Além de toda pressão da eleição em Brasília, na próxima semana, tem um probleminha que eu não tinha percebido até uma entrevista de Feliciano dada ontem à Folha. Ele aguarda o apoio maciço de 24.000 pastores à sua causa. Perguntado de que forma os evangélicos estariam se mobilizando para apoiá-lo, foi enfático:
– Daqui a duas semanas, 24.000 pastores estarão aqui em Brasília…
– Eles estarão lhe apoiando? – pergunta o repórter
– Sim, eles estão me apoiando.
Se a CGADB quiser fugir vai ser fustigada por deixá-lo ao sol. Se apoiar engolfa a polêmica. Os holofotes, por óbvio, não interessam à CGADB por conta dos percalços da eleição. A imprensa, agora, estará de olho para saber se nas reuniões e plenárias alguém irá declarar apoio a Feliciano. Vai que um radical xiita dá uma entrevista bombástica. Não estou dando ideia, mas qualquer suspiro será levado em conta.
Colateralmente, todos os passos da eleição estarão sendo acompanhados com lupa, tudo que muitas pessoas não queriam. E ainda tem as passeatas dos simpatizantes do movimento gay. O correto seria mudar o local da eleição, pois não há momento mais crítico. Porém, a esta altura é simplesmente impossível.
A coisa tem potencial explosivo.
Se já não haviam problemas…
A entrevista está aqui.