Dez coisas que você precisa entender sobre a próxima lição da EBD!
A próxima lição vai exigir muita atenção dos nobres professores. Já que o assunto é pura teologia faz-se necessário um debate mais aprofundado dos temas. Pretendemos ajudar. Trazemos abaixo dez coisas que você, professor, deve atentar:
1) Leia a lição toda – Só assim você terá uma visão panorâmica do assunto. Infelizmente, é um hábito pouco cultivado e o professor acaba ou misturando os assuntos ou complicando o entendimento do aluno. À medida que ler, vá fazendo suas anotações, destacando as partes mais importantes. Onde tiver dúvida, se cerque de bons livros e amplie sua pesquisa. Não se restrinja ao que diz a lição, mas também não invente o que não existe;
2) Leia a epístola aos Gálatas – É fundamental ler ou reler, se for o caso, todo o livro. Mas leia sem pressa. São somente seis capítulos e 149 versículos. Quem gostar de ler como eu terminar numa tarde. Mas não leia tão depressa. Vá digerindo a leitura e compreendendo as tensões do livro. Habitue-se a ter um caderninho para anotações, no mínimo umas folhas de papel em branco. Lance nelas as dúvidas e as colocações mais relevantes;
3) Informe-se sobre os judaizantes – Eles eram não um grupo externo à Igreja Primitiva, mas estavam ligados visceralmente à mesma. É fundamental compreender suas intenções: a) Ser um seguidor de Cristo e não abandonar a Lei; b) Fazer com que os gentios fossem submetidos aos rituais mosaicos; c) Colocar a religiosidade externa, com foco no ritual, acima do que está no coração. O centro da questão de Gálatas se refere às intenções deste grupo. O capítulo 1 do livro foca exatamente na tentativa de transformar o evangelho de Cristo em mais uma seita do Judaísmo;
4) Faça o link com os modernos judaizantes – Gente que enfatiza usos e costumes, instituições e denominações como essenciais para a salvação, que coloca o esforço humano acima do sacrifício de Cristo e coisas do gênero;
5) Leia As Obras da carne e o Fruto do Espírito de William Barclay – É uma leitura revigorante que vai te aprofundar no significado dos termos gregos envolvidos na trama de Gálatas 5:16ss além de toda a teologia necessária. É um livro esgotado, infelizmente, mas sempre tem uma cópia ou outra disponível para download em sites especializados. Não é uma prática encorajada pelo blog. A versão de que disponho é a mais antiga. A Vida Nova fez uma reimpressão e depois descontinuou o livro.
6) Acesse nosso vídeo sobre os termos gregos – Preparamos um vídeo para auxiliar a pronúncia dos termos gregos envolvidos nas obras da carne e no fruto do espírito, assim você não ficará tateando na frente de sua classe ao encontrá-los;
7) Compreenda que já não há mais judeu, nem gentio, mas salvo – Em Cristo não há judeu, nem gentio, nem mulher, nem homem, nem escravo, nem livre, todos são tão somente e simplesmente salvos pela graça bendita de Cristo. “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus (Gálatas 3:28)”. Os judeus pensavam se salvar pela descendência, os gentios pela vida desregrada e pela ignorância quanto às coisas de Deus. Cristo os nivelou!
8) Compreenda que a condição para alguém ser salvo é aceitar a Cristo – Esta é a condição sine qua non, não é descendência, nem sobrenome famoso, nem hierarquia, nem quanto paga ou dizima. João escreveu: “Disse-lhes Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai a não ser por mim (João 14:6)”. Na presente dispensação até mesmo os judeus que quiserem ser salvos precisam entregar sua vida a Cristo. Cuidado, porém, com uma vertente cristã chamada judaísmo messiânico, muitas de suas liturgias são ecos de Levítico e Números, portanto, judaizantes tanto quanto o grupo de Gálatas 1!
9) Compreenda que a Lei não pode salvar – Apesar da sua importância, especialmente, do ponto de vista cerimonial, a Lei apenas cobria pecados. Paulo em Gálatas traz a metáfora do aio, escravo que levava a criança à escola e, depois, trazia e ajudava nas tarefas escolares. Era o máximo que a Lei podia fazer por alguém: apontar o caminho. Cristo não cobriu pecados, ele os perdoou, apagando completamente a dívida (Colossenses 2:14)!
10) Compreenda que frutificar no Espírito não é parte de um exercício mental – Não é alheamento da realidade, nem alienação dela. A Igreja já tentou isso ao longo da História. É o caso dos monges em suas clausuras. As falhas históricas ainda hoje repercutem. Temos que viver no mundo e não nos misturarmos com ele. Sal salga por contato. Naquilo que falharmos temos um Advogado (I João 2:1) e se pedirmos com fé, seremos perdoados. Para viver em Espírito é preciso entregar-se a Cristo. Você verá, ao longo dos anos, que muitas vezes não resistiu, foi livrado!
E vamos em frente para um 2017 diferente. Com uma exposição mais abrangente!
Paz do Senhor. Muito obrigado por esse suporte, muito valioso e esclarecedor. Dirigentes, professores e todos os amantes das Sagradas Escrituras agradecem. Forte abraço!!!!
Procurei o livro de William Barclay em livrarias, mas não encontrei. Consegui baixar, muito bom!!!!
Muito bom Pastor Daladier um material que vai auxiliar trazendo infirmações! Quanto ao livro ouvir falar mas não o encontrei
Muito bom e de grande valia esse suporte…… Deus continue lhe abençoando.
Pastor Daladier se o senhor puder me diga um site pelo qual eu possa baixar o livro de William Barclay.
Excelente, como sempre pastor Daladier, Deus continue lhe usando para nos abençoar com seu blog!!!
Coloca Obras da Carne e Fruto do Espírito Barclay pdf no Google.
Abração!
Ótima explicação meu pastor. Que Deus continue abençoando.
Consegui baixar, muito bom o livro, estou lendo!!! Deus o abençoe!! Pastor.
Maravilhosa Pastor, seus escritos tem sido de muita importância, nos ajudam muito.
A princípio acredito que os usos e costumes tem sua importância, mas até que ponto são importantes?
É complicado responder, porque depende da interlocução. A importância ocorre quando, por exemplo, delimitamos o comportamento de uma congregação. Assim ninguém pode dizer eu não sabia, ao transgredir uma norma. Usos e costumes, a rigor, são como a disposição dos itens de uma casa. Você tem um jeito peculiar de colocar o sofá, os jarros, as plantas, as cores. Se eu fosse morar em sua casa, não podia chegar e meter a mão porque não gosto dessa disposição.
Abração!