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Desossando uma entrevista…

Pr José Wellington

desossei aqui algumas entrevistas. Parto da premissa que todos são criticáveis, inclusive eu. Há leitores que empancam com este comportamento. O problema é que eu sei o peso que as palavras têm. E os gestos também, todo processo comunicativo, enfim. Por exemplo, um dos que criticam minha atitude de escarafunchar no que dizem e escrevem certas pessoas, certo dia ia passando numa área do estacionamento da igreja à qual pertence. Havia umas poças d’água, numas das quais escorregou e caiu. Percebendo que seu pastor sorriu diante do ocorrido, voltou e caiu de novo. Ele chama isso lealdade… Eu chamo as coisas pelo nome. Fazer o quê?

O Pr. José Wellington, recém reeleito, deu uma entrevista à Folha de São Paulo, seção Poder. Há colocações pertinentes, mas algumas fogem totalmente da racionalidade. Contando que não tenha sido editada… Ressalvo que nada tenho contra o pastor citado, justo o contrário, pareceu-me uma pessoa amável nas poucas oportunidades que esteve aqui em Abreu e Lima. Nosso objetivo aqui é a reflexão sobre as ideias dele, que são em grande medida as mesmas de alguns cardeais. Que se faça a leitura nos links. Vamos lá. Vou comentando em azul, pinçando frases importantes para nossa análise. Colocar a entrevista toda ia cansar meus parcos leitores.

Folha – Há um levante preconceituoso contra o Feliciano?
José Wellington – O Feliciano é novo, jovem, inteligente e eu creio que vocês são inteligentes, vocês estão vendo que ele está querendo tirar proveito. Ele é político, está querendo tirar proveito desse troço. Ele está dando corda na coisa. O Marco Feliciano, bobo ele não é. Agora, eu acredito que há uma exploração, há uma exploração muito grande do pessoal do lado de lá [críticos de Feliciano]. A verdade é essa: nós estamos juntos da Igreja Católica. Porque a Igreja Católica não aceita. O que nós não aceitamos a Igreja Católica não aceita.
 
Não aceitamos porque não é bíblico ou por que a Igreja Católica não aceita? Ou é apenas um aproveitamento para criar um gancho? O ideal seria termos posições próprias. E defendê-las sem se escorar nos que pensam os outros.
 
Um bispo de São Paulo me telefonou e disse: “Pastor, vamos fazer uma dobradinha, temos de marchar juntos porque não aceitamos”. Eles não aceitam aborto, casamento de pessoas do mesmo sexo. Eu vi ontem na imprensa no Amazonas um juiz deu uma liminar para que o camarada lá casasse com duas mulheres. Negócio de doido, né? Só no Amazonas dá um troço desse.
 
Não vejo porque essa dobradinha seria interessante… Geralmente, os católicos praticantes são poucos, ficaríamos à deriva no meio do caminho. Outra coisa: a CGADB não tem tradição de marchar por nada relevante politicamente. Esse Só no Amazonas é descabido para um líder do porte dele. Aliás, no blog do Pr. Geremias do Couto este registra que o mesmo pastor se referindo ao fato na AGO, concluíra que do Amazonas não podia vir coisa boa mesmo!?
 
Nós, da Assembleia de Deus, não participávamos da vida política do país. Só depois, quando eu assumi a presidência… 
 
Aqui começam os verdadeiros problemas da entrevista. Nós participamos da vida política brasileira, mas nossos membros não são politizados. Por exemplo, achamos a coisa mais normal possível o nepotismo, a falta de alternância de poder, a propaganda nos templos, claramente favorável a um ou outro nome, ao arrepio da Lei, inclusive. Alguém já me disse que votaria num deputado porque ele tem um projeto de assistência social! Outro irmão que votaria noutro candidato pois traz muitos cantores famosos ao Estado. Se isso é politização…
 
Porque eu em janeiro agora completei 25 anos na presidência da Convenção Geral, fui reeleito nove vezes. Quando eu cheguei, com o crescimento da Assembleia de Deus, eu entendi que precisávamos colocar alguém para nos representar. E isso foi feito. Hoje temos 28 deputados federais ‘assembleianos’. No total, são 80 os parlamentares evangélicos em Brasília [de diferentes denominações].
 
