CGADB: o fim de uma era que pode acabar em escândalo!
Há quase trinta anos o pastor José Wellington Bezerra da Costa ascendeu ao poder da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. Era o início da terceira geração de pastores da maior denominação pentecostal do mundo.
Seus méritos são inquestionáveis. Em sua administração a CPAD se modernizou, tomou corpo e tornou-se a maior editora evangélica do País. No entanto, paralelamente a isso, também deixou de ser uma editora puramente confessional e voltada para o seu público pentecostal.
Longe disso, a CPAD tornou-se ambiciosa e resolveu ousar mais. Investiu em literaturas diversas caindo assim na armadilha da miscigenação religiosa.
Hoje, a CPAD está distante do seu público de origem e em pouca coisa se identifica com a etnia assembleiana de confissão arminiana.Temos nas prateleiras desta pomposa Casa Publicadora livros de origem: Calvinistas, Católicos, Filosofia Judaica, Auto-Ajuda, Superação, etc. Isso apesar de torna-la rica financeiramente, deixou-a pobre teologicamente.
Afora isso, não há registros de que esta administração tenha feito nenhum outro projeto para crescimento a nível Nacional. Pelo contrário, tornou-se viciada e preocupada apenas em se manter no poder e para isso, tem usado todas as suas forças, artimanhas e recursos para dele jamais sair. O prejuízo tem sido incalculável, pois uma administração estagnada e incapaz de dar passos adiante, sequer consegue fazer planos para desenvolvimento da própria instituição, quanto mais dos ministros associados que a compõem.
Como toda administração, seja ela pública, privada, secular ou religiosa, por melhor que seja carece de alternância, esta não seria uma exceção. A CGADB perdeu sua identidade de representante dos ministros e transformou-se em uma espécie de central de interesses da família real que a domina e de seus apoiadores. Afora este círculo elitizado privilegiado, ela é impenetrável para os demais interessados que dela espere algo.
Como não há discurso algum que não traga no seu bojo um interesse enrustido, o líder desta Era que prestes está a se findar especializou-se em fazer promessas fantasiosas aos incautos e acusações infundadas aos contrariantes de sua gestão para garantir sua estadia permanente, e tem sido bem sucedido em ambas as estratégias!
Mas afinal! Como terminará o ciclo de poder do pastor José Wellington Bezerra da Costa? Sua biografia será motivo de louvor ou vergonha? Terá ele formado líderes que tenham os traços de Jesus? Ele próprio traz em seu currículo algumas marcas do Cristo Santo? Até onde seus liderados, que se transformam em verdadeiros pitbulls, conseguirão blindar e passar à frente sua história como um líder exemplar? Qual será a imagem que dele ficará para a geração seguinte que lerão sua biografia escrita por historiadores de fora do seu convívio? Esta deveria ser uma de suas maiores preocupações.
Para finalizar, tomo por mais importante os últimos atos de um líder. Eles marcarão profundamente sua passagem como um vulto a ser estudado. E para tristeza de todos nós tudo indica que os gestos finais do pastor José Wellington Bezerra da Costa estão sendo lastimosos. Ele corre o risco de nem presidir sua última AGO como presidente. E se insistir pode até sair preso, o que será o pior escândalo de toda a história de nossa Denominação. Pior ainda é saber que se o for, não o será como inocente ou injustiçado, mas como um líder que fez por merecer tal sentença nos seu dias finais.
Sua vontade extrema de fixar seu filho no poder, a todo e qualquer custo, está apagando toda a sua trajetória de liderança. Tudo que pregou está sendo por ele mesmo desfeito. Sermões sobre ética, honestidade, santidade, vontade de Deus para seus servos e outros mais, parece terem sido esquecidos pelo maduro ensinador. O exercício do poder pode cegar, amnesiar, desfazer e mudar tudo conforme as circunstâncias. Aliás, o poder é circunstancial.
