Prezados 200 leitores, dias corridos me impedem uma postagem mais regular. Mas estamos de olhos nos acontecimentos. A bola da vez é a violência nas igrejas. Ontem, como sabem, um atirador matou 26 pessoas numa igreja batista do Texas. O número se soma aos mortos em outros lugares dos EUA. Longe de mim entrar no debate sobre o porte legal de armas, em vigor naquele País, até porque quem conseguiu barrar a saga do atirador foi um morador das redondezas, que também tinha armas em casa. A questão que quero levantar é outra.
Como leitor assíduo das notícias e estando razoavelmente informado pelas redes sociais do que acontece e é subnotificado, percebo um aumento de assaltos e furtos em igrejas, em sua maioria evangélicas. Quando eu era jovem fui informado que o anjo do Senhor guardava os templos, do que não duvido. Mas, então, o que está acontecendo? Os ladrões tinham medo de serem amaldiçoados ou algo tipo e perderam tal medo? É um caso a se pensar. Nem mesmo as igrejas católicas tem sido poupadas.
Enquanto os fieis estavam transtornados no Texas, aqui bem perto, em Gravatá/PE, os presentes à uma missa na última sexta tiveram celulares e dinheiro surrupiados por um malandro. Um mês atrás foi a vez da Igreja Anglicana na mesma cidade. As notícias se sucedem ao retrocedermos o cronômetro. Algumas tem grades serradas no meio da noite e o sistema de som e instrumentos musicais desaparecem. Outras tem portas arrombadas pelos seres inescrupulosos do mundo do crime. Muitas são vítimas de assalto a mão armada.
Dia 14/08 foi a vez de Caruaru, também no Agreste pernambucano. Ladrões anunciaram o assalto numa igreja evangélica e o pastor entrou em luta corporal com um deles. A decoração ficou destruída. Em 31/07, foi a vez de Cuité, interior da Paraíba, onde seis pessoas ficaram feridas num tiroteio após um assalto. Em 30/04, bandidos fizeram um arrastão numa missa em Sergipe. Enfim, coloque duas palavras na caixa de pesquisa do Google: assalto + igreja e sua lista será enorme. Somente nos últimos dias!
Será que as constantes notícias de aproveitamento financeiro estão despertando a atenção dos larápios? Ou a igreja é vítima no mesmo barco da violência cotidiana? Uma igreja que não salga está sendo alvo dos gatunos? No Rio de Janeiro pipocam as notícias de igrejas cujos eventos seguem financiados pelo tráfico. E as campanhas políticas dão o tom final para haver um certo nivelamento, sendo que muitos contraventores são eleitos pelos próprios evangélicos. Pode ser um caminho para esta análise.
Bem, vou ficando por aqui, agucem as antenas.