Essa representação não tem legado na política, tem legado para alguns políticos. Uma coisa anda a léguas da outra. O fato de ele ser reeleito nove vezes revela nossa miséria intelectual. E olha que quem o apóia é a chamada nata pensante da AD, os não pensantes então… Não foi o crescimento da denominação que determinou esta decisão de colocar representantes nas várias esferas políticas, mas as vantagens auferidas por tais cargos. Qual lei importante para o conjunto da sociedade foi proposta por deputados evangélicos? Desconheço, por favor me ajudem. Via de regra, seguimos à reboque das propostas apresentadas pelos demais parlamentares. Este comportamento está bem claro no livro Os votos de Deus, da Editora Massangana. Embora façamos a defesa de temas como o aborto, nossa igreja se alheou do debate no STF, por exemplo. Nenhum parlamentar se apresentou, nem a CGADB, quem representou a Igreja foi Edir Macedo!? Em termos éticos a maioria dos representantes são enquadrados dia após dia. Corrupção, malversação de recursos públicos, favorecimento, crimes eleitorais e uma penca de outros ilícitos foram e são praticados pelos evangélicos assembleianos ou não, nem sal, nem luz, poucos escapam. Pior, na chamada Lei do Som, o projeto já estava nas mãos de FHC para sanção quando nossos representantes descobriram os riscos. O que estavam fazendo até esse ponto?  Quem não lembra das concessões de rádio que nossos representantes ganharam para estender mandatos? Posso detalhar, se necessário.
 
Qual a importância do Feliciano dentro da Assembleia de Deus?
Ele é um pastor tão igual como os demais. Eu tenho um filho deputado federal [Paulo Freire (PR-SP)], estava aí. O meu filho eu vejo melhor [risos]. Mas, como pastor da Igreja, ele não tem qualquer destaque, qualquer direito a mais, nenhuma proteção a mais, ele é um pastor igual aos demais.
 
Como assim meu filho eu vejo melhor? Por que ele é deputado ou por que filho? Feliciano é uma pura cria assembleiana, gestada em eventos pentecostais de gosto duvidoso, que fundou uma Convenção e depois foi aceito pela CGADB. E esta nunca puniu os tais eventos, nem o pastor por seus excessos. Muito menos o uso indevido da marca.
 
Nas sessões da Comissão, parece existir uma unanimidade contra Feliciano. Mas os valores que eles defendem são valores comuns aos 12,3 milhões de fiéis da Assembleia de Deus, certo?
Valores comuns a uma sociedade sensata, uma sociedade sadia. Quando escreveram o PL 122 [que criminaliza a homofobia], nós [evangélicos] reunimos e tomamos algumas posições em relação àquilo ali. Chamamos os deputados federais e pedimos para que eles segurassem a coisa. Eu mesmo fui lá falar com o presidente da Câmara, fui falar com gente do Senado, até o senador José Sarney [PMDB-AP, ex-presidente da Casa] me mandou uma cartinha muito bonita. 
 
Não tenho conhecimento (por favor refresquem a minha memória) de até o ano de 2010 ter ouvido falar no assunto nos periódicos da CPAD, nem a CGADB se posicionou sobre o PL 122/2006. O projeto de Lei ficou tramitando e ninguém fez nada. A mesma coisa aconteceu com o PNDH3, quase três anos depois foi que o Mensageiro da Paz se ocupou do assunto. Em termos efetivos o Reinaldo Azevedo nos defendeu mais que todos nossos parlamentares juntos! Os blogs evangélicos fizeram muito mais que todos os políticos evangélicos do Brasil! Aqui foi noticiado, em primeira mão (pescado do referido blog), o PNDH3 no findar de 2009 e seus riscos. Alguns dos quais o Reinaldo não havia enxergado, pois que não evangélico. O decreto 7.037 que o estabelece é de 21 de dezembro daquele ano.
 
Qual a posição da Convenção sobre a alegação de Feliciano de que Noé amaldiçoou os africanos?
Essa é uma interpretação teológica. A Bíblia, quando conta a histórica de Cã, a tradução chama de Cão, né?, é que aquele filho de Noé (eram três) quando o pai tomou uns gorós e, bêbado, se despiu, ficou caído bêbado, veio um dos filho, viu os dois, e saiu criticando, né?, outro veio, de costas, e cobriu a nudez do pai, então esse o pai abençoou e outro ele amaldiçoou. Cada um interpreta como queira. Qual foi a mudança que houve, se foi de cor, eu não sei.

