Conhecendo a armadura de Deus
Conhecendo a armadura de Deus é o tema da 9ª lição. O comentarista irá analisar como é importante saber que armas temos à disposição. Vem comigo!
Prezados leitores, chegamos à nona lição do trimestre. Desta feita falaremos sobre o tema: Conhecendo a armadura de Deus. O objetivo da lição é detalhar algumas das armas à disposição dos salvos e sua aplicação. Ainda que sejam metáforas, ilustram muito bem a batalha espiritual que é travada a todo momento. O texto da lição virá em azul e nossos comentários em preto.
Texto Áureo
“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.” (Ef 6.13)
Esse versículo é muito mais complexo do que parece a princípio:
- O apóstolo tinha em mente os soldados de seu tempo. Eram, via de regra, homens preparados para a batalha, que recebiam um longo treinamento desde bem jovem. Aliás, ser soldado era parte da cultura grega e romana, sendo alvo de honrarias e condecorações. Ou seja, não havia como dissociar a luta do dia a dia dos cidadãos gregos. Eles viviam prontos para lutar a qualquer momento. O estado de guerra era latente;
- A armadura era provida pelo Estado ou quem o representasse. Haviam soldados que não se separavam em momento algum de sua armadura. A ponto de alguns restarem marcados profundamente pelo uso diário e outros dormirem com ela. Ou seja, a partir do momento em que alguém se tornava soldado, a armadura era parte de seu corpo;
- A armadura não significava proteção automática. Era preciso ao soldado saber manuseá-la, utilizando-a em benefício próprio. De nada adiantou a Davi (I Samuel 17:38,39) vestir a armadura de Saul. Não era nem uma questão de usar a armadura de outro, isso podia ser comum em tempo de economia e disponibilidade limitada de soldados, a questão era treinamento mesmo. Por outro lado, de nada adiantou a Golias, uma couraça de sessenta quilos de bronze ou um capacete que deixava desprotegida a testa!
- Nem todos tinham a mesma armadura. Num campo de batalha que privilegiava a infantaria o escudo era indispensável, mas aos arqueiros restava a proteção dos muro do castelo (muito boa por sinal) e uma espada leve para o caso de invasão. Por outro lado, as armaduras foram sendo melhoradas tecnologicamente com o passar do tempo. Por isso, nem sempre imagens com esta acima representam adequadamente um dado soldado;
- Armadura boa é aquela que permite ao soldado sobreviver à batalha, firme e de pé. Não à toa Paulo está visualizando um soldado bem vestido com sua armadura, em combate e vencedor ao final. Nosso conhecimento, espiritualidade e experiência devem ser bons o bastante para nos permitir vencer e ficar firme ao final;
- Por melhor que fosse a armadura, nem sempre garantia que o soldado sairia incólume da batalha. Vez ou outra ficavam marcas em seu corpo, um machucado, um corte, uma cicatriz, que fortaleciam o caráter do soldado e o habilitava a postos mais desafiadores.
Usando este contexto Paulo nos incentiva a tomarmos a armadura de Deus. Está à nossa disposição, como dissemos anteriormente, não temos alternativa senão nos apressarmos. Automaticamente, ao aceitar a Cristo nos tornamos inimigos das trevas. Se não estivermos preparados seremos presas fáceis. O aoristo (tempo verbal grego) do verbo ἀναλαμβάνω (Lê-se, analambanô) denota a prontidão do soldado que sabe, de forma instintiva, depender de estar adequadamente trajado para travar as batalhas da vida.
Verdade Prática
A metáfora do sistema militar, usada por Paulo, mostra que estamos em guerra no mundo espiritual. Estejamos, pois, cingidos com a armadura espiritual!
Leitura Diária
Leitura Bíblica em Classe
Efésios 6.13-20
13- Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
14- Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça,
15- e calçados os pés na preparação do evangelho da paz;
16- tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
17- Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espirito, que é a palavra de Deus,
18- orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espirito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos
19- e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho,
20- pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar.
Objetivo geral
Conscientizar que é a vontade de Deus que sejamos revestidos de toda a armadura espiritual.
Deus não colocaria tais dispositivos a nosso dispor sabendo que não seriam necessários ou não deveríamos usá-los. A armadura espiritual não é apenas necessária, como um opcional de veículo, ela é essencial para vencermos a batalha contra o mal! Infelizmente, muitos de nós não as conhece ou dá de ombros.
