CGADB: balanço do primeiro ano da nova administração!
Analise conosco as mudanças ocorridas no primeiro ano da nova gestão da CGADB. O que mudou? As propostas do candidato eleito foram cumpridas? O que tem sido feito?
Prezados, 400 leitores, hoje se completam 365 dias de nova administração na CGADB. Sei que nem todos os leitores são ministros ou assembleianos, mas eu os prometi que acompanharíamos as ações da entidade. Aliás, exceto os filiados à Madureira e à CADB, o que é decidido pela alta cúpula da nossa administração afeta a todos nós.
É bom lembrar que a CGADB engloba a maioria dos evangélicos desta denominação. A ponto de estar sendo visitada até pelos presidenciáveis, como aconteceu esta semana, aqui em Recife/PE, durante reunião da Mesa Diretora da entidade com a participação de outros presidentes da região.
Como começamos esta análise? Bom, listamos todas as propostas de campanha do atual presidente, com um breve comentário sobre o que foi feito e ao final concluiremos com algumas das pendências históricas nacionais. Se algum dos leitores puder nos enviar ações sentidas no seu Estado, na sua Convenção, que são reflexos diretos da nova administração, não me deixe ser injusto. Ok?
Alguns dirão que ainda é muito cedo, mas eu quero lembrar que o atual presidente, como membro da alta direção da CPAD, outrora, e presidente da AD em Guarulhos, além de auxiliar do seu pai, que dirigiu a CGADB por décadas, tinha pleno conhecimento das necessidades da denominação e das engrenagens de funcionamento da Convenção Geral. Sendo extremamente qualificado para encaminhar as soluções que precisamos.
Então, vamos às propostas de campanha do atual presidente:
1) Debater a implantação de colégios assembleianos no Brasil
Situação da proposta: Nenhum colégio implantado! Claro que não se faz um colégio da noite para o dia, mas a esta altura um plano nacional já deveria ter sido esboçado se a intenção é cumprir a proposta.
O Pr. Douglas Baptista, do Conselho de Educação e Cultura, informa a primeira reunião agendada para 15/11/2017, em Palmas/TO, para preparar o PPP (Projeto Politico Pedagógico). Para esse objetivo foi criada a Secretaria Nacional de Apoio Pedagógico (Senap) da CGADB, embrião da discussão. Nos dias 13 e 14 de junho, nas instalações da Assembleia de Deus em Campinas (SP), os membros do Comitê Nacional reuniram-se para discutir o projeto de implantação do Colégio Assembleiano. Uma próxima reunião está agendada para 26/07/2018, também em Campinas/SP[1], visando a continuidade das discussões.
Eu até discordo da proposta. Essa cultura de gueto não costuma favorecer à Igreja (João 17:15). Temos que lutar é para termos mais professores evangélicos, universitários inclusive, para influenciar esta geração. Notícias dão conta que apenas 2,4% dos jovens brasileiros querem ser professores[2], virou profissão de risco e mal remunerada, mas é aí onde temos de influir.
Aliás, já deveríamos estar estabelecendo metas de jovens assembleianos nas universidades como um todo, para podermos influenciar as próximas gerações. Infelizmente, faltam números de quantos jovens já temos nestes núcleos de ensino, para podermos estabelecer nossos alvos. Por hora o certo é que não temos estatística confiável alguma!
2) Criação dos conselhos da juventude
Situação da proposta: Nenhum conselho criado! Nossa atuação universitária é fraquíssima. Recentemente, participei de uma grande atividade numa das universidades de nossa região, na qual há um trabalho maravilhoso com cultos, orações, devocionais, etc, mas sem a participação direta da AD. Note: temos lá jovens assembleianos, não temos representação institucional!
A não ser iniciativas isoladas, nossa juventude não recebe informações em congressos e eventos a eles direcionados, sobre temas da atualidade: aborto, homossexualidade, saúde sexual, ideologia de gênero, evolução, etc. Temos eventos fracos em termos de conteúdo teológico. Aliás, não fazemos nem ideia da qualidade do conhecimento teológico de jovens e adolescentes de nossas igrejas.
3) Calendário nacional das Assembleias de Deus
Situação da proposta: Nenhum calendário criado! Datas importantes passam em branco. Por aqui nem se falou do aniversário da AD, em 18/06/2018. Cada Convenção quer cuidar de seu próprio centenário e suas festividades interna corporis.