Na página 105 do livro A Bíblia através dos séculos, de autoria do pastor Antonio Gilberto, CPAD, edição de 1986, há o esboço e o endosso desta interpretação. O que Feliciano fez foi florear. Embora na resposta seguinte o pastor esclareça que não há esse preconceito no dia a dia das igrejas, como, aliás, fizemos questão de registrar aqui.

O assédio dos políticos a vocês é muito grande?
É sim, somos bastante assediados. Só que a minha orientação como presidente foi sempre procurar ajudar os de casa. Por que, se eu elejo uma pessoa do nosso convívio eclesiástico, [é] alguém que eu tenho uma certa ascendência [sobre], que ele possa ser um legítimo representante da igreja. Temos que trabalhar os de casa. Eles merecem a atenção, a ajuda e a confiança.

Já demonstramos que não é bem assim. O que dizer, por exemplo, dos irmãos que querem ser candidatos como a Lei permite, mas não são apoiados por não ter o QI (Quem indique)? Das concentrações disfarçadas de comício?

Como vocês escolhem as pessoas que apoiam?
Chegou a ser de senador para cima, que precisa de mais votos, aí nós procuramos alguém que seja, no mínimo, amigo da igreja.

É um critério ou o outro? Os apoios na história política recente tem deixado na mão quem é evangélico, em prol de outros não evangélicos. Que o diga Marina Silva. Atenção! Não estou discutindo se ela seria a melhor opção, mas se vamos usar o critério de ajudar os nossos…

O que é ser amigo da igreja?
Normalmente, o senador da República já foi prefeito, já tem uma história na vida política. E nós então vamos buscar. Nós tivemos algumas dificuldades com o PT em São Paulo. Hoje não temos mais, graças à Deus por isso. Hoje tenho boa amizade com o prefeito de São Paulo [Haddad], sempre tive muita amizade com o Kassab, que saiu, tenho muito respeito e muita amizade também pelo governador, agora, eu não posso fazer divergência de partidos, eu trabalho com o povo. Na Igreja eu tenho PT, eu tenho PR, tenho PSDB, cada um acha que sua filiação está correta, Deus te abençoe. No contexto geral, somos crentes.

Por isso mesmo alguns irmãos do Partido Socialista, do Comunista, do Fascista são bem-vindos… O que dizer de um irmão de um partido cujo estatuto apóia o aborto? Esses políticos aparam as arestas com a Igreja, dissimulando suas verdadeiras intenções, somente pelo nosso peso numérico. Pelas costas torcem os narizes, quando tem oportunidade mostram as garras.

Qual a sua opinião sobre a Dilma?
Eu vejo com muito bons olhos. Confesso a você que não votei na Dilma. Eu tinha certos resquícios do PT lá em São Paulo. Mas esta senhora tem superado [as expectativas]. Ela pegou uma caixa de marimbondo na mão, mas tem sido muito honesta com seu governo e com o povo. 

A economia naufraga, não há plano estratégico, obras importantes estão atrasadas, a carga tributária é escorchante, a corrupção se alastrou e é sempre acobertada. Mas, ela vem superando as expectativas!? Não é nem uma questão de gosto pessoal mais, nossa presidente tem sido incompetente até para fazer um discurso.

Hoje, na minha concepção, a candidatura dela é uma nomeação, não precisa nem ir para a eleição, ela é eleita tranquilamente.

Aqui é que é absurdo. Pra quem já se reelegeu nove vezes… Nem precisa de eleição. 

Vocês apoiam ela em 2014?
Eu até teria muito motivo para dizer não, mas esqueço tudo isso aí a bem do povo, ela tem sido muito correta na administração do nosso país.

Dizer mais o quê?

Com “PT de São Paulo” o senhor quer dizer Marta Suplicy?
[Risos] Deixa isso pra lá. O meu concorrente [na eleição desta semana], pelas informações que eu tenho ele recebeu todo o beneplácito do Planalto. Eu não recebi, e não recebi porque também não pedi. Na nossa igreja em São Paulo nunca entrou um centavo nem da prefeitura, nem do Estado nem da nação. Nunca pedi, de maneira nenhuma. A presidenta, num ano desses, eu estava aniversariando e ela foi lá me ver, me dar os parabéns. Foi lá com quatro ministros, o Padilha e outros mais. Recebi com muito carinho, muito amor, perfeitamente. Mas não peço. Agora, entendo que, se algum dia precisar pedir, sou um brasileiro que paga imposto, tenho tanto direito quanto os demais.

Puseram-na sentada no púlpito, nas cadeiras do meio. Que história é essa de beneplácito para um candidato a um cargo eclesiástico?

E o senhor tem um poder muito forte.
Vou dizer uma coisa para você. Eu não sou político, sou de uma família de políticos. Meu irmão foi deputado estadual durante três legislaturas. Minha filha é vereadora em São Paulo, a Marta, foi reeleita agora pela terceira vez. O Paulo foi eleito deputado com 162 mil votos, uma votação relativamente boa para São Paulo. E acredito que, pelo trabalho que ele está fazendo, talvez supere os 200 mil votos agora [em 2014]. Na eleição passada, ainda o [Orestes] Quércia [ex-governador de São Paulo, morto em 2010] era vivo, ele foi lá na nossa Igreja, ele, [o ex-prefeito Gilberto] Kassab e o [ex-governador José] Serra. 

Se mede o poder de um pastor pelos políticos que o visitam? Qual a lição que eu perdi? Todo tempo ele falou de política, nunca de carisma, oração, exposição bíblica, visa consagrada. Talvez estes termos não interessem muito. O mais contraditório tem sido a imprensa mostrar o papa em momentos de oração ou exposição da Palavra.

Eles me convidaram para que eu fosse suplente. E eu então agradeci a gentileza deles e pedi dois dias [para pensar]. Eu até brinquei: “Deixa eu consultar minhas bases por dois dias”. Na verdade, eu não ia aceitar. 

Humm! A base balançou. Se a posição era firme deveria ser rechaçada de pronto. Há às pencas pastores que não querem saber de política, mas indicam um parente para concorrer. Contradição total. Outra coisa, têm tempo para os acertos, para a propaganda nos templos.

Eles voltaram, eu agradeci, educadamente. Então o Quércia disse: “Pastor, eu estou doente, você vai ser o senador”. Eu disse: “É por isso que eu não quero”. Eu não tenho tempo para mexer com a política. Não quero. A minha vocação é a igreja. Em São Paulo, nós temos 2.300 e poucas congregações [filiais] ligadas ao nosso ministério. É um batalhão de gente.

No total, a Convenção tem quantas Congregações?
O número de evangélicos da Assembleia de Deus é um ponto de interrogação. Em 1994, eu já era presidente, eu fiz um censo entre nós e na época nós contamos 12,4 milhões de crentes na Assembleia de Deus. O crescimento da Assembleia de Deus, é o levantamento que eu tenho, é de 5,14% ao ano. Quando estou falando de membro estou falando daquele que foi batizado e tem responsabilidade na Igreja. Quando o Fernando Collor era presidente eu falei: “Presidente, se nós fôssemos políticos, a Assembleia de Deus teria muito mais condição de contar com o povo do que o seu partido, porque vocês não têm uma filial em todos os municípios do Brasil.” A Assembleia de Deus temos em quase todas as vilas de todos os municípios do Brasil nós temos um templo. São mais de 100 mil templos que tem a Assembleia de Deus no Brasil.Um templo médio assembleiano abriga 300 pessoas. Seriam 30.000.000 de assembleianos? Acho difícil a conta bater. Sobra gente e falta membro. Sem contar que para cada membro, há, ao menos, dois congregados. O que falta à CGADB é uma estrutura que permita centralizar tais dados.

Qual a receita anual de todas as Assembleias juntas?
Não sei. Não estou lhe negando, porque esses valores [não são] da Convenção Geral. E a Convenção Geral tem o caixa mais pobre do mundo. Estou há 25 anos e desafio qual é o tesoureiro que possa dizer: “O José Wellington usou R$ 0,05 do caixa”.

