O nome Assembleia de Deus mais uma vez no noticiário negativo!
Prezados, 30 leitores, a semana termina com a notícia da liberação por decreto do divórcio na CONAMAD, Convenção das Assembleias de Deus de Madureira. Replico aqui as imagens a partir do blog do Gutierres, mas elas estão por toda parte (retomo logo a seguir):
Uma questão colateral, porém, se impõe: As Assembleias de Deus liberaram o divórcio? Certamente, não, pois a CGADB, que a outra Convenção cerra fileiras contra o problema. Mas há casos em que a prática tem sido permitida entre nós. O dramático é saber que as pessoas de fora das igrejas não conseguem fazer tal distinção e jogam tudo num balaio de gatos só.
Este blog já debateu o assunto várias vezes, a CGADB detém a marca, mas não inibe seu uso deliberado. Qualquer um põe o dístico e está feita a desordem.
Outro aspecto da questão é que há um peso quando o infiel é o homem e outro quando é a mulher. É com vocês!
Por último, cada caso é um caso. O correto é que uma comissão colha as informações em separado dos cônjuges, consolide as versões e tome uma decisão.
Isso ainda vai render muito!
Já não bastasse as várias situações negativas já conhecidas por muitos, a Madureira resolve enfiar os dois pés na lama do relativismo e preparar terreno para outras coisas mais dentro deste flácido e movediço terreno.
Aguardemos os demais capítulos desta novela!!!
#lamentável
Como sempre, meu amigo pastor Daladier, trazendo temas delicados e evitados por muitos, parabéns. Não quero jamais levar o título de herege, apesar de reconhecer que a história da igreja tem provado que nem sempre os hereges eram hereges, mas trago comigo algumas questões, agradeço se poder acrescentar algo:
1. O divórcio, claro, não faz parte da vontade de Deus para o casal, porém, não podemos desprezar as muitas variáveis.
2. Nossa teologia, digo em relação a AD, ensina que existe uma razão, apenas uma, que justifica o divórcio, o adultério. Mas, é claro, na prática, outras razões graves tem sido usadas como argumento para permissão do divórcio, exerções do tipo quando há relações marcadas pela violência física, ao ponto de um dos cônjuges correr risco de vida, ou quando há abandono do lar.
3. Falando de forma mais rígida, a igreja não concede o divórcio a ninguém, casamento e divórcio são prerrogativas do estado, porém, por outro lado, a igreja, sob a orientação do Espírito Santo e da Palavra, interpreta a validade da união, ou desunião, diante de Deus.
4. Em relação aos ministros, isso vale da mesma forma, “ou não”, digo em relação a doutrina bíblica, mas, partindo do pressuposto de que os ministros devem ser exemplos para a igreja, ou dizendo melhor, exemplo de Cristãos, [até onde esse pressuposto deve ser usado é um caso para debate], os tribunais das convenções, normalmente, tem uma tratativa mais rígida com relação à eles.
5. Todavia, claro, uma coisa é o divórcio, outra coisa, bem diferente, é o segundo casamento. Em resumo, cremos que Deus odeia o divórcio e o seu plano em relação ao casamento é que um homem se una a uma mulher e os dois vivam em amor [até que a morte os separe], mas, entre o ideal e o real existe uma triste distancia que devemos considerar. Minha humilde opinião é que não devemos ir “nem tanto ao céu, nem tanto a terra”. Cada caso é um caso a ser pensado e julgado pela autoridade eclesiástica competente a luz da Bíblia e da realidade do caso.
6. Para resumir em poucas palavras, se por um lado o divórcio não deve ser incentivado nem banalizado, a insolubilidade do casamente e a proibição imperativa do segundo casamento não devem ser a regra.
7. Se eu disser, em relação ao divórcio e o segundo casamento, que sou [a favor], estarei usando uma terminologia inadequada demais, porém, creio que, tanto para o cristão “leigo” como para o ministro, é admissível, levando em consideração as muitas variáveis, tanto uma coisa quanto a outra.
Ajudei em alguma coisa?
Quem vai gostar de tecer comentarios a respeito dessa temática é o Rev.Caio Fábio.
A história possui suas ironias. Vale lembrar que no concorrido debate de 1981, Paulo Leivas Macalão em sua derradeira Convenção Geral foi enfaticamente contra o divórcio. Leu inclusive o texto de I Coríntios 7. 10-11 para deixar de forma muito clara seu ponto de vista:
“Aos casados dou este mandamento, não eu, mas o Senhor: Que a esposa não se separe do seu marido. Mas, se o fizer, que permaneça sem se casar ou, então, reconcilie-se com o seu marido. E o marido não se divorcie da sua mulher”.
Paulo Macalão deve estar se revirando no túmulo…
Prezado Leandro, creio que cada caso é um caso. O problema da resolução da CONAMAD é que vai estimular a prática.