A síndrome do Já que!
…hoje não é culto de festa…
…não há nenhum cantor convidado…
…é aniversário de algum orgão…
…não é aniversário de algum orgão…
…é culto de oração…
…não é culto de oração…
…é culto de doutrina…
…não é culto de doutrina…
…o solista hoje não sou eu…
…não estou escalado…
…não sou eloquente…
…estou rouco…
…não tenho uma boa voz…
…não sei tocar um instrumento…
…marcaram a pelada para a mesma hora…
…é a final de um campeonato…
…é o final da novela das oito…
…o Fantástico está com uma reportagem diferente…
…é o dia do meu aniversário…
…é o dia do aniversário do meu filho…
…sábado foi o dia do meu aniversário…
…semana passada foi o aniversário da minha filha…
…é o dia do aniversário da minha mãe…
…é o dia do aniversário do meu cachorro…
…morreu o meu gato…
…está calor…
…está frio…
…comprei um panetone e quero experimentar…
…marquei a Ceia de Natal para esta noite…
…minha Bíblia está mal conservada…
…trabalhei a semana toda, folguei sábado e hoje é domingo…
…foi feriadão desde sexta…
…meus amigos viajaram, menos eu…
…vou viajar na terça…
…perdi a eleição…
…ganhei a eleição…
…não deu tempo do penteado ficar pronto…
…arrumei um namorado…
…não arrumei um namorado…
…noivei sábado…
…casei há um mês, ainda estou em lua de mel…
…estou no Facebook…
…estou lendo um bom livro…
…estou assistindo um bom filme…
…estou sem dinheiro para a oferta…
…não fiz uma roupa nova…
…não tenho um sapato novo…
…não tenho com quem ir, apesar de morar perto…
…não posso ir à Igreja hoje!
É a síndrome do Já que, cujos sintomas são os mais diferentes possíveis. O diagnóstico é um só: apatia, indiferença, muitas vezes pecado. Uma geração abençoada agora não quer mais cultuar. Domingo à noite? Pizzaria, jantar beneficente, papo com os amigos, comemorações. Pela manhã? Pelada, sono até as 11:00h, passeio ciclístico. Que Deus nos proteja com seu sangue, para que pequenos motivos não nos impeçam de ir ao culto. Alegremo-nos ao ir à casa do Senhor, como disse Davi. É o pouco que nos restou.
Graça e Paz!
A questão é tão séria, que já está difícil, senão impossível, de resolver. Temos aí uma “geração da promessa” (desde crianças até os velhos), mas que não ama mais igreja. Dois cultos por dia… nem pensar. As desculpas são inumeráveis, ou como escreveu, “os sintomas são os mais diferentes possíveis”, mas vejo que o que está faltando é a motivação fundamentada na Palavra. Uma geração que é doutrinada gospelmente, dificilmente terá sua motivação fundamentada na Palavra. Os irmãos depois de terem estado com Cristo, após a ressurreição e ascensão, saem motivados para ir ao templo, e lá “continuamente bendizerem a Deus” (Lucas 24:50:53), e o que os motivou foi terem estado com o Mestre, terem o entendimento aberto para entender toda a Verdade, e terem recebido a benção do Mestre, e terem a promessa do alto; Paulo mostra que a motivação para uma vida de serviço, de sacrifício e adoração a Deus são “as compaixões de Deus” (Romanos 12:1ss). Ou voltemos para a Palavra ou continuaremos em um declínio veloz! “Quando vier o Filho do homem, achará fé na terra?”