Objetivos específicos
I- Mostrar a guerra e seu sentido metafórico;
A metáfora é uma figura de linguagem que consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma relação real. Circunstancialmente fazemos uma associação e depreendemos entre elas certas semelhanças. Assim, nesta lição tanto usamos a armadura como a guerra metaforicamente.
Insisto com os nobres professores que possam pesquisar sobre figuras de linguagem na Bíblia. Tal conteúdo será de grande valia para esta e outras lições.
II- Discutir a metáfora bíblica da armadura;
III- Elencar outras armas usadas como ilustração.
Um bom enriquecimento para a aula seria trazer ilustrações dos cenários de guerra. Pesquise sobre as armas de guerra e suas funcionalidades, será enriquecedor.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
É importante ter em mente que esta lição é um desdobramento da anterior. Se na lição anterior vimos que há uma guerra espiritual, pois nossa “luta não é contra carne e sangue”, aqui, o apóstolo usa a metáfora da armadura para mostrar a realidade dessa guerra. Assim, veremos que o apóstolo usou os instrumentos bélicos como metáfora de uma realidade que todos vivemos. Há uma batalha espiritual e, para enfrentá-la, precisamos estar bem preparados com as armas espirituais. Devemos estar prontos, e armados, afim de lutarmos e vencermos essa guerra. Boa aula!
Introdução
A presente lição é a continuação da anterior. Lá vimos que existe uma batalha espiritual e invisível entre os crentes em Jesus e o reino das trevas. Aqui, vamos estudar como o apóstolo Paulo usou os instrumentos bélicos do sistema da época como metáfora. Essa ilustração é um recurso didático importante porque facilita a compreensão dos cristãos para o bom combate.
Compreender que há uma batalha é importante. Mas qual a natureza desta batalha? Com que armas vencemos? De que armas dispomos? Estamos treinados adequadamente? São perguntas fundamentais para enfrentar e vencer o Inimigo.
I – Guerra
Segundo o Dicionário Teológico Beacon, guerra é “o recurso das nações para tratar de resolver diferenças pela força das armas. As guerras sempre são produtos da pecaminosidade humana, seja por instigação imediata ou causa indireta”. Mas a legitimidade da guerra pode depender de sua motivação.
- Ao longo dos séculos.
Desde a batalha dos israelitas contra Ai, por volta de 1400 a.C. (Js 8.21-26), até Massada, em 73 d.C., a Bíblia registra cerca de 20 batalhas principais. Pessoas de todas as civilizações antigas – egípcia, assíria, babilônica, grega e romana – estavam acostumadas com a presença dos soldados no meio do povo. E a palavra profética anuncia guerras até o fim dos tempos (Dn 9.26).
- Os antigos.
Os antigos encaravam a guerra como algo sagrado; esse era o contexto da época. Era usual oferecer sacrifícios antes da partida das tropas militares para a batalha a fim de invocar, das divindades, proteção e vitória (Jr 51.27). Essa prática era também generalizada em Israel (1 Sm 13.10-12; Sf 1.7). Deus permitia e, às vezes, até ordenava a guerra no período do Antigo Testamento (1 Sm 23.2-4).
- Sentido metafórico.
O tema sobre a guerra não aparece no Novo Testamento. A guerra é, em si mesma, incompatível com o espírito cristão. Jesus nos ensinou: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9). A guerra aparece nas Escrituras no sentido figurado para ilustrar a luta contra a morte (Ec 8.8), da mesma forma que ilustra a maldade dos ímpios (Sl 55.21). Na presente lição, o enfoque é metafórico, representando a nossa luta espiritual contra os inimigos da nossa salvação (2 Co 10.3; 1 Tm 1.18).
A história do Novo Testamento ocorreu durante a chamada Pax Romana. É um período marcado por grande paz e prosperidade e se estende de 27 a.C. até 180 d.C. Essa época foi marcada pela consolidação das conquistas e ajudou a propagação do Evangelho. Isto não quer dizer que foi um período de paz total, pois os povos conquistados sempre promoviam pequenas rebeliões e escaramuças contra os romanos.
Por outro lado, o exército romano vivia em constante mobilização. Até mesmo em Jerusalém, por ocasião de grandes eventos, sempre haviam legiões destacadas para conter levantes e rebeliões. A Pax Romana significa que apenas não houve grandes guerras no período.