Oro para que o fim de uma Era não deseje ser tão rapidamente apagado pelos ministros de nossa instituição. Oro para que este líder, que se encerra por estes dias o seu chamado como presidente da CGADB, possa deixar um legado de paz e não de calamidade espiritual. Que Deus tenha misericórdia de nossa denominação! E que o pastor José Wellington Bezerra da Costa possa ser lembrado como um baluarte da fé, pois o contrário disso será constrangedor para um homem de sua idade e com a oportunidade ímpar que teve. Deus guarde e abençoe a CGADB.
Finalmente! Uma era se acaba sem transmitir esperança de dias alvissareiros. O nobre pastor talvez “não dê a Deus” a liberdade de escolher o novo líder que o sucederá. Seus planos são outros, e supõe ele que sejam os mesmos do Criador. Ele parece não ter lido a história de Moisés, de Josué, de Pedro, de Paulo e outros tantos líderes que Deus escolheu, usou e os conscientizou de que passariam, e que seu maior legado deveria ser o de glorifica-lo com uma vida de sobriedade, humildade, santidade e justiça. Se leu, parece não ter entendido como uma referência sine qua non para sua vida ministerial.
Seu legado nesse sentido, não influenciará líderes a imitá-lo, a desejar um episcopado como o dele. Se porfiar em manter esta visão atrofiada e oligárquica de poder, causará danos desastrosos na geração que se alvora nas Assembleias de Deus. A CGADB entrará numa nova era com profundas retaliações em seu corpo, com rupturas irremediáveis e incuráveis para um projeto de unidade. Que Deus o inspire em seus últimos atos, e que possa ser por ele encorajado para não fazer como Pilatos, que num ato de covardia, se omitiu de um dos principais deveres de um líder, o de praticar a justiça. Mas que ele seja tomado pelo Senhor para agir como Barnabé que era um homem bom e cheio do Espírito Santo e uniu muitos ao Senhor.
Certamente fazendo isto entrará para história como um líder que, no seu momento final, foi um promotor da paz. Assim espera e assim merece a CGADB, por ser uma instituição séria e reconhecida. Assim esperamos todos nós, ministros do Senhor, que fazemos parte dela é de sua história. Pastor José Wellington, a decisão está em suas mãos! Saiba porém, que por ela, Deus e a Nação Assembleiana o julgará.
Pr. José Verneques
Presidente da AD – Ministério Paulista
COMADESPE/SP
É bem verdade que a nossa convenção precisa de uma reestruturação, agora não era Samuel Camara que teria a honra de fazer isto! Ele sempre jogou rasteiro e não tem nada, nadinha de um assembleiano! A CGADB, não tinha outra opção menos ruin, do que eleger o filho no lugar do pai! Agora eu torço para que este Samuel Camara saia do nosso meio, funde a sua própria convenção, com separação de mulheres ao ministério, como ele queria implantar em nossa convenção! E que nas próximas eleições o filho, possa dar lugar a um novo lider honrado e separado por Deus, e que não seja apegado ao poder, que pense mais em servir do quer ser servido! Vou dar glórias a Deus, quando isto acontecer! E mas uma vez: Cãmaras, vaza do nosso meio, Você não ganhará nunca uma eleição da nossa CGADB!
Mas e se Deus estiver querendo mesmo a fragmentação do “império”?
Também é possível. Ou Ele já deixou de mão…
Irmão me esclareça um pouco a minha ignorância. Como a CPAD que se diz sem fins lucrativos e está ligada a própria Igreja não tem nenhum material disponível para ensino ou evangelização distribuído gratuitamente as pessoas. Porque são cobradas nossas revistas da EBD dos membros, alguns inclusive muitas das vezes que mal pode pagar. Quando olho para uma Instituição como das Igrejas Adventistas que oferecem uma infinidade de materiais para seus seguidores e dalém, confesso fico envergonhado. Diz que faz missão, mas qual missão? comercial?
É lamentável, meu prezado.