Prezados dez leitores, aproveito um gancho de uma conversa que tive para perguntá-los: É bíblica a postura do manda quem pode, obedece quem tem juízo? Explico melhor com exemplos. Um obreiro faz o seu trabalho nos conformes, evangeliza, visita, prega, ora, faz o trabalho de um pastor de ovelhas. Mas é ameaçado quando não atende às determinações da liderança superior. Determinações estas esdrúxulas e desprovidas de senso, como, por exemplo, apresentar e instigar a membresia a votar num candidato apoiado pela denominação. Como o candidato não foi eleito, o obreiro foi acusado de desobediência e está prestes a ser removido de sua igreja.
Esta postura da liderança superior é bíblica? Certamente, não! É um eco do que muitos entendem como obediência. Obedecer não é estar cego aos desmandos e desvarios. Obedecer do ponto de vista ministerial é buscar promover o planejamento estratégico da alta administração, como honestidade, sabedoria, criatividade e persistência. Outrora, o rebanho seguia bovinamente as ordens do líder. Em tempos de informação profusa já não é mais possível fazer isto. Bom para os que conquistam o respeito pelo convencimento. Ruim para os que tentam impor suas ordens. Mas a questão do post é que muitos líderes tentam fazer isso ao arrepio da Bíblia. O próprio Paulo ordenou a submissão às autoridades, mas Pedro ressalvou: antes importa obedecer a Deus do que aos homens!
Pior: há quem imponha suas diretrizes cassando o direito de defesa e apelando para artifícios como a retirada de ajudas de custo e salários. É bíblico? Se nas empresas sérias tal comportamento tem sido reprovado, imagina na igreja. Deus nos julgue!
Importante: desconheço qualquer obreiro de minha convenção, COMADALPE, que esteja sofrendo esse tipo de assédio moral!