Era um jovem rico, quem sabe belo, bem saído aos seus. Sua dúvida, genuína, mas pragmática: “Que farei para herdar a vida eterna?” Quem sabe esperava um quinhão no além. Que mal faria? Se rico na Terra por que não no Céu? Recebe não um, mas três socos no estômago: 1º) “Vai vende tudo quanto tens!”, 2º) “Dá aos pobres!” e 3º) “Depois, vem e segue-me”! Fora nocauteado!
Era demais. Vender tudo romperia seu status, mas com alguma ajuda dos parentes e boa renda no trabalho poderia resolver. Dar aos pobres era parte do ritual judaico de salvação, o problema era o montante, mas… Já seguir um homem sem posses, que prometia um reino eterno e intangível, aí já era demais.
Não, não dava. Após uma longa ponderação foi embora triste. É fácil fazê-lo Senhor dos outros, do Universo, de qualquer coisa. Não Senhor de nós!