Subsídio Didático-Pedagógico
Para enriquecer a sua exposição do primeiro tópico seria interessante fazer uma pesquisa sobre a guerra ao longo da história do mundo. Por meio de sites confiáveis ou de revista especializada, tenha acesso a um resumo sobre o contexto das guerras, principalmente primeira e segunda mundiais. A ideia é que essa exposição tenha maior objetividade quando você se encontrar munido de conhecimentos básicos sobre a guerra. Avalie a possibilidade de compartilhar a sua pesquisa com a classe, seja em forma de artigo, resumos ou resenhas.
Sugerimos acima pesquisar sobre as armas utilizadas em guerras antigas. Aqui o comentarista sugeres pesquisar sobre as circunstâncias das próprias guerras. É uma sugestão que apoio sem reservas. Aproveite e pesquise sobre as guerras ocorridas na América do Sul. E se tiver um irmão formado em História peça para fazer uma sucinta exposição para seus alunos.
II – A Metáfora Bíblica
“Guerra”, “batalha”, “luta”, “combate”, “peleja” são termos do dia a dia para indicarmos, muitas vezes, um debate ou discussão e, também, para nos referirmos às dificuldades da vida. Mas a metáfora aqui se aplica na defesa e no combate espiritual, na pregação e no ensino da Palavra.
- A armadura do soldado romano.
A sociedade contemporânea do apóstolo Paulo conhecia com abundância de detalhes toda a armadura do soldado romano. Efésios é uma das quatro epístolas da primeira prisão de Paulo, juntamente com Filipenses, Colossenses e Filemom (v.20; Ef 3.1; 4.1; Fp 1.13; Cl 4.3; Fm 9,10,13,23). Assim, o apóstolo escreveu aos efésios de sua prisão domiciliar em Roma, vigiada pela guarda pretoriana (At 28.16,30,31). Paulo convivia com esses soldados diariamente e conhecia com detalhes a armadura daqueles que o vigiavam.
Lembre que Paulo foi preso várias vezes pelos romanos. Como as narrativas de Atos e das cartas paulinas se misturam, há muitas divergências para listá-las. Acredita-se que a ordem seja mais ou menos a seguinte:
- Foi preso em Filipos (At 16:23);
- Preso em Jerusalém (At 21:33);
- Preso em Cesaréia (At 23:23);
- Preso em Jerusalém e levado a Roma (At 28:20);
- Preso em Éfeso, de onde escreveu as cartas para os Filipenses (Fl 1:13), para os Colossenses (Cl 4:18) e, talvez, para Filemon (9 e 13) A prisão em Éfeso foi tão cruel, que ele chegou a perder a esperança de sobreviver (2 Co 1:8-9).
Paulo falando de si mesmo em Coríntios 11:23 afirma que passou por muitas prisões.
- A armadura de Deus (v.13).
Mesmo depois de tomar toda a armadura de Deus, o apóstolo nos exorta a ficarmos firmes. Depois da vitória, o soldado romano permanecia em pé e vitorioso. Paulo acrescenta: “tendo cingidos os vossos lombos com a verdade” (v,14.a). Isso significa usar a verdade como cinturão (Is 11.5). Essas metáforas são apropriadas, pois usam as coisas da vida diária, conhecidas de todos, para esclarecer verdades espirituais.
Ao contrário do que se imagina, cingir os lombos não é reforçar os ombros. Cingir os lombos significa levantar a borda das vestes, quase sempre compridas, e atá-las ao cinto. Figuradamente, significa correr em busca da verdade e tê-la bem amarrada a si mesmo.
- A couraça da justiça (v.14).
É uma armadura defensiva em forma de um manto de ferro feito de couro, tiras de metal ou escamas de bronze (1 Sm 17.5). Sua função é proteger o pescoço, o peito, os ombros, o abdome e as costas. Dependendo da época e da civilização, a couraça chegava até a coxa. O apóstolo Paulo usa a couraça como metáfora para ilustrar a defesa espiritual como “couraça da justiça” (v.14), um abrigo contra as feridas morais e espirituais e uma proteção da justiça de Cristo imputada ao pecador; é a “couraça da fé” (1 Ts 5.8).