Esta é uma questão delicada. Conheço pastores que não ganham um centavo, mas TODAS as despesas são pagas pela igreja. Ou seja, dinheiro vivo não, mas faturas de cartão,  passagens, hospedagens, despesas com comida, gasolina, carro novo, casa de praia. Sem contar que ele é presidente de uma Convenção com 2.300 igrejas que, certamente, supre todas suas necessidades.

E da Convenção?
São R$ 7 [milhões] ou R$ 8 milhões. É muito pouco. A nossa contribuição mensal é R$ 5 por mês [por obreiro], vou aumentar isso aí. Cada igreja tem a sua autonomia administrativa. Lá em São Paulo, essas 2 mil e poucas igrejas, essas todo o dinheiro vem para o Belém [central da congreção de Wellington em São Paulo]. E ali a gente administra e repassa para as construções e compromissos da igreja.

Acho que é 7 ou 8 milhões por ano.

A maior parte que vocês juntam é gasto com o trabalho social? Tem muita gente que acha que as igrejas evangélicas servem para enriquecer os pastores.
Fui comerciante em São Paulo, e quando saí, não saí rico, mas com uma vida econômica estável. E o que eu tinha eu conservei até agora. Eu tenho algumas propriedades, eu já tinha uma boa casa onde morar, carro novo, caminhão. Não joguei fora, conservei. Mas digo por experiência: se alguém pensa em ser pastor para ganhar dinheiro, pode procurar outra profissão. Estou falando pastor, não estou dizendo essa turma que vive explorando, arrancando dinheiro do povo. A Assembleia de Deus não faz isso.

Exceto os casos pontuais…

Com esse crescimento da igreja, e à luz do que ocorre com o Feliciano, o senhor sente um aumento do preconceito contra os evangélicos no Brasil?
Não, ao contrário. A minha geração, quando eu era criança, eu me recordo muito disso aí, quantas vezes os irmãos iam dirigir cultos ao ar livre, e terminava debaixo de pedradas, jogavam pedras, jogavam batatas, ovos, cebolas, era um negócio tremendo. Nós sofremos isso aí. Na época, nas cidades do interior do Ceará, se somavam um chefe religioso, um delegado de polícia e um juiz de direito e os três… Templos nossos foram destruídos, entravam nas casas do crentes, arrancavam as bíblias, faziam fogueira de bíblias nas praças, isso aí nós chegamos a conhecer no meu tempo. De lá para cá melhorou muito. Por que? 

Infelizmente nosso amado presidente não percebe que agora há a operação da mídia junto com alguns movimentos sociais para solapar nossa liberdade religiosa. Estamos voltando aos velhos tempos.

Ontem, nossa penetração social era classe D para baixo. Hoje, pela graça de Deus, conseguimos alcançar uma classe social mais alta. A nossa igreja tem juiz de direito, tenho 14 netos e todos eles formados, quatro médicos. Então essa penetração social, ela mudou a visão da Assembleia de Deus. Esse problemazinho do Marco Feliciano é muito mais de enfeite da mídia e um pouco de proveito dele.

Por que não enquadrá-lo [Feliciano]? Afinal está usando o nome assembleiano neste aproveitamento!

Às vezes, parece que ele está sozinho.
Nós temos por ele muita amizade e queremos o melhor para ele. Agora, não fomos nós que o indicamos para presidente da Comissão. Agora, já que ele está lá, vamos procurar dar um respaldo. Desde que também ele tenha um comportamento que não venha a comprometer a igreja.

Há algum tempo ele já faz isto.

Essa campanha [para a Convenção] é parecida com a de uma campanha política?
Infelizmente, é. Não era assim. Eu me recordo de quantas vezes eu me reunia com as lideranças da nossa igreja numa convenção, não tão grande quanto essa, e os candidatos ali e nós votávamos por aclamação e OK.


Tempos bons aqueles, não precisava de confronto… Por aclamação as coisas se resolviam. Depois que a representatividade aumentou… Vamos focar, então, a próxima eleição. Se só Samuel Câmara se apresentar, nós aclamamos!? Um dos amigos do presidente já disse que não há ninguém na AD com capacidade (vejam que indigência!) para confrontar o paraense. Como o Pr. José Wellington não poderá, regimentalmente, se candidatar, faremos a aclamação?

Link da entrevista na Folha de São Paulo

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