4) Benefícios aos ministros
a) Boletins periódicos para informação aos ministros
Situação da proposta: Nenhum boletim emitido! Pouquíssima informação no site da CGADB. Compare com o site da AD americana que tem 10% da quantidade de membros que alegamos ter [3].
Por outro lado, nenhum benefício anunciado. Ministros de todo o Brasil com quem converso não sentiram nenhum benefício direto ou indireto na atual gestão.
5) Construção de templos em lugares carentes
Situação da proposta: Nenhum templo construído! Um templo de 18×8 já coberto, em pré-moldado, custa cerca de R$ 30.000,00 por aqui, isso já instalado no lugar, as construtoras só cobram a cavagem dos buracos e o fornecimento de betoneira com material para os pilares. Mas há outras modalidades mais baratas ainda. Um por mês é plenamente possível para uma entidade do porte da CGADB!
6) Trabalhos de ação social em áreas carentes
Situação da proposta: Nenhum realizado! Um Brasil de necessidades em toda parte clama por algo institucional por parte da CGADB.
7) Fortalecer e impulsionar a CPAD
a) Novas lojas
Situação da proposta: Nenhuma nova loja aberta! A nova loja de Recife, na rua da Imperatriz, substituiu a da Dantas Barreto e havia sido iniciada na gestão anterior.
b) Abertura do espaço para novos escritores
Situação da proposta: Um novo escritor na atual gestão: Gutierres Siqueira, editor do blog Teologia Pentecostal[4]! Dos concursos literários ninguém fala. Não há fomento, a impressão é que prevalece o QI (Quem indica). No portal CPADNews permanecem os mesmos 12 escritores de que falamos aqui em 20/08/2016!
c) Novos eventos de abrangência nacional
Situação da proposta: Nenhum evento realmente novo! Mais do mesmo, infelizmente, num mundo em constante transformação.
8) Dinamizar os meios de comunicação
Situação da proposta: Lançamento do TV CPAD[5]! A iniciativa pretende ser um guarda-chuva dos conteúdos multimídia da Convenção Geral e se junta ao CPAD News e ao Movimento Pentecostal entre outros! O problema é que alguma coisa tem dado errado na audiência. Temo que as visualizações mensais no Youtube não cheguem a 5% do números de assembleianos brasileiros. Isso juntando todos os canais! Portanto, completamente irrelevante.
Para termos ideia do problema todo o noticiário da CGADB é repercutido num blog pessoal, do prezado amigo Tiago Bertulino[5]. Atenção! Nada contra o irmão Tiago, ele publica em seu blog o que quiser, é só uma questão de bom senso. Ele faz parte da equipe de jornalismo da entidade, mas há muito tempo o noticiário nacional deveria ser encaminhado para o portal da própria CGADB, quem quisesse linkar ficaria à vontade.
Pra piorar tudo os portais e sites das diversas Convenções nacionais não repercutem o material da CGADB. É o samba do assembleiano doido: cada um por si e Deus por todos.
9) Eventos que promovam a participação das famílias dos obreiros em AGOs
Situação da proposta: Nenhum evento do tipo! Enquanto isso a família desmorona e já há um número impressionante de problemas entre a própria liderança.
10) Reuniões da Mesa Diretora por região
Situação da proposta: Uma reunião realizada em Recife semana passada! Infelizmente, estas reuniões não são divulgadas no site da CGADB, muito menos os temas tratados. Nem para os ministros!
11) Metas Missionárias e Evangelísticas
Situação da proposta: Nenhuma meta implantada! Infelizmente, permanecem nossos grandes gaps[7]!
12) Combate aos modismos e desvios
Situação da proposta: Nenhum combate efetivo! Campeiam os modismos e desvios, inclusive em grande eventos dos quais os cardeais assembleianos participam.
Donde concluímos que a CGADB, infelizmente, ainda continua distante de seus ministros e de sua vocação! Um ponto positivo veio da participação do Conselho de Educação e Cultura no debate sobre o aborto no STF[8]. Anos atrás a entidade faltou ao debate sobre o aborto de anencéfalos. Desta vez, porém, marcamos presença com o ilustre Pr. Douglas Batista.
