Prezados 50 leitores, a lição do próximo domingo é sobre a evangelização de pessoas com deficiência. Os desafios são enormes no quesito. Vou falar pela Assembleia de Deus, já que não conheço a realidade das outras denominações. Fato é que há interessantes e produtivas iniciativas, mas a realidade desafia a ficção como em tudo o mais.
Vamos aos números? Segundo o missionário Ronaldo Lidório, somente entre os surdos há mais de 9 milhões de pessoas em nosso país e menos de 1% se declara crente no Senhor Jesus. Há pouquíssimas ações missionárias especificamente direcionadas para os surdos em todo o território nacional. E bem poucas pessoas habilitados a trabalhar com LIBRAS, a língua dos sinais. Se somarmos os cadeirantes, os cegos, os portadores da síndrome de Down e centenas de outras patologias teremos um imenso contingente a ser alcançado.
Em nossa Convenção há um departamento fixo de apoio aos surdos. Foi um trabalho idealizado, segundo as informações de que disponho, na congregação em Jardim Paulista Baixo, quando pastoreava ali o Pr. Moisés Batista. Dezesseis anos atrás aquela congregação, por iniciativa do dirigente da UMADAL, hoje pastor Neilton Rafael, apoiou a criação de um trabalho para este público. A ideia partiu da irmã Nadja Medeiros, hoje atuando em Brasília/DF. O trabalho cresceu e ganhou status de superintendência. Mas ele é efetivo apenas na Sede e algumas outras congregações mais centralizadas. Falta, muitas vezes, aptidão de outros voluntários para se envolver com a necessidade e ampliá-la cada vez mais.
Infelizmente, outras necessidades ainda não foram contempladas. E a ausência é sentida na produção de conteúdos que as atendam. Nacionalmente, não temos material em braile, classes na EBD para portadores da síndrome de Down, música ou vídeos adaptados aos portadores de necessidades especiais. Muitas igrejas, Brasil afora, não possuem acesso para cadeirantes, muito menos instalações com acessibilidade para eles, como sanitários e corredores. Além de outras atividades. E muitas famílias evangélicas não têm uma orientação segura por parte das igrejas quanto a direitos e oportunidades.
Que através da lição possamos perceber esta realidade que nos cerca de maneira impactante.
Para finalizar, três pontos importantes: 1) O ministério de Jesus foi marcado pelo resgate de pessoas com deficiência. Surdos, mudos, cegos, paralíticos foram curados milagrosamente. Não há nenhum impedimento a que clamemos ao Senhor por cura para estas pessoas em nossos dias. Deus ainda é o mesmo! 2) Nem sempre precisamos criar tais espaços, mas nos integrar a iniciativas como as da AACD, para suprir a necessidade espiritual destes grupos. Talvez não saibamos como lidar com a síndrome de Down, por exemplo, mas podemos financiar grupos que já fazem o trabalho clínico entre eles e trazer o conforto espiritual como ação efetiva da Igreja; 3) Clique no link a seguir e participe da nossa pesquisa sobre inclusão de pessoas com deficiências em sua congregação: https://enquete.fbapp.io/yugkdy. Respondendo você concorre a um livro Verdade Incontestável, da CPAD, de autoria de Josh McDowell.
Acesse os dados ecoados pelo Pr. Ronaldo Lidório aqui.