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Igrejas precisam de Planejamento Estratégico?

A igreja precisa de planejamento estratégico

Apesar de ser uma excelente ferramenta de gestão o planejamento estratégico tem sido menosprezado por muitos gestores eclesiásticos

Prezados 300 leitores, grandes espartanos da reflexão bíblico-teológica, vamos a outro tema de liderança eclesiástica que é imprescindível nestes dias que atravessamos: planejamento estratégico! Será que a Igreja precisa dele? Mas vamos por partes…

O que é estratégia?

É uma palavra de origem grega bem afeita ao campo de batalha. Os generais estudavam o terreno, as melhores oportunidades, a quantidade de soldados e batalhões e uma série de outras variáveis para determinar por onde haveria maior sucesso na investida. Quanto mais estratégia, maior a chance de vitória.

Os estrategistas levavam em conta o clima, a velocidade de deslocamento devido ao terreno e a disposição das tropas, as opções de ataque (Terra ou mar? Naqueles tempos não havia o avião!), onde encurralar o Inimigo, quando a diplomacia seria melhor que a batalha e coisas desta natureza.

Diz-se, por exemplo, que Hitler começou a perder a guerra quando ignorou o frio russo. De fato, milhares de soldados perderam a vida lutando contra o General Inverno em outubro de 1941. Hitler havia se negado a enviar roupas adequadas à tropa, contando com uma rápida vitória. Aliás, Napoleão havia cometido o mesmo erro em 1812.

Então, a estratégia é fundamental para se vencer uma guerra! Pode-se se vencer sem ela? Sim, às vezes (poucas, é verdade) a sorte sorri para os desprevenidos. Na maioria das ocasiões é uma boa estratégia que define o sucesso de uma organização!

Fale mais sobre isso!

No mundo empresarial a estratégia é utilizada para o lançamento de produtos ou serviços, para que preços praticar, onde abrir filiais, quantos funcionários contratar ou demitir, que novos departamentos abrir, onde aplicar a lucratividade e até abrir mão dela, para recuperar a longo prazo e por aí vai. Hoje, por exemplo, ninguém lança um novo produto sem uma pesquisa de mercado, que é parte de uma… estratégia!

A estratégia é decidida no alto comando (não à toa chamado de estratégico) e suas linhas mestras são replicadas ao longo de toda a organização:

Planejamento estratégico tático e operacional

Como deve funcionar o planejamento estratégico?

Este artigo é um breve resumo, mas em linhas gerais devemos levar em conta:

Puxa vida!

Os estrategistas de Portugal, no século XIV, precisavam descobrir como se orientar pelas estrelas para ir cada vez mais longe e voltar para o mesmo porto. Os americanos criaram um exército de tanques infláveis para enganar Hitler e poder chegar à Normandia sem serem descobertos[1]. No mundo empresarial as estratégias são as mais diversas e interessantes.

Com a igreja não é diferente. Muitas vezes não traçamos estratégias por puro comodismo. Noutras por espiritualizar demais. Já falamos aqui porque Paulo queria ir à Espanha[2], pura estratégia do apóstolo! Por que Jesus concentrou seu ministério na Galileia? Pura estratégia do Mestre! Aliás, por que Jesus tornou um fariseu num improvável apóstolo? Gostamos de dizer que oração resolve tudo, isso é verdade, mas oração sem ação não é nada. Oração é fundamental naquilo que nós não podemos fazer, o contrário é preguiça.

Conclusão

Por que Deus enviou Berg e Vingren para a perdida Belém e não a capital, Rio de Janeiro? Lá estavam concentrados milhares de trabalhadores de todas as partes do País, ocupados na extração da borracha. Em 1920 o ciclo da borracha acabou e eles agora retornam aos seus Estados. E o que acontece? Boa parte deles, já convertidos, anunciam a Cristo pelo Brasil. Pura estratégia!

E lembre: a estratégia não impede a derrota. Ela minimiza os riscos!

[1] Leia aqui sobre os  tanques infláveis que enganaram Hitler

[2] Por que Paulo queria ir à Espanha?

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