Olhem para José, naqueles dias alquebrados no cárcere depois de ser acusado de assédio à mulher de Potifar. Ou observem-no de um lado a outro daquele fosso em que foi jogado por seus irmãos. Ou, ainda, enquanto se encaminha para a jaula dos ismaelitas. Não havia sorriso, somente resignação. Dois longos anos se passaram desde que o copeiro teve a interpretação de seu veredicto. Eram dias em que José acordava gigante e dormia formiga. Cada espera dando com a porta na cara, voltava sempre à mesma prisão, embora houvesse achado graça aos olhos do carcereiro.
Mas já era próspero (Gênesis 39:2). E esta afirmação em meio às privações que o assombravam é maravilhosa. Por um lado estar no centro da vontade de Deus era uma benção singular, por outro, o Senhor sabia o que José seria. E era com ele! Nas lutas da vida é difícil admitir esta verdade. Quantas vezes choramos desesperados (e Deus consente, somente para aliviar a pressão do alongamento da prova), com Ele bem ali do lado? Podemos sentir sua mão, mesmo naqueles vagos horizontes sem rumo aparente na vida, repetindo em nossos ouvidos: O que faço agora tu não sabes, mas saberás depois!
E tem coisas que Deus nunca dirá. Pormenores que quiça serão revelados naquele dia em que tudo será pleno e perfeito. É a fé que nos move, amanhã será um novo dia. O dia em que a vitória chegará!