 200 leitores, já falamos várias vezes sobre a necessidade da inserção das igrejas no ambiente das redes sociais. Tal necessidade, aliás, não é para hoje, nem amanhã, muitos vagões já passaram diante de nós, de tal maneira que estamos atrasadíssimos. Falo, especialmente, pela Assembleia de Deus brasileira, que apesar do seu gigantismo numérico, tem pouca representação institucional nas grandes redes. O mesmo se aplica à presença midiática qualitativa em geral. Também há riscos. Viver é se arriscar.
Esta semana o portal Globo repercutiu a notícia abaixo (continuo em seguida):
É a republicação de um outro portal pessoal, opinando contra o casamento gay. Os termos são pesados e criaram uma celeuma desnecessária. Pode morrer e não dar em nada. Ou complicar pro lado da Igreja. Por enquanto, a Igreja foi acusada de homofobia e diversos grupos estão se mobilizando para processá-la.
Aí me veio o estalo e relembrei alertas que já fiz aqui no blog e em conversas pessoais, reuniões de projetos, etc. O ponto central deste post é chamar a atenção para uma comunicação de qualidade. Ao mesmo tempo em que precisamos ocupar a lacuna de que falei um pouco acima, precisamos pensar em como fazer isso.
O que dizer, por exemplo, de perfis pessoais no Facebook e outras redes, criados em nome de orgãos das igrejas? E, às vezes, criados em nome dela mesma!? Uma coisa é a igreja, denominação ou orgão, criar seu perfil para divulgar eventos, versículos, mensagens evangelísticas e outras semelhantes. Isso tem que ser feito por uma pessoa equilibrada, que saiba contemporizar sem perder o equilíbrio e que consiga debater sem perder a linha. Daí o orgão, de forma institucional, se posiciona e responde eventuais questionamentos, interagindo positivamente com os leitores.
Outra totalmente diferente, é um particular qualquer, uma pessoa interessada, curiosa na tecnologia, criar um perfil em nome do orgão e começar a publicar não apenas eventos, mas opiniões pessoais. Isso traz um risco tremendo. Fatalmente, uma opinião crítica se espalha e vai comprometer a Igreja, obrigando-a a se posicionar onde nem pensava estar sendo provocada.
Por pura sorte acontecimentos como os noticiados acima (e não estou dizendo que a página em apreço é pessoal, não verifiquei isso) não tem repercutido, mas isso pode acontecer. Estou torcendo pelo pior? De forma alguma, mas a indiferença de quem deveria zelar por esse aspecto costuma custar caro.
Nem é preciso a Igreja criar um cargo e instalar nele um porta voz ou jornalista, basta ter o bom senso de nomear uma pessoa equilibrada para representá-la institucionalmente. Não custa muito pensar da seguinte forma: “Esta pessoa estará falando para o mundo sobre nós!. Se a mensagem repassada for adequada tudo fluirá bem e seremos bem representados, do contrário, o pior pode acontecer”.
Recentemente, me enviaram um link do Facebook de determinado orgão de uma igreja. Remetia a uma página de acompanhantes. A pessoa que geria a página dera poderes a alguém infantil e desavisado que compartilhou inadvertidamente o link. Dei uma analisada mais aprofundada e aí tem de tudo no perfil, desde músicas do Charlie Bronw Jr até recado de amor e fotos de baladas. Como conhecia o pastor daquela igreja liguei para ele. Ele não tem perfil Facebook e sequer sabia o que estava acontecendo ou, pior, quem era o responsável pela publicação. Complicado…
Aqui vai uma dica: mediar todas as marcações. Muitas pessoas divulgam qualquer mensagem que acham importante e marcam seu perfil. Se o dono do perfil não mediar, aparece todo tipo de coisa na Linha do Tempo. E ter cuidado com postagens pessoais e comentários fora do escopo do perfil.
A conferir os próximos lances!
Confira a notícia no portal da Globo