θώρακα (lê-se, thôraka), de onde nos vem a palavra tórax, ficava ao redor do torso protegendo órgãos vitais como o coração, os pulmões, os intestinos e os rins. Oficiais e soldados mais graduados possuíam uma couraça mais longa e reforçada por cotas de malha de ferro.
Subsídio teológico
Para este tópico é importante conhecer melhor o termo “Justiça”:
Justiça de Deus, [Do hb. tsadik; do gr. dikaios; do lat. justitia] Atributo moral e básico de Deus, manifestado pela fidelidade com que o Supremo Ser trata seus propósitos e decretos. É a sua fidelidade com a própria natureza. A justiça de Deus entra em ação todas as vezes que a sua santidade é agredida. Sua justiça e santidade acham-se intimamente associadas; não se pode abstrair uma da outra sem violar sua inefável natureza.
Justiça Original. Condição moral e espiritual que o ser humano recebeu de Deus quando de sua criação. O homem era naturalmente bom. Tendia a executar o que era reto e justo. Mas o pecado afetou-lhe a natureza de forma flagrante e quase que irremediável. Aceitando porém a Cristo, os descendentes de Adão e Eva são, não somente justificados, como transformados pelo Espírito de Deus. A regeneração faz com que readquiramos a justiça original e passemos a viver sob o mando da justiça de Cristo. Este ensino encontra-se na maioria das epístolas paulinas (Ef 4.24; Rm 8.29; 2 Co 3.18)” (ANDRADE, Claudionor de Corrêa. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro; CPAD, 1998, pp.197-98).
A couraça da justiça fala de fortaleza. De guardar o que é vital e indispensável. De preservação do ponto de equilíbrio na vida cristã.
III – Outras armas usadas como ilustração
O apóstolo Paulo não foi exaustivo ao elencar os instrumentos bélicos de sua geração. Aqui vamos apresentar os demais elementos apresentados na sua lista.
- Os calçados (v.15).
O termo hebraico naal, “sandália, sapato”, e o seu correspondente grego na Septuaginta e no Novo Testamento, hypodema, “sandália”, vem do verbo hypodeo, “atar debaixo”, e diz respeito ao calçado formado por uma sola de couro que se amarra ao pé com correias ou cintas. Era uma peça do vestuário usada pela população civil (Jo 1.27; At 7.33). No caso do soldado, porém, era necessário para segurança e prontidão na marcha (Is 5.27). Isso, na linguagem figurada, remete a agilidade e prontidão na obra da evangelização e na pregação do evangelho da paz.
As sandálias eram predominantemente de couro com partes de metal e protegiam a parte inferior e superior dos pés. Muitos soldados usavam um anteparo na frente na tíbia, com uma armação mais resistente para amortecer eventuais choques. Os pés calçados com o Evangelho podem se sobrepor no terreno acidentado dos desvios doutrinários e disposto a levar a Palavra a quem precisa. Significam prontidão para a marcha em busca de almas. Estar protegido de brasas, espinhos e animais peçonhentos.
- O escudo da fé (v.16).
O escudo era o principal instrumento bélico de defesa na guerra. Trata-se de uma peça fabricada a partir de vários materiais e em formatos diversificados. Os israelitas tinham dois tipos: o primeiro, sinna, “proteção” em hebraico, uma peça que cobria o corpo inteiro de forma oval ou retangular, usada pela infantaria pesada (2 Cr 25.5); e, o segundo, magen, usado pelos arqueiros (2 Cr 17.17). O escudo é símbolo de proteção nas Escrituras. É usado de maneira figurada desde o Antigo Testamento para mostrar Deus como o protetor dos seus (Gn 15.1; Dt 33.9; 2 Sm 22.3); é comparado à salvação e à verdade de Deus (2 Sm 22.36; Sl 18.35; 91.4). O apóstolo Paulo usa a figura do escudo como proteção para “apagar todos os dardos inflamados do maligno” (v.16), tais como calúnia, malícia, concupiscência, ira, inveja e toda a sorte de desobediência. Esse escudo nos protege das setas malignas (Sl 91.5).
Haviam dois tipos de escudo. As elekoi eram utilizadas por todos os soldados e eram menores. Os maiores eram a panoplian e traziam um escudo romano. Investir contra um soldado armado com uma panoplian significava lutar contra Roma. Foi esta a palavra utilizada por Paulo neste versículo.
