Sou um pescador ocasional. Até já tive mais tempo para pescar… Aprendi com a observação e as instruções de pescadores mais habituados que cada peixe exige uma estratégia. Tainha e saúna, por exemplo, não se pegam com anzol. Alguns peixes serão mais facilmente fisgados com isca viva. É o caso do tarpoon ou robalo. Vai pescar traíra? Então ponha uma moeda no lugar da isca, a mais polida possível e vá puxando a linha com alguma rapidez. É tiro certo.
Para fisgar outros é preciso um corvo. Coloca-se algo para comer no fundo do mesmo, os peixes entram e não saem mais. É o método excelente para camarão. Para alguns peixes o segredo é colocar a isca na linha d’água e dar breves e calculados sacolejos. Eles pensam que é um peixinho pulando e dão o bote. Assim, para cada tipo de peixe temos ou um tipo de isca ou uma armadilha mais adequada.
A evangelização é uma pescaria. E não é diferente. Apesar da essência não mudar, afinal a Palavra de Deus é única para todos os homens, em todos os lugares, é a maneira como serão alcançados que deve se diversificar. Do contrário, ficamos batendo na mesma tecla, sem resultados. Sem pescaria.
A lição da EBD que encerrou este terceiro trimestre veio alertar da necessidade que temos de alcançar grupos os mais distintos. Portadores de necessidades especiais, índios, quilombolas, ribeirinhos, ciganos, encastelados nos apartamentos, entre outros grupos precisam de uma atenção diferenciada para serem alcançadas.
Infelizmente, a lição não trouxe muitas alternativas. Não há propostas, poucos dados, etc. Mas isto não é entrave para trabalhos sérios que darão resultados a longo prazo. Se não podemos bater nas portas de andar em andar nos apartamentos, por exemplo, façamos um eficiente e pequeno culto na casa de um irmão. Não sem antes convidar os vizinhos para ouvir a Palavra de Deus. Leve um violão para acompanhar o louvor… A internet é outro meio eficiente de evangelismo, tanto pessoal, quanto em geral. Assuma o compromisso de postar um versículo evangelístico por dia. Será uma ótima oportunidades dos seus friends conhecerem a Cristo!
Se não podemos atuar diretamente, vamos ajudar quem já está em atuação. Nem sempre podemos fazer tudo. Só não podemos pensar que dinheiro substitui o serviço. Dentro das minhas limitações tenho ajudado o trabalho da irmã Kelem Gaspar. Ela atua no Alto Amazonas, em zonas de difícil acesso. Tanto evangeliza e faz missões na região, quanto alfabetiza ribeirinhos e assiste socialmente. Eu não posso ir, mas posso ajudar quem já está em ação lá. Isto também é uma estratégia.
Temos também, dentro de nossas limitações, produzido literatura de impacto evangelístico, distribuindo gratuitamente para jovens e adultos fazerem um trabalho que jamais poderia fazer sozinho. Há uma multiforme maneira de agir, se nós quisermos pensar a respeito. Foi, aliás, assim que a Bíblia se reinventa em sua forma de disseminar as verdades da Palavra de Deus. Se nós insistíssemos no mesmo formato para o homem moderno, talvez não o alcançássemos.
E se você imagina que as pessoas já estão evangelizadas de mais, dê uma olhada no mapa abaixo. Ele vai traduzir em números o quanto precisamos fazer. De cada 10 pernambucanos, por exemplo, há 8 que não são evangélicos. Vamos em frente!
Para conhecer o trabalho da irmã Kelem Gaspar, clique aqui.