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Burrice global ou estratégia?

Almoço, ontem, com família comemorando aprovação no vestibular de uma das filhas. Na TV, Regina Casé. Nosso programa é multireligioso, as grandes guerras, no fundo, foram causadas pela religião. Aqui somos da paz, etc, etc. Está aqui o Talles (aquele rapaz que não está interessado em cantar para evangélicos, diz que nem mesmo sua música é evangélica), o rabino David Weltman, Carlinhos Brown, Clareou, etc. Numa clara demonstração de ecumenismo religioso, de confluência. MAS, não se anime. Saracoteia pra lá e pra cá. Resultado: enquanto estávamos almoçando, coisa de 30-40 minutos, 80% da programação ligada ao candomblé.

O rabino se limitou a dizer que foi visitado por Regina Casé. Assim, ele se sente incluído. Thalles, no caminho de sua descaracterização total (eu já vi esse filme com o Catedral), já é da turma desde criancinha. Cantou aquilo que nas igrejas se chama corinho, de tão pouco tempo que gastou. Os demais dispensam apresentações.

Os bobinhos esquecem que a Globo SÓ pensa em faturamento. Aliás, todas as emissoras. Se a emissora global puder contar com alguns inocentes (não tão) úteis, melhor pra ela. Este espaço que eles dão é como uma concessão. Nós não merecemos, eles é que demonstram grandiosidade. Entenderam? A Globo passa um Carnaval todo transmitindo enredos consagrados aos orixás e aprovados por eles. Os apresentadores abrem programas falando axé. As missas católicas possuem horário fixo na programação dominical. Para nós sobram migalhas! Quando é que vocês ouviram no JN que monges budistas perseguem cristãos em Mianmar, Sri Lanka ou Birmânia? É sempre aquela imagem de paz e harmonia propagada pelos artistas budistas da emissora.

Por fim, está rolando na web um filme que deveria ser visto por todos. Vejam a tolerância da emissora com as opiniões contrárias. Essa entrevista passou na grade? Respeito à divergência nos olhos dos outros é refresco:

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