O escudo tinha a importante função de afastar as ameaças do corpo! Alguns exércitos os utilizavam molhados para apagar os dardos inflamados enviados pelos arqueiros. O exército romano aprimorou a técnica de juntar os escudos como um casco de tartaruga ante um ataque de flecheiros.
- O capacete da salvação e a espada do Espírito (v.17).
O capacete era uma cobertura para a cabeça feita de metal e internamente acolchoada para o conforto do usuário e a proteção eficiente da cabeça. No Antigo Testamento, a salvação é o capacete que Deus usa na batalha (Is 59.17). Parece que Paulo segue nessa linha em outro lugar: “tendo por capacete a esperança da salvação” (1 Ts 5.8). A espada literal é uma arma de ataque, mas no sentido figurado é um símbolo de guerra, julgamento divino e autoridade ou poder (Lv 26.25; Jr 12.12; Rm 13.4). A expressão paulina “espada do Espírito” refere-se à Bíblia, pois as Escrituras Sagradas vieram do Espírito Santo (2 Pe 1.21). Por isso, Paulo completa dizendo, “que é a Palavra de Deus”. Isso significa que a Bíblia é a Palavra de Deus, como ela própria se declara (Mc 7-13; Hb 4.12).
Os capacetes eram feitos de metal e protegiam a cabeça do soldado. Os romanos inovaram com um capacete que protegia o queixo. Somente um machado podia quebrá-lo. Note também o prolongamento para proteger a parte posterior da cabeça, sem essa parte o pescoço e a coluna cervical restavam vulneráveis.
Já a espada era arma de defesa e ataque. A Palavra de Deus aqui representada tanto pode ser utilizada para nos defender das investidas do Inimigo, quando atacar com a defesa da verdade. Somente a espada do Espírito é capaz de penetrar num coração duro, pois penetra entre juntas e medulas e discerne os pensamentos (Hb 4:12).
- A outra lista (vv. 18,19).
Oração e súplica vêm permeadas entre esses elementos da armadura de Deus e permanecem juntas a essas armas espirituais, que sem a oração seriam inúteis. A oração deve ser em todo o tempo e com súplica no Espírito e vigilância (Mt 26.41; Fp 4.6; 1 Ts 5.17). As virtudes gêmeas, vigilância e perseverança, aparecem na instrução para orarmos uns pelos outros. Quando um homem da estatura espiritual do apóstolo Paulo pede a oração da Igreja em seu favor e pelo seu ministério (v.20), isso mostra que não existe super-homem na igreja. Todos nós somos dependentes do Senhor Jesus e contamos com a oração uns dos outros.
Ingredientes indispensáveis para o combate, a oração e o jejum trarão o componente espiritual para se aliar à técnica material. De modo que a junção destes dois itens determinará nossa vitória. Como ao soldado o componente psicológico era fundamental, devemos estar atentos e vigilantes pois as armas do Inimigo são as mais sofisticadas e diversificadas. Seus dois alvos preferidos são o coração, a fonte de onde jorra a vida, e a cabeça, onde está o cérebro que vai permitir tomar a iniciativa na batalha. Muitos soldados bem vestidos e trajados tombaram em batalha.
Conclusão
Os crentes precisam dessa armadura de Deus ainda hoje. Isso porque bem sabemos que os inimigos da Igreja não são agentes humanos. Estão por trás deles os demônios, liderados pelo seu maioral, o Diabo. Os recursos espirituais apresentados aqui são importantes e poderosos para expelir todas as forças do mal.
Clique aqui para acessar um detalhamento completo da armadura de Deus. Ou aqui para fazer o download da apresentação em PowerPoint ou PDF.
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Grato Amado Pastor pelo riquíssimo conteúdo do blog. O Deus de Israel te recompense mais e mais.
Nobre Pastor, graça e paz!
Hoje em dia diante de tantas guerras existentes tais como: guerra biológicas, químicas, econômicas, ideológicas entre outras, umas das que mais tem afetado a igreja de Cristo é a guerra cibernética. Esta tem atrapalhado a vida e até matado muitos cristãos, precisamos está guarnecidos e de atalaia nas muitas astutas ciladas do inimigo. Aprouve Deus, que o senhor continue sendo este instrumento dele na produção de muitos artigos (antídotos, ferramentas) que tem nos ajudado e muito a vencer as muitas batalhas cotidiana.
Sola graça, sola fide, sola scritura.
ir. Felipe Andre seu conservo.