Repetimos aqui outras propostas que se juntam necessidades históricas, tais como:
- Criação de um manual de governança corporativa para as práticas contábeis, fiscais e financeiras de igrejas e convenções filiadas;
- Criação de um manual de transparência institucional a ser implantado nos próximos dois ou três anos;
- Avaliação dos estatutos de igrejas e convenções para o enquadramento legal de seus dispositivos;
- Nivelar e limitar salários e prebendas de presidentes, visando valores nababescos eventualmente pagos em determinadas igrejas e convenções, enquanto outros ministros nada ganham;
- Tomar posição contra o uso indiscriminado da marca Assembleia de Deus;
- Normatizar o reconhecimento de cartas e cartões de ministro que hoje ficam, discricionariamente, à mercê das Convenções. Em muitos casos ministros dentro de um mesmo Estado não são sequer apresentados, quanto mais considerados;
- Centralizar e atualizar os dados pessoais de ministros e suas famílias;
- Realizar um levantamento qualitativo de nossos membros, visando ações de cunho estratégico para a denominação;
- Criar formas de interação real com ministros do Brasil, através de telefonemas diretos via assessoria ou envio de e-mails com solicitação de sugestões e outras informações;
- Resolver, em definitivo, o problema das invasões de espaços geográficos, fazendo valer o artigo 9 do Estatuto Social da entidade;
- Criar uma ouvidoria que enquadre os pastores perseguidores. Não raro as vítimas ficam a mercê de si mesmas, sem ter um “CNJ” a quem recorrer;
- Criação de um programa estratégico de evangelização do Sertão, para suprir a necessidades dos vitimados pela idolatria, tanto quanto para prover o sustento de obreiros vocacionados, mas necessitados de ajuda;
- Atuar junto a contingentes como os venezuelanos e africanos que estão imigrando em massa para nosso País;
- Atualizar a home page da CGADB com dados relevantes para os ministros;
- Atualizar os dados estratégicos das Comissões internas;
- Tornar as comissões efetivas em sua área de atuação;
- Criar uma rede de assistência social para ministros mais necessitados;
- Promoção de um ENEM teológico para atacar as regiões (estados, cidades, bairros, localidades) com maior defícit de conhecimento teológico;
- Inibir grandes eventos nos quais modismos são amplamente veiculados, sem que haja uma oposição institucional;
- Produção de vídeos de repercussão em datas comemorativas como Páscoa, Natal, Ano Novo, Dia das Mães, Dia dos Namorados (Por que não? Que dia melhor para combater a ideologia de gênero?), Dia dos Pais, Data de Fundação da AD, Dia da Bíblia, etc;
- Veiculação DIÁRIA de uma mensagem institucional da CGADB para todo o território nacional, se possível, com o impulsionamento via redes sociais (com R$ 10.000,00 mensais é possível alcançar 3 milhões de pessoas a cada mês o que é mais barato que um programa de TV veiculado uma vez por semana!)
Ressaltamos aqui que não temos a intenção de denegrir a nova administração. Estamos interfaceando um relatório para nossos leitores e teremos todo prazer em divulgar ações que forem levadas a efeito. Costumamos ter coerência com isso. O que nos motiva é sermos tão grandes e, ao mesmo tempo, tão desarticulados.
[1] http://www.cpadnews.com.br/assembleia-de-deus/44632/conselho-de-educacao-e-cultura-da-cgadb-discute-rede-assembleiana-de-ensino.html
[2] https://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,so-2-4-dos-jovens-brasileiros-querem-ser-professor,70002364548
[3] https://ag.org
[4] https://teologiapentecostal.blog
[5] www.tvcpad.com.br
[6] http://www.tiagobertulino.com.br
[7] http://www.daladierlima.com/prioridades-em-missoes-no-brasil
[8] http://www.cpadnews.com.br/assembleia-de-deus/44426/cgadb-participa-de-audiencia-publica-e-se-posiciona-contra-a-descriminalizacao-do-aborto.html
Lamentável, também não me coloco na posição de Juiz para dar uma sentença nesse caso, mas isso só está refletindo que temos um gigante, que apesar das pernas longas, caminha a passos curtos, sua altura possibilita-lhe ver ao longe, mas míngua e com dificuldade enxerga as que estão perto. Não fosse nossa confiança na providencia de Deus para com sua igreja, já estaríamos tendo que alugar espaços para realizar nossos cultos, pois a situação atual de muitos ministérios causaria o fechamento destas que exitem.
