Assisti ao debate no SBT, quero formar minha opinião. O formato foi um pouco melhor que o da Band, mas o tempo continua curto. O horário de início não beneficiou aqueles que estão em trânsito. Os candidatos, como seria de esperar, partiram pra cima de Marina. Aécio dividiu a artilharia entre as duas primeiras colocadas. Luciana Genro com seu ar de Kenny G feminista e Eduardo Jorge sempre roubam a cena falando coisa com coisa. O jornalista Kennedy Alencar levou a pior com o candidato Levy Fidelix, o Catatau. E o pastor Everaldo mostrou-se mais uma vez despreparado para um cargo de tão grande envergadura.
Focando nos três mais bem colocados temos mais do mesmo. Dilma tenta ensinar a lição de casa, mas não convence mais ninguém. Joga números ao vento que se esmiuçados a fariam encerrar prematuramente a conversa. Aécio enfoca bem as questões, mas o debate é de outra natureza. Ele fica com cara de substituto educado de animador de festa infantil. E Marina é sonhática. Sonha, sonha e não diz muita coisa. É Dilma em sua versão mais ortográfica. Destaque para o momento em que usando elementos da velha política quis justificar sua nova. Um show às avessas.
Os verdadeiros problemas ficaram para depois. Os próprios jornalistas se limitaram a questiúnculas pessoais. Debate de mesa de bar. Nota-se que o SBT teve pouca culpa. É que no Brasil nessas horas o que interessa é o que não interessa, se me entendem.
Resumo da ópera: estamos perdidos.
Leio no Lauro Jardim: Assim como no debate da Band na semana passada (leia mais aqui ), o debate entre os candidatos a presidente que começou há 40 minutos não é exatamente um sucesso de público.