Primeiro a reportagem do Notícias Cristãs:
A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, disse nesta segunda-feira que os ataques às religiões de matriz africana chegaram a um nível insuportável. ‘O pior não é apenas o grande número, mas a gravidade dos casos que têm acontecido. São agressões físicas, ameaças de depredação de casas e comunidades. Nós consideramos que isso chegou em um ponto insuportável e que não se trata apenas de uma disputa religiosa, mas, evidentemente, uma disputa por valores civilizatórios’, disse ao chegar ao ato lembrando o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo.
Quando Nelson Jobim quis cutucar os petistas, na festa de FHC, citou Nelson Rodrigues: “Ele dizia que, no seu tempo, os idiotas chegavam devagar e ficavam quietos. O que se percebe hoje, Fernando, é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento”. Disto isto, entendemos porque uma ministra sem nenhuma expressão, que não fez nada relevante a favor dos negros busca um confronto com os evangélicos para se manter na crista da onda.
Como ela gostaria que os crentes quebrassem um terreiro!? Aliás, não apenas ela, mas diversos ministros, como os dez leitores do blog sabem (coloquem Maria do Rosário na pesquisa). Assim teriam a oportunidade de aparecer. A fala indecorosa, num contexto em que a CGADB apenas pensa eleições, passa despercebida. Deveria ser alvo de repúdio. Ela esquece, por exemplo, que também é ministra dos negros evangélicos. Quando a sociedade, ela, inclusive, ainda patinava no quesito, Pernambuco tinha um líder negro do quilate do Pr. José Leôncio. A convenção que ele coordenava até ser jubilado foi alvo de uma ação sórdida promovida contra os evangélicos em geral, com o concurso do Ministério Público e de inúmeras entidades de matriz africana. Infelizmente, nossas autoridades evangélicas nada conhecido fizeram no quesito. Se uma reclamação desta natureza chegasse ao ministério nem recebida seria.
Quantos pais-de-santo foram agredidos por um evangélico? Quantos terreiros foram depredados por um pastor pentecostal? É verdade, e aqui está a zanga da ministra, há muitos deles que estão se convertendo, no livre exercício de seu direito de ir e vir. Ela joga as estatísticas e as palavras são tidas como verdade. Curioso é que neste momento a cristofobia cresce no mundo e esta senhora dá a sua contribuição idiota!
Por oportuno, registrei um pedido de informação à SEPPIR, com base na Lei de Acesso à Informação, 12.527/2011, com o seguinte teor (eles terão 30 dias para retornar):
Prezados Senhores,
Li no noticiário que a ministra Luíza Barros, participando em ato na cidade de São Paulo, no dia de ontem, 22/01/2013, mencionou que as denúncias de agressão religiosa estão crescendo. Segundo ela “são agressões físicas, ameaças de depredação de casas e comunidades”.
Como líder religioso gostaria de ter acesso às denúncias recebidas por esta Secretaria. Quantas foram? Originadas aonde? Em que circunstâncias? Quem foi agredido? Em quais localidades? Em que cidades estão se dando as ameaças de depredação de casas e comunidades?
Agradecemos a presteza e o atendimento à Lei 12.527/2011.