Não olhe pra cima é o maior negacionismo que existe?
O filme Não olhe pra cima traz a tona o negacionismo. Mas será que negar a eficácia das vacinas é o maior problema da humanidade? Vem comigo!
A trama de Não olhe pra cima, Don’t Lookup no título original em inglês, é atualíssima. Estamos atravessando a pandemia. Uns desconfiam das vacinas, outros das bigtechs, outros das bigpharmas, outros dos Governos. Enfim, há um clima de desconfiança generalizado. Disseram que teríamos de tomar uma dose, Israel já caminha para a quarta[1]! Que seriam só dois ou três meses, mas já entramos no segundo ano! Que poucos morreriam, mas já passamos dos 4,6 milhões de óbitos. Instaurou-se o novo normal.
Na trama de Adam McKay/Netflix um cometa é descoberto no instante em que se dirige rapidamente para a Terra. Em meio a uma campanha presidencial americana tudo o que menos a presidente quer é alarmismo. Assim, ela decide ignorar os fatos apresentados por dois renomados cientistas (Leonardo DiCaprio e Jennifer Lawrence) e segue com a eleição, enquanto manipula a opinião pública e a mídia. Paro o spoiler por aqui!
Bem sabemos como a sociedade mundial (nem passe pela sua cabeça que o problema é só brasileiro) está dividida quanto aos comos e porquês da pandemia. Tomemos a China. Uns acham que por deliberação de algum teste clínico-científico os cientistas chineses puseram o vírus em circulação. Outros que o contágio ocorreu a partir do consumo in natura de animais selvagens, prática comum em muitos lugares daquele país. Há ainda os que culpam o país por não ter isolado o primeiro foco de contaminação.
Há ainda a questão econômica. É lógico que fechando indústrias e comércio e promovendo lockdowns teríamos uma recessão brutal. Ela atingiu em cheio os pequenos postos de trabalho e muitos fecharam suas portas. Experts e aproveitadores foram negacionistas a respeito do resultado do fechamento e hoje colhemos os resultados.
A certa altura do roteiro as pessoas se voltam para Deus, quando tudo parece irreversível e só resta celebrar os últimos momentos antes da destruição do planeta. É também uma crítica à religião, enquanto âncora do desespero. O roteiro quer nos fazer acreditar que só buscamos a Deus quando tudo está perdido.
Ao contrário do que a maioria imagina, portanto, a trama é uma crítica generalizada a todas as desconfianças de que falamos há pouco, embora dirigida aos negacionistas das vacinas e da pandemia. Aqueles que duvidaram (e ainda duvidam) do seu poder e força de contágio. Sobrou até mesmo para os cientistas, pois uma parte deles tenta desacreditar a descoberta.
Mas, será esse o maior negacionismo que existe?
Infelizmente, este negacionismo a respeito do COVID-19 é complexo e um filme de 2:25h não dá conta de todas as facetas. Mas o maior negacionismo é não perceber como esse mundo caminha para o fim. A iniquidade se multiplicou na ganância de governadores brasileiros que desviaram recursos, como fartamente denunciado. Nesta ganância se incluem as grandes farmacêuticas que lucraram como nunca. A própria doença encontra eco na peste de que Jesus disse que viria como um dos sinais de sua vinda (Mt 24:7).
Fome assola o mundo em decorrência dos lockdowns, da concentração de renda e outros fatores. Mesmo em meio à pandemia, temos a Rússia ameaçando invadir a Ucrânia e a China ameaçando Taiwan! Cumprimento da profecia de Jesus sobre guerras e rumores de guerra (Mt 24:6). Inúmeros outros sinais se consolidam à nossa frente, enquanto os negacionistas da verdade contida na Palavra de Deus os ignoram completamente e continuam na sua saga para pecar cada vez mais. Vide o assanhamento para a realização do Carnaval, cujas prévias já arrastam multidões Brasil afora.
Jesus não nos mandou baixar a cabeça, nem ignorarmos os sinais. Em Lucas 21:28 ele disse: “levantai as vossas cabeças!”. Quem diz: “Não olhe para cima!” são aqueles que estão em inimizade com Deus. Nós estamos esperando é o toque da trombeta (1 Co 15:52). Negar a eficácia das vacinas não é o maior problema da humanidade!
[1] https://exame.com/mundo/israel-comeca-ensaio-clinico-inedito-com-quarta-dose-da-vacina-pfizer/
Seja o primeiro a comentar!