O vídeo acima correu as redes sociais. Os que gostam de criticar os pentecostais (e nessa hora ninguém faz a conhecida divisão entre pentecostais e neopentecostais) brandiram-no como um libelo. Está vendo aí, etc. Há um aspecto importante que gostaria de dar relevo aqui.
Se você assistiu ao vídeo percebeu que a tese do autor é baseada em três premissas:
1) Que são línguas de homens, são idiomas. Já refutamos este argumento aqui;
2) Que as línguas faladas em geral nas igrejas são monossílabos o mais próximo possível do idioma dos falantes. Eu já assisti americanos e alemães, por exemplo, falando em línguas estranhas com incrível proximidade com brasileiros;
3) Que estudos linguísticos científicos determinaram tal proximidade.
A partir destas três premissas o autor chega à conclusão de que é, no máximo, uma êxtase coletiva.
Aí veio o estalo. Já li vários estudos linguísticos que determinaram o seguinte: o grego de João e Pedro é inferior ao grego de Lucas, Hebreus e cartas paulinas. Estaria o Espírito Santo comprometido em sua mensagem à humanidade pela limitação dos instrumentos humanos dos quais se utilizou? Aliás, este padrão se repete no Antigo Testamento. O hebraico chegou ao apogeu no reinado de Davi. Quem conhece um pouco da língua percebe a predominância de palavras mono e dissílabas durante o Pentateuco.
Outra questão importante a respeito das línguas. Jonas pregou em que língua para os assírios? Ele falava hebraico e eles uma língua cuneiforme? Qual a língua que Abraão falava? Ele não veio de Ur? Lá se falava hebraico? Qual a língua que os hebreus falavam ao chegar no Egito? Hebraico? E quatrocentos anos depois…? Qual a língua que falavam ao sair? Como preservariam? São questões em aberto.
E não esqueça do dom de variedade de línguas!
Faço a seguinte proposta: Se as línguas de Atos eram idiomas e a habilidade de falar nos tais é o cumprimento dos sinais que se seguirão aos que crerem, desconfio que está faltando alguma coisa à igreja moderna. Porque são tantas as nações que não ouviram a Palavra em sua própria língua. Não é?