O Brasil sai de mais uma crise. Muitos ignoram que democracias amadurecidas experimentaram problemas e rupturas semelhantes. A diferença é que tais países aprenderam com suas crises, ou seja, amadureceram. Nós também podemos fazer o mesmo se estivermos de olhos na solução dos nossos problemas.
Confesso que não ia voltar a este assunto, mas sou obrigado em grande parte pelas opiniões distorcidas que leio aqui e acolá. Nós podemos sim fazer algo a respeito. Do ponto de vista humano, os evangélicos brasileiros podem:
1) Participar em massa do processo político, nosso alheamento só produz as circunstâncias ruis nas quais sofremos juntos. Vivemos numa democracia, sem política nada funciona. Repito: é a política, o diálogo, a negociação altruísta ou o arbítrio e a imposição. Cuidado para não confundir com politicalha, que é o que comumente vemos sendo praticada no Brasil. Lembre-se: o problema não está na política, mas na política que praticamos no Brasil!
2) Encucar que é o seu voto que muda a situação de descalabro em que vivemos! Se nosso País é democrático, regido pela convivência política, com eleições periódicas, não há outra alternativa. Tem um corrupto em Brasília ou no seu Estado? Ele está lá porque alguém o elegeu! Se não foi você, foi seu amigo, seu irmão, seu vizinho. Todos chegaram aos seus postos através do voto! Claro, claro, há votos comprados. Alguém que trocou por uma dentadura, duzentas telhas, mas não deixa de ser um voto. Este comportamento só produz políticos de má qualidade. Que ninguém reclame depois!
3) Informar-se com mídia de qualidade, livros em primeiro lugar. Aprenda e habitue-se a ler. Pesquise sobre a História dos países que deram certo. Pesquise sobre os problemas históricos do Brasil. A arma da sociedade é a informação. Sem informação não há solução. Quantos de nós sabíamos que pagamos 29% de ICMS na gasolina em Pernambuco, por exemplo? Eu não sabia! Pensava que era os 18% habituais para a maioria dos produtos, o que não deixa de ser um escárnio diante dos 12% pagos pelos ricos Estados do Sul/Sudeste!
4) Desapegar-se do Estado. Quanto mais dependemos dele, mais ele incha e nos atrofia. A greve dos caminhoneiros , ao menos num primeiro momento, demonstrou que importante é o trabalhador. É a soma dos indivíduos que permite movimentar a economia. Estado não produz riquezas, administra. Quanto menor, melhor! Encaixe a palavra privatização na sua cabeça! Ruim ou boa, sem ela não teríamos, por exemplo, um telefone celular comprado numa feira livre! Hoje temos 151 estatais que consomem bilhões em recursos que deveriam ser aplicados no tripé: saúde, segurança, educação, o foco do Estado! E isso sem contar as estatais dos Estados e municípios!
5) Eleger políticos outsiders, pessoas de fora do sistema que hoje infesta o Executivo e o Legislativo. Jamais envolvidos com os esquemas de corrupção já conhecidos. O Google facilita essa pesquisa. Procure lá o nome do seu “pretenso candidato” + “corrupção” ou “Lava Jato”. A solução ideal é que não reelegêssemos ninguém! Por outro lado, cuidado, com candidatos sem propostas. Oportunista é o que não falta!
6) Esquecer candidatos à presidência que não pregam a diminuição do Estado imenso que temos, que ameaçam os valores cristãos, que ignoram a altíssima carga tributária, que apoiam os corruptos de sempre e se aliam com eles! Com mais do mesmo nunca iremos amadurecer! O Brasil vai permanecer sem solução sem não fizermos a nossa parte!
7) Orar e agir! Deus não vai votar por você. Ele pode orientá-lo, mas lhe deu inteligência para escolher. Muitos pensam que religião e política não se misturam, mas um Governo não se faz apenas fora da Igreja. Nós não somos de Marte, também sofremos os impactos de nossas escolhas políticas! O problema é que hoje se mistura a politicalha (lembra dela?) com a Igreja. Aí se fazem conchavos, jogadas, se ganham benesses pessoais, etc. A Igreja não pode viver da política, nem do jogo político, muito menos da antiética politicalha, mas pode participar com isenção do processo político tomando as decisões certas e tornando seus membros conscientes dos seus deveres!
Vou ficando por aqui…
Não esqueça de ler: Oito mentiras que se contam na Igreja sobre política e eleições!