Desmascarando a fábrica de números do aborto!
Analise conosco um dos falsos números sobre o aborto no Brasil. Veja como a falácia tem sido utilizada para induzir as pessoas a acreditarem que é um problema de saúde pública.
Prezados leitores, vamos falar sobre os números mentirosos do aborto no Brasil? Vocês sabem que a proposta do blog é que nossos leitores reflitam sobre os assuntos apresentados. Pois bem vamos mergulhar um pouco nos números do aborto do mundo, para tentar mostrar como a numerologia dos defensores do aborto é mentirosa.
Mas nosso tempo é curto. Não podemos nos debruçar sobre todos os números apresentados. Vamos focar no incrível número de procedimentos abortivos clandestinos. Diversas ONGs, partidos e interessados arredondam o número para 1 milhão. Guarde esse número: teríamos um milhão de abortos clandestinos por ano!
Um milhão? Como assim? Esse número procede? Há diversas maneiras de provar que é uma mentira deslavada, repetida aos quatro ventos, mas nós vamos usar um critério interessante. Acompanhe comigo…
Vejamos alguns países onde o aborto é legalizado e a quantidade de abortos por ano. Tomemos primeiro um exemplo sul-americano: o Uruguai. Para ser adotado se divulgava o número de 55.000 abortos clandestinos. Resultado, o aborto foi legalizado em 2012 e desde então a prática cresceu 37%. Porém, ano passado (2017) se fizeram 8.930 procedimentos do tipo. Ou seja, num país de 3,444 milhões de habitantes se aplicássemos esta mesma proporção ao Brasil, com seus 207,7 milhões de habitantes, teríamos cerca de 540.000 abortos. A metade do número mentiroso.
Mas vamos ser generosos com os apoiadores. Tomemos o caso dos EUA. Estima-se que ocorram cerca de 1 milhão de abortos por lá (em 2013 foram 664.335). É uma nação bem mais promíscua que a nossa. Não esqueça, porém, um dado importante: os EUA tem 325,7 milhões de habitantes. Novamente, aplicando a proporção teríamos algo em torno de 637.700 abortos. Trocando em miúdos: (1 milhão ÷ 325,7) x 207,7 = 637.703. Portanto, bem longe dos alegados 1 milhão de abortos clandestinos no Brasil.
Quem mais poderia chegar perto desse número fantasioso seria a Rússia. Em 2014 ocorreram 881.337 abortos em solo soviético. Na França ocorreram em 2014, 212.983 abortos*. Tomando-se a população francesa de 66,9 milhões, e aplicando a proporção ao quantitativo brasileiro teríamos: 661.000 abortos. Lembrando que esses números estão caindo por toda parte.
Outro dado importante é a quantidade de mulheres vítimas de aborto espontâneo. Infelizmente, os dados do próprio Ministério da Saúde não distinguem se o aborto foi espontâneo ou provocado. Nem há dados recentes. Em 2013 morreram no Brasil 523.195 mulheres, sendo 66.790 em idade fértil. Os óbitos maternos (mulheres que morrem em decorrência da gravidez, parto e puerpério) correspondem a 1.686! Sem contar que esse número de mortes totais (523.195) se refere a todas as causas.
Uma coisa é imaginar que as mulheres estariam mais vulneráveis por conta da grande quantidade de abortos clandestinos. Outra coisa estipular um número mentiroso, brandi-lo aos quatro ventos e nos fazer de bobos!
Clicando aqui você vai ver quantas reportagens alardeiam este número mágico. E aqui você terá mais números para pensar a respeito do assunto.
* Vejam como as colocações desse pessoal são semelhantes: “Um milhão de mulheres abortam todos os anos na França. Elas abortam em condição arriscada por causa da clandestinidade a que são condenadas, ainda que essa operação, se praticada sob supervisão médica, seja muito simples. Silenciamos sobre esses milhões de mulheres. Declaro ser uma delas. Declaro ter abortado. Da mesma maneira que demandamos acesso livre aos métodos contraceptivos, nós pedimos o aborto livre” Manifesto 343 – Simone de Beauvoir
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