Na eleição passada e nas anteriores Geraldo Alckmin era inimigo ferrenho de Lula. Ontem se abraçaram em meio a uma possível candidatura em conjunto. Alckmin viria candidato a vice-presidente na chapa de Lula, se o partido de ambos permitir. Jogo politico pesado!
Aqui mesmo na região já vimos inúmeros inimigos de fachada, muitas vezes somente pra desviar a atenção do eleitorado. Uns brigaram num dia e almoçaram juntos no outro. Há até casos de cargos de confiança franqueados a antigos inimigos políticos ou ao seu grupo.
São comportamentos comuns ao jogo político, no qual o que interessa é o voto, é ganhar a eleição e dividir o butim. O próprio Bolsonaro criticou o Centrão e depois se aliou com ele em nome da chamada governabilidade.
Agora imaginemos a Igreja do Senhor Jesus no meio dessa barafunda, defendendo um político em detrimento de outro, em cuja companhia ambos estarão no dia seguinte? Queima a índole, o sim-sim, não-não, vai pro brejo. Em muitos casos quem manda é o partido, etc. E nem estamos do pesado jogo financeiro, da corrupção deslavada!
Quem não assistiu ao Malafaia com a cara mexendo por ter apoiado Sérgio Cabral? Fica muito difícil dizer depois que não sabia das falcatruas do governador que caiu em desgraça. Outro grande líder disse que Dilma estava fazendo um bom Governo e sua igreja tendia a apoiar sua reeleição, ao final todos sabemos no que o PT nos meteu. Ele deu de ombros e saiu de fininho com sua incoerência.
Outro lado da questão é que não dá pra aderir e ficar imune. Ou se entra de cabeça ou fica de gandula, pondo bola pros outros fazerem gols. Aliás, essa é a posição de muitos pastores. Sua importância é apenas pragmática e descartável.
Por essas e outras é bom guardar uma distância prudente. Do contrário, vira farinha do mesmo saco e leva bolada no campo alheio. Há quem ache graça nisso, duvido que Deus se agrade!