Amado,suas críticas,se é que podemos chamar assim,são construtivas,e tudo isto é visando o bem da nossa querida AD! O que não pode é o nosso presidente,que para poder ganhar a eleição, usar os mesmos artifícios dos politiqueiros brasileiros: Prometer o céu e a terra, o que seria uma vergonha e motivo de renuncia do cargo! E para ser sincero,eu quase não visito os sites da CPAD,eles tem medo dos comentários e não querem saber o que pensam os assembleianos.Esqueceram de aprender com o mestre Jesus,que se preocupou em saber o que as pessoas pensavam acerca dele. Mt. 16:13.
Pois é! Uma denominação tão grande e influente não pode permanecer com tamanha desarticulação, falta de planejamento estratégico e, sobre tudo, falta de fiscalização/transparência/unificação.
Infelizmente assim como os políticos secular estão fazendo promessas e não cumprindo, da mesma forma está acontecendo com os nossos líderes…
Afinal para quê serve a instituição?
Muita falta de oração, planejamento, e de pedir direção a Deus para tomar certas atitudes, ai está a situação posta aos nossos olhos. Isso é triste.
Não querem saber da ajuda do mestre Jesus.
Falta muita coisa ainda…
Muitos da CGADB poderiam pedir aulas de administração eclesiástica aos Adventistas.
Em diversos aspectos estão dando de 7×1.
A começar pela educação!
Concordo com ponto de vista de que são necessários mais professores evangélicos pois os mestres influenciam ainda que indiretamente, porém a massa de jovens que chegam as universidades são confrontados com 1000 de diferentes possibilidades o que deixa quem não esta firme abalado.
Melhor coisa foi a fundação da CADB. Quem não teve coragem de sair continuará aceitando essa ditadura eclesiástica.
Nossa, a idéia do colégio seria bom, algo que penso direto e um sonho a ser realizado, que é possível sim, mas como o prezado Daladier falou, esse projeto precisaria de melhora, tudo isso em reuniões se decidia através de votação, no melhor projeto, espero que antes de a igreja ser arrebatada isso aconteça, pois anseio muito pra estudar institucionalmente Teologia é ter um Diploma reconhecido pelo MEC, mas não tenho condições, é “salgadinho” o preço de um curso teológico nas instituições privadas, em relação ao diploma, poderiam até cobrar uma taxa para obtermos o certificado, mas o curso deveria ser integralmente gratuito, isso só faria com que a igreja, principalmente os jovens que tem esse mesmo anseio de ingressar num curso teológico, realizasse seu sonho.
#Orando_e_jejuando
Prezado Pr. Daladier,
É difícil acreditar que mudanças importantes, prometidas com tanto vigor nos momentos decisivos de uma eleição para obtenção de poder, serão cumpridas.
Pois, se aparentemente não é discutido, ou levado ao diálogo certas situações entre convenções / igrejas do mesmo estado que “se detestam”, para que exerçam a prática do perdão mútuo e chegarem ao menos a uma situação de ‘aceitação, quem dirá cumprir promessas tão importantes e de peso local e nacional para nossa AD no Brasil?
Tem coisas que as vezes parece faltar fé para vermos se cumprir. Não a fé em Deus, mas a Fé nas promessas de campanha nas tão conturbadas eleições.
Sigo orando, mas observando o comportamento dos presidentes de convenções no relacionamento entre interpessoal entre si e em seus púlpitos…
Quero ganhar os livros da promoção de aniversário do blog.
o nome disso se chama “falta de liderança”.
Excelente análise sobre o cenário da convenção , mas infelizmente vai continuar da mesma forma .
Excelente resumo porém infelizmente não mudará os resultados através dessa gestão na CGADB só foi promessas eleitorais.
A paz do Senhor meu pastor!!! Pois bem, o lado institucional da igreja está aparentemente eivado de politicagem da mais terrível, na qual os mais diversos interesses estão em jogo e a busca competitiva e predatória por uma única palavra torna-se escancarada, O PODER. Eis o mote dos vários conflitos existentes no dito meio religioso no qual hoje prevalece o lado humano/politico, em detrimento do lado espiritual, e às vezes me indago: Até onde pode-se chegar nessa busca?
É muito triste saber que os anos se passaram mas nada mudou na CGADB e estão perdendo a oportunidade de prestar um contribuição para obra de Deus construindo igrejas no sertão