O mercado de livros digitais cresceu mais de 350% de 2011 para 2012. Mesmo assim, ainda não alcança 1% do faturamento das editoras no Brasil. É o que aponta a pesquisa feita pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). A diretora da CBL, Susanna Florissi, garante que o livro digital, ou eBook, já é uma realidade, mas tanto o mercado editorial como os consumidores ainda precisam se adaptar à nova plataforma de leitura.
“Tem vários formatos, uns são mais simples, como o próprio PDF, que muitos profissionais não consideram como livro digital mas eu considero, temos o ePub, e existem também livros digitais muito mais elaborados, que são mais caros de serem produzidos, como os livros interativos, que tem som, movimento, vídeo no livro”.
O PDF é um formato mais “duro”, sem adequação, por exemplo, do tamanho da letra, mas é de fácil acesso e compatível com praticamente todos os computadores, tablets e smartphones. O ePub é a plataforma mais popular para eBooks, é estático e oferece adequação do tamanho da letra. Já os aplicativos são produtos desenvolvidos para ter mais interatividade e possibilidades, como movimento, áudio e vídeo.
Infelizmente, nossos nobres editores não compreenderam ainda a questão. Os seminários engatinham com as aulas em EaD, nossas editoras torcem o nariz para a mídia em formato digital, com iniciativas parcas e pobres, as igrejas querem uma editora convencional para chamar de sua, sendo que o custo da edição e divulgação digital é infinitamente menor. E por aí vamos, gastando perdulariamente dízimos e ofertas. Se dá o mesmo com as rádios e TVs não é?
Este blog já debateu inúmeras vezes o assunto… Se o dinheiro gasto para promover programas nas TVs (e compra de rádios, emissoras e retransmissoras e afins) fosse investido na produção intelectual de livros digitais ou no licenciamento de conteúdos terceirizados de qualidade teríamos uma grande revolução. Mas eu sei como funciona. Ninguém consegue arrecadar com a teologia popularizada.
Continue lendo aqui.