Esmiuçando propostas – Parte 2
Dando continuidade à nossa análise das propostas do candidato Samuel Câmara (uma vez que não obtivemos acesso às propostas dos demais candidatos).
Proposta nº 02 – Impactar o Brasil com evangelização e avançar com missões
É uma excelente proposta. Especialmente, porque tivemos um plano nacional de evangelismo (a Década da Colheita) em 1990! Há, hoje na CGADB, uma tal Comissão de Planos e Estratégias de Evangelismo e Discipulado, que utiliza dados de 1993!? Estamos defasados. Se continuamos crescendo é pelo trabalho incansável de inúmeros irmãos nas igrejas. Noto, porém, um arrefecimento dos ânimos, por razões que não tem nada a ver com a Convenção Geral, mas que poderiam ser revertidos a partir de um plano estratégico.
Se a proposta, que é vaga e genérica no momento, for encampada pelas diversas convenções e massificada entre nossos membros, só temos a comemorar. Gostaria de aproveitar para informar que não é preciso reinventar a roda. A Cruzada do saudoso Bernard Jonhson implementou, por onde passou, uma estrutura eficiente e enxuta de evangelismo, atuando no treinamento, efetivo trabalho em campo e, por fim, no discipulado. Se o eleito pegasse as linhas mestras daquele trabalho e as implantasse nacionalmente, o problema já estaria resolvido.
Há, porém, um grave entrave. Não sabendo, exatamente, quantos membros temos, ficamos a reboque das informações repassadas pelas igrejas. Se formos contar os congregados (irmãos não batizados, adolescentes e crianças), a situação beira a calamidade. Sem falar que, por vezes, tais informações não são confiáveis. Seja por sua qualidade deficiente, como a precariedade dos registros, seja por má fé, o que acontece é que somos avessos a censos e levantamentos. Para que a proposta alcançasse um razoável nível de eficiência, a CGADB teria de centralizar e auditar os dados sobre decisões em todo o Brasil. É uma tarefa hercúlea, mas não impossível. Que o digam os Testemunhas de Jeová.
Outra dificuldade é que tudo isto tem um custo. Estariam as Convenções dispostas a bancar o custo de promoção de cruzadas nacionais de evangelismo? Do envio de novos missionários? Da atualização cadastral dos membros? A CGADB teria poderes para exigir uma contrapartida? Acho que não.
Seja o primeiro a comentar!