Todo trabalho bem desenvolvido precisa de um objetivo. Ouço de trabalhos mal feitos, mal elaborados, com resultados negativos, especialmente os eclesiásticos. Isto não é bom, nem recomendável, muito menos bíblico. Temos rejeição a metas, mas são elas que norteiam os bons trabalhos do mundo secular (dele só queremos o bônus: dinheiro, poder, influência pessoal, reconhecimento, fama, nessa ordem). O problema é que na hipótese de não as alcançarmos os culpados serão identificados. E todos fogem disso.
Por exemplo, queremos ganhar 500 almas em um ano! Se uma igreja não alcançar tal objetivo, sobrarão culpados: Quem não orou? Quem não evangelizou? Quem não se esforçou o suficiente? Quase ninguém quer assumir a responsabilidade, em parte do fracasso ao menos. Mas há o outro lado da questão: uma meta permite uma análise. Se não há meta, não há reflexão. Fica mais fácil esconder as incongruências de uma liderança. Paulo disse: Prossigo para o alvo… (Filipenses 3:12)! Só quem já tentou usar um arco e uma flecha sabe o trabalho que dá. Preferimos a indolência e o comodismo, enquanto empurramos com a barriga.
Jesus definiu este cenário da seguinte maneira: “Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles (Mateus 7:12)”. Então, usando um exemplo micro, se um adolescente não aprende na sala da EBD, o culpado sou eu! Talvez, eu não tenha uma aula atrativa e deva ir atrás dos recursos para tal. Talvez, esteja falando rápido ou devagar demais. Enfim, não posso apenas jogar a responsabilidade sobre ele. Esta é a parte fácil da história. Você também ficou com a sensação de que alguma coisa está errada no cenário evangélico? Ou fui eu que perdi alguma aula!? Anotem aí: A organização, a metodologia, a definição de objetivos se aprimoram com a prática. São itens que causam repulsa à maioria de nossos líderes.
Conclusão: Não assumir culpas é um sintoma da crise de liderança eclesiástica do nosso tempo!