Prezados trinta leitores, voltamos a este tema tão importante: A Reforma Protestante. Não com o intuito de comemorar tal data. Afinal ela já passou, já é história. Em minhas redes sociais procurei repercutir tal comemoração. Existem coisas como o aniversário de casamento que você não deve esquecer, remendar é mais difícil. Há, porém, outras questões a serem analisadas.
Ontem, estive numa classe de 18 pessoas, todas evangélicas, maioria assembleiana. Mas havia outras denominações… Só por curiosidade perguntei: “Sua igreja fez menção da Reforma Protestante durante a semana ou no último domingo?”. Recebi um unânime: Não! Já abordamos aqui, várias vezes, a triste indiferença eclesiástica quanto a temas chave. É o mesmo no Dia da Bíblia. Infelizmente, mais uma leva de pessoas vão encerrar o ano sem nada saber dos acontecimentos de 31/10/1517. As teorias sobre as razões que levam a isso são as mais diversas: não retorno financeiro, ignorância, denominacionalismo (como se tal igreja fosse a única igreja da História) e por aí vai.
Na quinta participei de um debate da Semana da Consciência Evangélica, cujo tema era “Que Igreja somos nós?”, promovida na cidade de Abreu e Lima/PE. É uma das cidades do Brasil onde há o Dia do Evangélico. Também é a cidade mais evangelizada do País. Trouxe alguns dados relevantes. Somos 40,47% da população da cidade, 38.218 pessoas, conforme o Censo 2010. Mas há muito pouco a comemorar. Acreditem, no debate não mais que 40 pessoas estavam presentes. A organização me informou que todos os líderes da cidade foram convidados, mas a maioria não foi nem mandou representante. O que compensou foi a atenção e a participação dos que ali estiveram.
Precisamos de uma nova Reforma Protestante, a alienação quanto à data é um excelente indicativo disto. É muito oba oba e pouca ação. Os números estão tisnando nossa visão da realidade e isso é muito perigoso. Com muitos líderes evangélicos ocorre exatamente o que aconteceu naqueles dias evocado pela comemoração. Acúmulo de poder, riqueza, ostentação, pouco fervor, ausência de milagres, mundanismo. Só para citar algumas coisas.
E aí? Sua Igreja comemorou a data?
Aqui a pequena série de slides apresentados para municiar o debate: